Título: Onde Falham as Cidades
Autor: Vítor Andrade
Editor: Temas e Debates
Colecção: Biblioteca Expresso / Temas e Debates
Nº de páginas: 192
A Obra:
"Inscrevemos na cidade a marca da nossa trajectória enquanto seres humanos. Chamamos-lhe 'nossa' quando a mencionamos a outros cidadãos de lugares diferentes daqueles que habitamos. É com ela que construímos uma boa parte da nossa própria sociabilidade ¾ e, no entanto, raramente a olhamos com a atenção merecida, e muito menos com o respeito imposto pela sua grandiosidade. [...]
Talvez tenha chegado a hora de repensar as dinâmicas sociais de que é feito o nosso quotidiano e reequacionar, a partir daqui, os valores que realmente importa cultivar em matéria de cidadania e de sociabilidade [...] Quisemos dar um contributo para a discussão sobre as cidades onde tentámos identificar as suas falhas, as sua carências, mas também as suas virtualidades. Por isso, ao longo de mais de um ano, entrevistámos personalidades oriundas das mais variadas áreas de formação e sensibilidades políticas e sociais. [....] O resultado é que agora aqui vos propomos, com a convicção de que ainda temos um longo caminho a percorrer em matéria de cidadania. Este é o nosso primeiro passo."
Da Introdução
O Autor:
Vítor Andrade tem 39 anos e é jornalista do Expresso desde 1989. Licenciado em Comunicação Social pelo ISCSP, começou a sua carreira em 1985 com colaborações em vários jornais regionais e também no suplemento DN Jovem do Diário de Notícias, onde foi premiado. Ajudou a fundar a Rádio Universidade Tejo, foi colaborador de programas da Rádio Renascença, do suplemento Correio dos Jovens do Correio da Manhã e redactor da revista Infobolsa, especializada em informação económica e financeira. Como free-lancer, escreveu para publicações como a Volta ao Mundo, Briefing, Água e Ambiente e foi repórter e pivot de um programa sobre marketing e publicidade na SIC. Em 1998 e 1999 ganhou os prémios de jornalismo imobiliário, promovidos pela Associação Lisbonense de Proprietários e pela Câmara Municipal de Lisboa.
Título: A Dança dos Mamelucos
Autor: José M.ª García López
Editor: Temas e Debates
Colecção: Grafias
Nº de páginas: 336
A Obra:
Finais do século XIV. Dois emires mamelucos amigos morrem durante uma batalha entre as tropas de Tamerlão e as do sultanato da Síria e Egipto. Na outra vida, visitam outros tempos. Ashraf remonta às origens do império dos mamelucos turcos no Islão e narra como estes passaram de escravos a sultões derrotando os cruzados. Por seu lado, Zahir visita o futuro e contempla a extinção dos sultões mamelucos numa época em que o Cairo se converte num rio de sangue.
A meio caminho entre o romance histórico, a fábula fantástica e o romance de aventuras, O Baile dos Mamelucos é a narrativa apaixonante dos sucessos, terras e pessoas que constituíram a entidade política, militar, cultural, económica e imaginária do Levante mediterrânico de outrora, seguindo os passos singulares desses escravos estrangeiros que acabaram como sultões na Síria e no Egipto durante quase três séculos.
Neste belo e sugestivo romance, José M.ª García López revela uma imaginação prodigiosa e uma notável capacidade expressiva que lhe granjearam o reconhecimento da crítica, tendo sido distinguido como "um dos melhores praticantes do romance histórico em Espanha".
O Autor:
José Mª García López nasceu em Ávila em 1945 e licenciou-se em Filologia Hispânica. Publicou livros de poesia, ficção e ensaio, tendo recebido vários prémios literários. Colaborou em diversas revistas, escrevendo artigos sobre cinema, teatro, pintura e poesia. Traduziu obras de Eurípides e Sófocles.
Sobre a Obra:
Já não se escreve como o faz García López. É literatura autêntica, sem subterfúgios.
El País
Uma combinação de fidelidade histórica, fantasia e aventura.
ABC
Uma metáfora da liberdade e da amizade.
La Razón
A acção desenrola-se de forma muito bem estruturada e com um estilo que contribui para embelezar a paisagem histórica.
El Diario
Título: Objectos no Espelho
Autor: Katharine Weber
Editor: Temas e Debates
Colecção: Outras Grafias
Nº de páginas: 280
A Obra:
Será possível ajudar alguém que não quer ser ajudado? Até onde podemos confiar nas nossas percepções? Questões que perpassam por este livro a um tempo divertido e triste, animado por jogos de palavras à Nabokov, mas decididamente impressionante e profundo.
Harriet Rose, uma jovem fotógrafa que acaba de ver o seu trabalho premiado, possui uma sensibilidade excêntrica resultante de uma infância onde se entrelaçam a alegria e o desgosto. Aos vinte e seis anos, as coisas parecem estar finalmente a correr a seu contento: encontrou o amor com um pintor, Benedict Thorne, e vai fazer uma viagem a Genebra para visitar Anne Gordon, a sua melhor amiga e antiga companheira de quarto em Greenwich Village. Mas Anne transformou-se numa pessoa estranha, anota Harriet no seu diário, tornou-se "assustadoramente frívola". E Harriet depressa compreende que Anne está a viver um romance desastroso com um homem casado e muito mais velho. Enquanto Harriet procura entender como - ou se - lhe será possível ajudar a amiga, os acontecimentos tomam um rumo inesperado e Harriet vê o seu passado reflectir-se mais uma vez, sombriamente, no presente.
A Autora:
Katharine Weber estreou-se na ficção com um fragmento deste romance que foi publicado na The New Yorker. Vencedora regional do prémio "Best of Young American Novelists" da Granta, a sua obra de ficção também foi publicada nas revistas Story e Redbook. Vive em Bethany, Connecticut, com o marido e as duas filhas. De Katharine Webber a Temas e Debates publicou já o segundo romance, A Lição de Música.
Sobre a Obra:
"Gostei imenso deste romance incrivelmente espirituoso."
Iris Murdoch
"Personagens maravilhosamente complexas, prosa espirituosa, situações irónicas e consequências trágicas... É o domínio que a autora tem da linguagem que dá forma a este livro inteligente e tocante."
Jean Blish Siers, Charlotte Observer
"Envolvente… A descrição dos traumas da infância, de famílias em crise e da avó de Harriet são notáveis."
Elizabeth Benedict, The New York Times Book Review
"Um romance espantoso… sabedor, profundo, espirituoso - características que é raro encontrar em conjunto. É também uma boa história."
Madeleine L'Engle
Título: NO AR - "Live on paper"
Autor: José Ramos
Editor: Temas e Debates
Nº de páginas: 308
O Autor:
José Ramos nasceu em Angola. É professor de Ciências da Comunicação, locutor de Radiodifusão, Publicidade e Televisão. Na Rádio, destacou-se entre outros, na realização e apresentação das Manhãs da Comercial e do Círculo em FM, que durante cerca de cinco anos contou com a parceria do Círculo de Leitores, com o qual estabeleceu uma relação, quer profissional quer particular, de grande qualidade.
Sendo essencialmente um homem da Fala, inicia-se na escrita com este "auto-retrato até à medula", negando no entanto ser uma autobiografia e preferindo a expressão "photomaton de retalhos da sua vida". Na viagem de avião entre Portugal e o Brasil, com paragem obrigatória em Cabo Verde, limitado pelo espaço físico do lugar e perante a restrição de fumar, leva-nos de forma aleatória ao voo do seu pensamento... Apenas... ao sabor das teclas.
O livro foi escrito live on paper em Janeiro de 2005 em apenas uma semana e trinta minutos, sem recurso a notas prévias. Tudo de memória e ao correr das teclas... Numa descarada homenagem à forma como sempre gostou de fazer Rádio... EM DIRECTO! Onde as Emoções têm mais valor...
Inquérito ao autor:
Nome: JOSÉ RAMOS
Idade: 50 anos
Naturalidade: ANGOLANA
Nacionalidade: PORTUGUÊS pois claro!
Residência: LISBOA e FORTALEZA de vez em quando.
Ocupação: Voz Off da SIC (UMA ESPÉCIE DE LOGÓTIPO AUDIO)
Profissão: LOCUTOR DE RÁDIO NO DESEMPREGO, locutor de publicidade quando há trabalho... E se não chamarem outro...!
Signo: CARANGUEJO/CÂNCER com ascendente em Escorpião (é o que dizem).
Altura: 1.90 m
Peso: BASTANTE, ou será antes, DEMAIS?
Sinais particulares: CARDIODISPLICENTE.
Maior paixão: RÁDIO.
Maior sonho: VOLTAR A TER EMPREGO NA RÁDIO
Maior desejo: NÃO SABE (mas dava jeito o Jackpot do Euro milhões).
Segundo Maior Desejo: NÃO SABE (mas dava jeito o Euro milhões).
Terceiro Maior Desejo: NÃO SABE (mas, se fosse o Totoloto também não me chateava nada com isso).
Quarto Maior Desejo: NÃO POSSO GANHAR O EUROMILHÕES NEM O TOTOLOTO? Então basta que me deixem estacionar decentemente em Campo de Ourique.
Quinto Maior Desejo: Ai o meu canário, que este gajo é chato p'ra Burro. JÁ DISSE... ESTACIONAR EM CAMPO D'OURIQUE!
Seu herói: São tantos... mas espera aí... FRANCISCO PINTO BALSEMÃO, o "senhor do Bolo"!!!!!
Maior Defeito: É para responder? Ok então lá vai FRONTALIDADE.
Maior Prazer: DAR ESTALOS... Aos filhos da mãe.
Cor preferida: Para vestir (AZUL ESCURO).
Fuma: POR ENQUANTO...
Sexo: GOSTO MUITO (mas já vou tendo fraquezas) É DA MEDICAÇÃO.
Carro: DE SERVIÇO a diesel (e se vc comprar o livro pode ser meu, no fim do leasing...Até os olhinhos me saltavam!!!!.
O que pensa deste inquérito: SIM.... POIS..... QUER DIZER.... INTERESSANTE!!! O que pensa de si próprio: Ó PÁ! COMPRA O LIVRO E DEIXA-TE DE TRETAS.
Título: MORTE NO PARAÍSO - A Tragédia de Stefan Zweig
Autor: Alberto Dines
Editor: Rocco
Nº de páginas: 596
Uma biografia de um biógrafo que figura até hoje nas listas europeias dos melhores. Que marcou um estilo de escrita e de vida, que foi amigo de Freud, Romain Rolland, James Joyce e Thomas Mann. Alberto Dines captou um pedaço da história capaz de explicar o mundo de hoje, que Zweig não esperou para ver.
A Obra:
Passados 62 anos da morte de Stefan Zweig, o mundo perturba-se até hoje com o mistério do europeu culto, elegante, rico e sensível, que escapou ao regime nazi para optar, com a mulher, por uma dose dupla de veneno no exílio dourado de Petrópolis. Pacifista, best-seller internacional, Zweig julgou ter realmente encontrado o paraíso e o país do futuro, título de um livro que escreveu (Brasil, país do futuro). Por que é que justamente o Brasil, país do futuro, cortaria o futuro de Zweig?
As especulações rocambolescas são tantas que esse folhetim poderia transformar-se num romance policial. Para começar, alega-se que não houve suicídio algum. Teria sido a Gestapo que o assassinou e matou a mulher, testemunha do crime? O alegado bissexualismo não assumido perturbou-o? Teria sido por causa de depressão, de medo ou de insegurança causada pela vinda para o Brasil, país que lhe ofereceu tudo o que a Europa negava ao mundo naquele momento? Por que razão se mataria o escritor no auge da fama, no país onde era turista aprendiz, maravilhado com o carnaval ("très erotique, très erotique", disse) e com as prostitutas do Mangue? Para Zweig, o mundo em guerra apagava todo o encantamento.
O livro que Alberto Dines lança agora em Portugal é uma lupa sobre a vida e a morte de Zweig. Como pano de fundo, a Primeira Guerra, onde o escritor austríaco exerceu o pacifismo e alcançou a glória, e a Segunda Guerra, gerada pelo regime nazi, que transformou todas as glórias em morbidez e pânico. A sua morte não diluiu a parceria diabólica de Hitler, Hirohito e Mussolini.
Trata-se de um raro relato dos últimos anos de Zweig, escrito com a agudez de um mestre do jornalismo, que é ao mesmo tempo um pesquisador sintonizado com a História e um escritor muito especial. Por mais que o tema da vida de Zweig seja conturbado, e hoje distante dos leitores de menos de 50 anos, Morte no Paraíso é um livro fundamental para se conhecer um período marcante, um escritor primoroso, uma paixão conturbada e uma vida imperdível.
Para além da informação sobre o Brasil ditatorial, a obra de Alberto Dines reúne igualmente um acervo importante e original de informação sobre os contactos mais ou menos secretos que Zweig manteve, desde a última metade da década de 30, com a comunidade judaica de Lisboa (Moses Amzalak, Augusto Esaguy, Abecassis, etc) - e também com o governo de Lisboa (através do Ministro da Propaganda António Ferro, que era um admirador confesso da sua obra, principalmente desde a biografia de Fernão de Magalhães) - tentando assegurar uma qualquer hipótese de fuga ou território de retirada para os judeus europeus. Fala-se no livro de um plano secreto, latente já desde 1912, apoiado pelos EUA e descartado por Salazar, de criação de um território israelita em Angola, por exemplo. A estada do escritor em Lisboa é seguida através da imprensa da época e de testemunhos de pessoas que com ele privaram de uma forma ou de outra (o seu editor, Fraga Lamares, da Livraria Civilização, Artur Portela, que o entrevistou, os intelectuais do grupo da Seara Nova, etc).
Em 1940, após a fuga de Zweig para os EUA, é narrada ainda a famosa fuga através da rota dos Pirenéus de um grupo de judeus que reunia vários artistas e intelectuais, em direcção a Lisboa - Alma Mahler, Walter Benjamin, (que se suicidou na fronteira francesa), Heirich Mann e Friedricke, a primeira mulher de Zweig, entre outros -, grupo que conseguirá uma raríssima autorização de entrada em Portugal por interferência directa de António Ferro, a pedido expresso e angustiado do autor.
Fruto de uma investigação aturada, persistente e em constante actualização, como só um grande jornalista com um grande tema poderia fazer, Morte no Paraíso teve uma primeira versão em 1981, mas o autor nunca deixou de se alimentar com informações preciosas, cuidadosamente arquivadas numa pasta destinada à segunda edição. Ao longo de 23 anos, o biografado nunca saiu do caminho do biógrafo. Há sete anos, Alberto Dines tentou inserir as novidades nos rodapés, num apêndice ou nas entrelinhas da primeira edição. Impossível: ele havia reunido material suficiente para um outro livro e, de facto, esta nova Morte no Paraíso chegou às livrarias brasileiras - e chega agora às portuguesas - com quase o dobro do tamanho da primeira edição.
O Autor:
Alberto Dines nasceu no Rio de Janeiro, em 1932. Jornalista há 52 anos, dirigiu e lançou diversos jornais e revistas entre Rio, São Paulo e Lisboa. Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante 12 anos e dirigiu a sucursal carioca da Folha de São Paulo. Em Portugal, dirigiu o Grupo Abril, onde lançou a revista Exame. Os seus artigos são publicados semanalmente em vários jornais do Brasil onde, durante a ditadura, driblou a censura, foi preso duas vezes e ameaçado de cassação outras tantas. Profissional dos mais versáteis, Dines foi professor convidado da Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York, escreveu e organizou mais de 15 livros - entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo - Antônio José da Silva, o Judeu, e outras história da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). Dedicou-se igualmente à crítica dos media, criando, tanto em Portugal como no Brasil, o Observatório da Imprensa, que neste país deu origem a um site e a um programa de televisão especialmente interventivos.
Sobre a Obra:
O livro de Alberto Dines interessa pela tensão ininterrupta, expressa no pleno da escrita, pelo acúmulo de dados e reflexões...
Antônio Cândido, O Escritor (S. Paulo, Julho de 1982)
....Na biografia fremente de paixão e emoção que dedica a Stefan Zweig, Morte no Paraíso, de Alberto Dines, acrescenta aos antecessores o episódio brasileiro que, com tal intensidade e amplidão de pesquisa, falta em todos eles...
Wilson Martins, Jornal do Brasil, 23/1/82
...A (retro) reportagem humanista de Alberto Dines sobre Stefan Zweig contrasta com argúcia um mito, a utopia do trópico eldorado, com uma vivência falsamente miticizada: o desespero do intelectual europeu e, sobretudo judeu diante do holocausto nazi...
José Guilherme Merquior, Jornal do Brasil, 28/11/81
...É um dos livros mais importantes que li nesses últimos tempos. E me dá um Dines amadurecido, na plenitude dos seus poderes de observação, inteligência e compaixão.... Em Morte no Paraíso se prova um escritor completo.
Paulo Francis, Folha de S. Paulo, 12 e 13 de Novembro, 1981
...Dines resolve na prática cansativos dilemas do trabalho intelectual: a velha e surradíssima pendenga entre o trabalho académico e o texto ágil, vivo, antítese de doutorado. Sem renunciar ou fazer qualquer concessão à falta de rigor documental...o livro é um modelo para o que a Universidade brasileira deveria estar produzindo...
Paulo Sérgio Pinheiro, Folha de S. Paulo, 28/11/81
...Alberto Dines escreve com simpatia e misericórdia. A despeito do julgamento que se tenha da obra literária de Stefan Zweig, a tragédia da sua morte no paraíso brasileiro é uma história indelével. O Brasil devia-lhe este livro.
Otto Lara Resende, O Globo, 29/11/81
Título: O Mistério do Búzio Azul
Autor: Nicha Alvim (texto) e Madalena Matoso (ilustrações)
Editor: Temas e Debates
Colecção: Histórias da Bruxa Cornélia
Nº de páginas: 32
Mais uma aventura da Bruxa Cornélia, que desta vez vai passar férias à praia, ao farol algarvio da sua amiga, a bruxa Alfanzina:
Gatos, gaivotas, meninos ondas e búzios numa história cheia de diversão e emoção, excelente para preparar as férias que já se aproximam!