CONCELHO DE CAMINHA



UM MOSAICO DE PAISAGENS

Jornal Digital Regional
Nº 239: 28 Mai a 3 Jun 05 (Semanal - Sábados)

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SURREALISMO/IMPRESSIONISMO NO AFTER-EIGHT

Luís Gonçalves, 29 anos, um pintor (e escritor) auto-didacta natural de Tomiño, expõe pela quarta vez na Galeria-Bar After Eight de Caminha.

Quadros a óleo "sem um estilo próprio", inspirado pelo momento que passa, trabalha por prazer e não por dinheiro…até porque "neste tempo"… não dá para viver da arte…mas, talvez, uma "boa maneira" de inverter…no futuro.

"Só quem tem nome feito, garante a venda antecipada de (todos) os seus trabalhos".

Garante.

Em apreciação…neste mês de Maio.

PUBLICAÇÕES EDITADAS
NO CONCELHO DE CAMINHA

MEMÓRIAS DA SERRA D'ARGA

Autor: Domingos Cerejeira

Edição: C@2000

TRÁS-OS-MONTE, TRÁ-LOS CÁ...

Autor: Francisco Gouveia

Edição: Editafma

O PORTINHO D'ÂNCORA
E
SUAS GENTES

Autor: Domingos Vasconcelos

Edição: Nuceartes

José Porto
Desvendando o Arquitecto de Vilar de Mouros

Edição: Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense

Uma Visita ao Concelho de Caminha com o Bilhete Postal Ilustrado

Autor: João Azevedo

Edição: Câmara Municipal de Caminha

Vilar de Mouros
35 anos de festivais

Autor:Fernando Zamith

Edições Afrontamento

A Aldeia dos Animais

Autores e Ilustradores: Gisela Magalhães; Carla Ribeiro; Ivone Santos; Lisete Gonçalves; Pedro Rocha; Rui Dias

Colaboração: Ancorensis Cooperativa de Ensino

Tanto Chocolate Tanto Bolo

Autores e Ilustradores: Adriana Fernandes; Dolores Sousa; Manuel João Borges;Ana Cristina Braga; Carlos Júlio Pedrosa

Colaboração: Ancorensis Cooperativa de Ensino

Mealibra

Revista de Cultura - Semestral

Centro Cultural do Alto Minho

Viagens

Poesia

Francisco Carneiro Fernandes

ANCORENSIS - COOPERATIVA DE ENSINO, C.R.L.
Vila Praia de Âncora
2000

Quem foi José Maria Veríssimo de Morais?

Centro de Estudos Regionais de Viana do Castelo

Pedro Teixeira de Morais
2001

Do Sublime ao Grotesco

PoesiasANCORENSIS - COOPERATIVA DE ENSINO, C.R.L.
Vila Praia de Âncora
2000

Casa da Anta
25 Anos ao Serviço do Turismo e da Cultura

Castro Guerreiro 2002

Cancioneiro da Foz do Minho
Antologia

Manuel J. Torres Dantas

CAMINHENSE...Paixão de um Povo
75 ANOS

Textos e Coordenação: Augusto Sá; Branca Pereira; Catarina Dias; João Pinto; Victor Barrocas

Edição: Câmara Municipal de Caminha - Pelouro do Desporto do Sporting Club Caminhense
CAMINHA, ESPÍRITO DO LUGAR
Maria João Avillez; Mário Cesariny; Vasco Graça Moura; Eduardo Paz Barroso
Fotografia: Ines Gonçalves; Manuel Valente Alves CADERNOS DA BIBLIOTECA
Câmara Municipal de Caminha
O MINHO DE RUBEN A.
José Manuel Villas-Boas; João Aurora;
Liberto Cruz; Guilherme d'Oliveira Martins



CADERNOS DA BIBLIOTECA

Câmara Municipal de Caminha
AS LETRAS, A MINHA RESPIRAÇAO
Miguel Veiga



CADERNOS DA BIBLIOTECA

Câmara Municipal de Caminha
Almirante
JORGE RAMOS PEREIRA
Uma vida - um exemplo

Câmara Municipal de Caminha

100 ANOS DE VIDA SOLIDÁRIA
1900 - 2000
Casa de Repouso da Confraria do Bom Jesus dos Mareantes - Caminha
TOPONÍMIA DE VILA PRAIA DE ÂNCORA

Domingos Vasconcelos

CONTRIBUTO PARA A HISTÓRIA
DO MONTE CALVÁRIO

Domingos Vasconcelos

REVISTA "CEM IDEIAS"
Revista dos alunos de Filosofia e Psicologia da EB 2,3/S de Caminha
TEXTEMUNHOS
Escola EB 2,3/S de Caminha
AS PESQUEIRAS DO RIO MINHO
Economia, Sociedade e Património

COREMA

ROTEIRO DO VALE DO ÂNCORA

Joaquim Manuel de Paula e Vasconcelos

ESPONTANEIDADES
Colectânea de Poesia

Ancorensis Cooperativa de Ensino, C.R.L.

50 ANOS AO SERVIÇO DA SOLIDARIEDADE
Centro de Bem Estar Social de Seixas
AS AVES DE RAPINA
João Fontes


Serra da Aboboreira
a Terra, o Homem e os Lobos

Obra: Nunes, M. (Coordenação) (2004).
Título: Serra da Aboboreira – a Terra, o Homem e os Lobos.
Editor: Câmara Municipal de Amarante
Nº de páginas:146

“Apesar do trabalho fazer a caracterização da área em termos de património humano e natural, procedendo a um exaustivo levantamento arqueológico (Pré-história), florístico e faunístico, facto que em muito enriquece o conhecimento, até agora, disperso, sobre um dos últimos redutos “selvagens” do interior do Distrito do Porto, o enfoque do trabalho é o lobo, a sua biologia, ecologia, distribuição, e folclore e mitologia a ele associados, nomeadamente na Serra da Aboboreira e no maciço montanhoso Marão/Alvão, região que constitui o extremo Sul da distribuição nacional da espécie a Norte do rio Douro.”
Citação de Manuel Nunes

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Temas e Debates

A viagem deste mês vai do papel ao paraíso, de Lisboa ao Brasil, passando pelo Algarve, por Genebra, pelo próximo Oriente, pelos Estados Unidos...Tudo isto por um preço muito mais módico do que qualquer "pacote" de agência de viagens!

O nosso primeiro autor deve ser, justamente, muitíssimo benquisto nas agências de viagens porque não pára: homem irrequieto por natureza e que gosta das emoções sentidas em directo e ao vivo, José Ramos, angolano, português e por vezes brasileiro honorário, entra todos os dias em casa dos portugueses sem pedir licença e sem ninguém dar por ele: trata-se, nem mais nem menos, do que da voz off da Sic, e da voz que nos habituámos a ouvir, anos a fio, na rádio, na televisão, em anúncios...Apresenta-nos agora, neste NO AR - Live on Paper, uma exposição de "photomatons de retalhos da sua vida", escritos genuinamente live on paper, "em apenas uma semana e trinta minutos". Se quiser saber mais sobre a obra e o autor, não perca a sessão de lançamento no próximo dia 2 de Junho, quinta-feira, pelas 18.30h, no Café CAFÉ, em Alcântara.

A apresentação da obra estará a cargo de Herman José e José Alberto Carvalho.

Ainda por cá, e numa altura em que os debates e as propostas em torno da qualidade de vida urbana se vai montando à volta das próximas eleições autárquicas, Onde Falham as Cidades, de Vítor Andrade, na Biblioteca Expresso-Temas e Debates, reúne um conjunto de entrevistas feitas a arquitectos, urbanistas, representantes de associações cívicas e culturais, gestores, economistas, sobre as dificuldades de construção e gestão do espaço urbano onde habita cada vez maior percentagem da população. O livro inclui ainda uma entrevista com o ex-autarca Jorge Sampaio.

E tal como a maioria dos citadinos, rumamos a Sul quando as férias chegam: o Algarve, ainda não em época alta, é o destino de férias da Bruxa Cornélia em mais uma das suas aventuras, com a amiga Bruxa Alfanzina, um gato e um grupo de meninos em férias. Não há luz branca, nem búzios, nem azul, nem meninos nas praias do sul que não ecoem Sophia na nossa memória, especialmente neste primeiro verão em que ela não vê o mar. A Bruxa Cornélia faz-lhe aqui - com chapéu de bico, vassoura e fato de banho - uma alegre vénia, para os meninos que para o ano, ou para o seguinte, vão com certeza ler A Menina do Mar...Nicha Alvim e Madalena Matoso continuam portanto a deliciar e a estimular os leitores mais jovens, desta feita com O Mistério do Búzio Azul.

Mais para Sul e mais para o Levante, A Dança dos Mamelucos, de José Mª García López, é um romance histórico de peso, que nos faz deleitar, como quem regressa a casa, com uma escrita como já não líamos desde os grandes clássicos históricos de oitocentos: as descrições das grandes batalhas e das grandes paixões, da torrente da história e da poesia e do sangue que a engrossam servidas por uma estrutura romanesca na fronteira entre o romance histórico, a fábula fantástica e a grande aventura, que faz deste século XIV onde os emires descendentes de antigos escravos bárbaros que dominam o sultanato do Egipto se confrontam com as tropas de Tamerlão, o último dos conquistadores mongóis, um território imaginário de uma grandiosidade e de uma dimensão verdadeiramente inesquecíveis.

Pense-se, como já se disse num clássico histórico oitocentista, com toda a sua riqueza expressiva, retire-se-lhe a dose de ingenuidade que os séculos se encarregaram de lhe depositar em cima aos nossos olhos de leitores futuros, junte-se-lhe outra de imaginação prodigiosa e talento ficcional, e entenderemos facilmente a razão pela qual José Mª García López é considerado o maior cultor espanhol da actualidade no campo do romance histórico. Eis uma leitura que cabe perfeitamente no ar dos tempos, a não perder principalmente por quem já visitou ou ainda tenciona visitar a fabulosa exposição sobre "7000 Anos de Arte Persa" no Museu Gulbenkian...

Do Médio Oriente para os EUA - eis uma viagem com várias leituras estratégicas, sendo como é para este próximo romance, que nos fala fundamentalmente dos erros de percepção que podemos cometer na nossa análise da realidade, mesmo quando a fazemos com a melhor das intenções: Objectos no Espelho, da escritora norte-americana Katharine Weber, de quem a Temas e Debates já publicou, na colecção Grafias, o romance A Lição de Música, fala de amizade, de laços ainda mais profundos, da possibilidade de ajudar alguém que não quer ser ajudado e da dificuldade em percebermos até onde podemos confiar nas nossas percepções, mesmo em relação àqueles que nos são próximos. Uma obra impressionante e profunda com a acção repartida entre Nova Iorque e Genebra e com um aviso latente que vem logo contido no título: se quisermos olhar para trás não devemos confiar na imagem do espelho retrovisor, caso contrário arriscamo-nos a ser atropelados por um passado que já julgávamos distante...

E, finalmente, desembocamos no paraíso, numa viagem de sentido inverso: da Alemanha para o Brasil, o "País do Futuro", como lhe chamou Stefan Zweig, mas que se viria a revelar de futuro breve para o escritor, judeu alemão, que procurou refúgio no país que aparentemente o encantou para se suicidar, juntamente com a mulher, pouco tempo depois de se ter instalado no jardim do Éden. As razões continuam, até hoje envoltas em mistério e conjecturas várias, mas esta magnífica biografia do jornalista Alberto Dines - nome sobejamente conhecido, no Brasil como em Portugal, de modo a dispensar apresentações - faz toda a luz possível sobre o caso, com um rigor e uma persistência de que só um grande jornalista e muitos anos de investigação seriam capazes de produzir. As relações de Stefan Zweig quer com o Brasil, quer com Portugal - nomeadamente com a comunidade judaica de Lisboa, com o ministro da Propaganda António Ferro e com várias personalidades do meio intelectual e artístico português da segunda metade da década de trinta - são aqui detalhadas em toda a sua complexidade e esta Morte no Paraíso - A Tragédia de Stefan Zweig apresenta-se como uma das grandes apostas que a Temas e Debates, através da sua associada Rocco, se orgulha de publicar em Portugal neste ano em que a obra do grande escritor alemão parece ter ressurgido nos catálogos das editoras portuguesas, seguindo uma tendência que é já por demais evidente em vários outros países da Europa.

Título: Onde Falham as Cidades
Autor: Vítor Andrade
Editor: Temas e Debates
Colecção: Biblioteca Expresso / Temas e Debates
Nº de páginas: 192

A Obra:
"Inscrevemos na cidade a marca da nossa trajectória enquanto seres humanos. Chamamos-lhe 'nossa' quando a mencionamos a outros cidadãos de lugares diferentes daqueles que habitamos. É com ela que construímos uma boa parte da nossa própria sociabilidade ¾ e, no entanto, raramente a olhamos com a atenção merecida, e muito menos com o respeito imposto pela sua grandiosidade. [...]
Talvez tenha chegado a hora de repensar as dinâmicas sociais de que é feito o nosso quotidiano e reequacionar, a partir daqui, os valores que realmente importa cultivar em matéria de cidadania e de sociabilidade [...] Quisemos dar um contributo para a discussão sobre as cidades onde tentámos identificar as suas falhas, as sua carências, mas também as suas virtualidades. Por isso, ao longo de mais de um ano, entrevistámos personalidades oriundas das mais variadas áreas de formação e sensibilidades políticas e sociais. [....] O resultado é que agora aqui vos propomos, com a convicção de que ainda temos um longo caminho a percorrer em matéria de cidadania. Este é o nosso primeiro passo."

Da Introdução

O Autor:
Vítor Andrade tem 39 anos e é jornalista do Expresso desde 1989. Licenciado em Comunicação Social pelo ISCSP, começou a sua carreira em 1985 com colaborações em vários jornais regionais e também no suplemento DN Jovem do Diário de Notícias, onde foi premiado. Ajudou a fundar a Rádio Universidade Tejo, foi colaborador de programas da Rádio Renascença, do suplemento Correio dos Jovens do Correio da Manhã e redactor da revista Infobolsa, especializada em informação económica e financeira. Como free-lancer, escreveu para publicações como a Volta ao Mundo, Briefing, Água e Ambiente e foi repórter e pivot de um programa sobre marketing e publicidade na SIC. Em 1998 e 1999 ganhou os prémios de jornalismo imobiliário, promovidos pela Associação Lisbonense de Proprietários e pela Câmara Municipal de Lisboa.


Título: A Dança dos Mamelucos
Autor: José M.ª García López
Editor: Temas e Debates
Colecção: Grafias
Nº de páginas: 336

A Obra:
Finais do século XIV. Dois emires mamelucos amigos morrem durante uma batalha entre as tropas de Tamerlão e as do sultanato da Síria e Egipto. Na outra vida, visitam outros tempos. Ashraf remonta às origens do império dos mamelucos turcos no Islão e narra como estes passaram de escravos a sultões derrotando os cruzados. Por seu lado, Zahir visita o futuro e contempla a extinção dos sultões mamelucos numa época em que o Cairo se converte num rio de sangue.
A meio caminho entre o romance histórico, a fábula fantástica e o romance de aventuras, O Baile dos Mamelucos é a narrativa apaixonante dos sucessos, terras e pessoas que constituíram a entidade política, militar, cultural, económica e imaginária do Levante mediterrânico de outrora, seguindo os passos singulares desses escravos estrangeiros que acabaram como sultões na Síria e no Egipto durante quase três séculos.
Neste belo e sugestivo romance, José M.ª García López revela uma imaginação prodigiosa e uma notável capacidade expressiva que lhe granjearam o reconhecimento da crítica, tendo sido distinguido como "um dos melhores praticantes do romance histórico em Espanha".

O Autor:
José Mª García López nasceu em Ávila em 1945 e licenciou-se em Filologia Hispânica. Publicou livros de poesia, ficção e ensaio, tendo recebido vários prémios literários. Colaborou em diversas revistas, escrevendo artigos sobre cinema, teatro, pintura e poesia. Traduziu obras de Eurípides e Sófocles.

Sobre a Obra:

Já não se escreve como o faz García López. É literatura autêntica, sem subterfúgios.
El País

Uma combinação de fidelidade histórica, fantasia e aventura.
ABC

Uma metáfora da liberdade e da amizade.
La Razón

A acção desenrola-se de forma muito bem estruturada e com um estilo que contribui para embelezar a paisagem histórica.
El Diario


Título: Objectos no Espelho
Autor: Katharine Weber
Editor: Temas e Debates
Colecção: Outras Grafias
Nº de páginas: 280

A Obra:
Será possível ajudar alguém que não quer ser ajudado? Até onde podemos confiar nas nossas percepções? Questões que perpassam por este livro a um tempo divertido e triste, animado por jogos de palavras à Nabokov, mas decididamente impressionante e profundo.
Harriet Rose, uma jovem fotógrafa que acaba de ver o seu trabalho premiado, possui uma sensibilidade excêntrica resultante de uma infância onde se entrelaçam a alegria e o desgosto. Aos vinte e seis anos, as coisas parecem estar finalmente a correr a seu contento: encontrou o amor com um pintor, Benedict Thorne, e vai fazer uma viagem a Genebra para visitar Anne Gordon, a sua melhor amiga e antiga companheira de quarto em Greenwich Village. Mas Anne transformou-se numa pessoa estranha, anota Harriet no seu diário, tornou-se "assustadoramente frívola". E Harriet depressa compreende que Anne está a viver um romance desastroso com um homem casado e muito mais velho. Enquanto Harriet procura entender como - ou se - lhe será possível ajudar a amiga, os acontecimentos tomam um rumo inesperado e Harriet vê o seu passado reflectir-se mais uma vez, sombriamente, no presente.

A Autora:
Katharine Weber estreou-se na ficção com um fragmento deste romance que foi publicado na The New Yorker. Vencedora regional do prémio "Best of Young American Novelists" da Granta, a sua obra de ficção também foi publicada nas revistas Story e Redbook. Vive em Bethany, Connecticut, com o marido e as duas filhas. De Katharine Webber a Temas e Debates publicou já o segundo romance, A Lição de Música.

Sobre a Obra:

"Gostei imenso deste romance incrivelmente espirituoso."
Iris Murdoch

"Personagens maravilhosamente complexas, prosa espirituosa, situações irónicas e consequências trágicas... É o domínio que a autora tem da linguagem que dá forma a este livro inteligente e tocante."
Jean Blish Siers, Charlotte Observer

"Envolvente… A descrição dos traumas da infância, de famílias em crise e da avó de Harriet são notáveis."
Elizabeth Benedict, The New York Times Book Review

"Um romance espantoso… sabedor, profundo, espirituoso - características que é raro encontrar em conjunto. É também uma boa história."
Madeleine L'Engle


Título: NO AR - "Live on paper"
Autor: José Ramos
Editor: Temas e Debates
Nº de páginas: 308

O Autor:
José Ramos nasceu em Angola. É professor de Ciências da Comunicação, locutor de Radiodifusão, Publicidade e Televisão. Na Rádio, destacou-se entre outros, na realização e apresentação das Manhãs da Comercial e do Círculo em FM, que durante cerca de cinco anos contou com a parceria do Círculo de Leitores, com o qual estabeleceu uma relação, quer profissional quer particular, de grande qualidade.
Sendo essencialmente um homem da Fala, inicia-se na escrita com este "auto-retrato até à medula", negando no entanto ser uma autobiografia e preferindo a expressão "photomaton de retalhos da sua vida". Na viagem de avião entre Portugal e o Brasil, com paragem obrigatória em Cabo Verde, limitado pelo espaço físico do lugar e perante a restrição de fumar, leva-nos de forma aleatória ao voo do seu pensamento... Apenas... ao sabor das teclas.
O livro foi escrito live on paper em Janeiro de 2005 em apenas uma semana e trinta minutos, sem recurso a notas prévias. Tudo de memória e ao correr das teclas... Numa descarada homenagem à forma como sempre gostou de fazer Rádio... EM DIRECTO! Onde as Emoções têm mais valor...

Inquérito ao autor:

Nome: JOSÉ RAMOS
Idade: 50 anos
Naturalidade: ANGOLANA
Nacionalidade: PORTUGUÊS pois claro!
Residência: LISBOA e FORTALEZA de vez em quando.
Ocupação: Voz Off da SIC (UMA ESPÉCIE DE LOGÓTIPO AUDIO)
Profissão: LOCUTOR DE RÁDIO NO DESEMPREGO, locutor de publicidade quando há trabalho... E se não chamarem outro...!
Signo: CARANGUEJO/CÂNCER com ascendente em Escorpião (é o que dizem).
Altura: 1.90 m
Peso: BASTANTE, ou será antes, DEMAIS?
Sinais particulares: CARDIODISPLICENTE.
Maior paixão: RÁDIO.
Maior sonho: VOLTAR A TER EMPREGO NA RÁDIO
Maior desejo: NÃO SABE (mas dava jeito o Jackpot do Euro milhões).
Segundo Maior Desejo: NÃO SABE (mas dava jeito o Euro milhões).
Terceiro Maior Desejo: NÃO SABE (mas, se fosse o Totoloto também não me chateava nada com isso).
Quarto Maior Desejo: NÃO POSSO GANHAR O EUROMILHÕES NEM O TOTOLOTO? Então basta que me deixem estacionar decentemente em Campo de Ourique.
Quinto Maior Desejo: Ai o meu canário, que este gajo é chato p'ra Burro. JÁ DISSE... ESTACIONAR EM CAMPO D'OURIQUE!
Seu herói: São tantos... mas espera aí... FRANCISCO PINTO BALSEMÃO, o "senhor do Bolo"!!!!!
Maior Defeito: É para responder? Ok então lá vai FRONTALIDADE.
Maior Prazer: DAR ESTALOS... Aos filhos da mãe.
Cor preferida: Para vestir (AZUL ESCURO).
Fuma: POR ENQUANTO...
Sexo: GOSTO MUITO (mas já vou tendo fraquezas) É DA MEDICAÇÃO.
Carro: DE SERVIÇO a diesel (e se vc comprar o livro pode ser meu, no fim do leasing...Até os olhinhos me saltavam!!!!.
O que pensa deste inquérito: SIM.... POIS..... QUER DIZER.... INTERESSANTE!!! O que pensa de si próprio: Ó PÁ! COMPRA O LIVRO E DEIXA-TE DE TRETAS.


Título: MORTE NO PARAÍSO - A Tragédia de Stefan Zweig
Autor: Alberto Dines
Editor: Rocco
Nº de páginas: 596

Uma biografia de um biógrafo que figura até hoje nas listas europeias dos melhores. Que marcou um estilo de escrita e de vida, que foi amigo de Freud, Romain Rolland, James Joyce e Thomas Mann. Alberto Dines captou um pedaço da história capaz de explicar o mundo de hoje, que Zweig não esperou para ver.

A Obra:
Passados 62 anos da morte de Stefan Zweig, o mundo perturba-se até hoje com o mistério do europeu culto, elegante, rico e sensível, que escapou ao regime nazi para optar, com a mulher, por uma dose dupla de veneno no exílio dourado de Petrópolis. Pacifista, best-seller internacional, Zweig julgou ter realmente encontrado o paraíso e o país do futuro, título de um livro que escreveu (Brasil, país do futuro). Por que é que justamente o Brasil, país do futuro, cortaria o futuro de Zweig?
As especulações rocambolescas são tantas que esse folhetim poderia transformar-se num romance policial. Para começar, alega-se que não houve suicídio algum. Teria sido a Gestapo que o assassinou e matou a mulher, testemunha do crime? O alegado bissexualismo não assumido perturbou-o? Teria sido por causa de depressão, de medo ou de insegurança causada pela vinda para o Brasil, país que lhe ofereceu tudo o que a Europa negava ao mundo naquele momento? Por que razão se mataria o escritor no auge da fama, no país onde era turista aprendiz, maravilhado com o carnaval ("très erotique, très erotique", disse) e com as prostitutas do Mangue? Para Zweig, o mundo em guerra apagava todo o encantamento.
O livro que Alberto Dines lança agora em Portugal é uma lupa sobre a vida e a morte de Zweig. Como pano de fundo, a Primeira Guerra, onde o escritor austríaco exerceu o pacifismo e alcançou a glória, e a Segunda Guerra, gerada pelo regime nazi, que transformou todas as glórias em morbidez e pânico. A sua morte não diluiu a parceria diabólica de Hitler, Hirohito e Mussolini.
Trata-se de um raro relato dos últimos anos de Zweig, escrito com a agudez de um mestre do jornalismo, que é ao mesmo tempo um pesquisador sintonizado com a História e um escritor muito especial. Por mais que o tema da vida de Zweig seja conturbado, e hoje distante dos leitores de menos de 50 anos, Morte no Paraíso é um livro fundamental para se conhecer um período marcante, um escritor primoroso, uma paixão conturbada e uma vida imperdível.
Para além da informação sobre o Brasil ditatorial, a obra de Alberto Dines reúne igualmente um acervo importante e original de informação sobre os contactos mais ou menos secretos que Zweig manteve, desde a última metade da década de 30, com a comunidade judaica de Lisboa (Moses Amzalak, Augusto Esaguy, Abecassis, etc) - e também com o governo de Lisboa (através do Ministro da Propaganda António Ferro, que era um admirador confesso da sua obra, principalmente desde a biografia de Fernão de Magalhães) - tentando assegurar uma qualquer hipótese de fuga ou território de retirada para os judeus europeus. Fala-se no livro de um plano secreto, latente já desde 1912, apoiado pelos EUA e descartado por Salazar, de criação de um território israelita em Angola, por exemplo. A estada do escritor em Lisboa é seguida através da imprensa da época e de testemunhos de pessoas que com ele privaram de uma forma ou de outra (o seu editor, Fraga Lamares, da Livraria Civilização, Artur Portela, que o entrevistou, os intelectuais do grupo da Seara Nova, etc).
Em 1940, após a fuga de Zweig para os EUA, é narrada ainda a famosa fuga através da rota dos Pirenéus de um grupo de judeus que reunia vários artistas e intelectuais, em direcção a Lisboa - Alma Mahler, Walter Benjamin, (que se suicidou na fronteira francesa), Heirich Mann e Friedricke, a primeira mulher de Zweig, entre outros -, grupo que conseguirá uma raríssima autorização de entrada em Portugal por interferência directa de António Ferro, a pedido expresso e angustiado do autor.

Fruto de uma investigação aturada, persistente e em constante actualização, como só um grande jornalista com um grande tema poderia fazer, Morte no Paraíso teve uma primeira versão em 1981, mas o autor nunca deixou de se alimentar com informações preciosas, cuidadosamente arquivadas numa pasta destinada à segunda edição. Ao longo de 23 anos, o biografado nunca saiu do caminho do biógrafo. Há sete anos, Alberto Dines tentou inserir as novidades nos rodapés, num apêndice ou nas entrelinhas da primeira edição. Impossível: ele havia reunido material suficiente para um outro livro e, de facto, esta nova Morte no Paraíso chegou às livrarias brasileiras - e chega agora às portuguesas - com quase o dobro do tamanho da primeira edição.

O Autor:
Alberto Dines nasceu no Rio de Janeiro, em 1932. Jornalista há 52 anos, dirigiu e lançou diversos jornais e revistas entre Rio, São Paulo e Lisboa. Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante 12 anos e dirigiu a sucursal carioca da Folha de São Paulo. Em Portugal, dirigiu o Grupo Abril, onde lançou a revista Exame. Os seus artigos são publicados semanalmente em vários jornais do Brasil onde, durante a ditadura, driblou a censura, foi preso duas vezes e ameaçado de cassação outras tantas. Profissional dos mais versáteis, Dines foi professor convidado da Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York, escreveu e organizou mais de 15 livros - entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo - Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). Dedicou-se igualmente à crítica dos media, criando, tanto em Portugal como no Brasil, o Observatório da Imprensa, que neste país deu origem a um site e a um programa de televisão especialmente interventivos.

Sobre a Obra:

O livro de Alberto Dines interessa pela tensão ininterrupta, expressa no pleno da escrita, pelo acúmulo de dados e reflexões...
Antônio Cândido, O Escritor (S. Paulo, Julho de 1982)

....Na biografia fremente de paixão e emoção que dedica a Stefan Zweig, Morte no Paraíso, de Alberto Dines, acrescenta aos antecessores o episódio brasileiro que, com tal intensidade e amplidão de pesquisa, falta em todos eles...
Wilson Martins, Jornal do Brasil, 23/1/82

...A (retro) reportagem humanista de Alberto Dines sobre Stefan Zweig contrasta com argúcia um mito, a utopia do trópico eldorado, com uma vivência falsamente miticizada: o desespero do intelectual europeu e, sobretudo judeu diante do holocausto nazi...
José Guilherme Merquior, Jornal do Brasil, 28/11/81

...É um dos livros mais importantes que li nesses últimos tempos. E me dá um Dines amadurecido, na plenitude dos seus poderes de observação, inteligência e compaixão.... Em Morte no Paraíso se prova um escritor completo.
Paulo Francis, Folha de S. Paulo, 12 e 13 de Novembro, 1981

...Dines resolve na prática cansativos dilemas do trabalho intelectual: a velha e surradíssima pendenga entre o trabalho académico e o texto ágil, vivo, antítese de doutorado. Sem renunciar ou fazer qualquer concessão à falta de rigor documental...o livro é um modelo para o que a Universidade brasileira deveria estar produzindo...
Paulo Sérgio Pinheiro, Folha de S. Paulo, 28/11/81

...Alberto Dines escreve com simpatia e misericórdia. A despeito do julgamento que se tenha da obra literária de Stefan Zweig, a tragédia da sua morte no paraíso brasileiro é uma história indelével. O Brasil devia-lhe este livro.
Otto Lara Resende, O Globo, 29/11/81


Título: O Mistério do Búzio Azul
Autor: Nicha Alvim (texto) e Madalena Matoso (ilustrações)
Editor: Temas e Debates
Colecção: Histórias da Bruxa Cornélia
Nº de páginas: 32

Mais uma aventura da Bruxa Cornélia, que desta vez vai passar férias à praia, ao farol algarvio da sua amiga, a bruxa Alfanzina:
Gatos, gaivotas, meninos ondas e búzios numa história cheia de diversão e emoção, excelente para preparar as férias que já se aproximam!


Museu Municipal de Caminha

No horário de Inverno (1 de Setembro a 30 de Junho), está aberto ao público de Terça a Sexta - Feira das 09.30 ás 12.30 e das 14.30 ás 18.30 e aos Sábados e Domingos das 09.30 ás 12.30 e das 15.00 ás 17.00. No que respeita ao horário de Verão (1 de Julho a 31 de Agosto), de Segunda a Sexta - Feira funciona das 09.30 ás 12.30 e das 14.00 ás 18.00 e aos Sábados e Domingos das 10.00 ás 12.00 e das 15.30 ás 18.30.

Biblioteca Municipal de Caminha

No horário de Inverno (1 de Setembro a 30 de Junho), à Segunda - Feira funciona das 9.00 ás 13.00, de Terça a Sexta - Feira das 09.30 ás 12.30 e das 14.30 ás 18.30 e aos Sábados das 09.30 ás 12.30. No horário de Verão (1 de Julho a 31 de Agosto), o período de funcionamento é de Segunda a Sexta - Feira das 09.30 ás 12.30 e das 14.00 ás 18.00.

Biblioteca Municipal de Vila Praia de Âncora

Horário - Segunda a Sexta: 9h30 / 18h00 (contínuo)
Sábado: 10h00/13h00
Encerra ao Sábado de tarde e Domingo
Telefone: 91 22 26 479

MEMÓRIAS
DA
SERRA D'ARGA
Autor
Domingos
Cerejeira
Ambiente
Animação
Cultura
Desporto
Distrito
Educação
Empresas
Freguesias
Galiza
Justiça
Óbitos
Pescas
Política
Roteiro
Tribuna
Turismo
Saúde
Sucessos