Lí hoje no seu jornal Nº 237: 14/20 Mai 05, o artigo sob o titulo “DESPISTE DE CARRO MATA SEXAGENÁRIO
JUNTO À PONTE DE CAMINHA”
Após a notícia fatídica terminava afirmando: “A descoordenação de que o INEM continua a dar mostras, levou a que aparecesse mais tarde uma ambulância disposta a prestar auxílio às vítimas, mas os Bombeiros de Caminha já o tinham feito, de nada valendo a sua deslocação desde Viana do Castelo.”
Não tenho qualquer procuração passada pelo INEM mas sinto a tristeza da ligeireza da afirmação de alguém que é em certa medida um fazedor de opinião.
Antes da afirmação referida deveria encontrar algumas respostas tais como:
Foram os bombeiros de Caminha solicitados directamente por comunicação para os seus telefones ou foram através do 112?
Terá sido pedida a ajuda dos bombeiros simultaneamente pelas duas vias?
Analisou-se a distância entre o local do acidente e o local de onde partiu o socorro?
Será que houve comunicação entre os bombeiros de Caminha e o INEM, informando os primeiros que já haviam saído em socorro?
Que tipo de informação foi dada ao 112 por quem fez o pedido de auxilio?
Veio viatura médica do INEM?
Etc., etc.
Somente após a análise séria destas e outras questões é que se torna possível efectuar um juízo de valor, permitindo desta forma inclusivamente uma autoavaliação crítica por parte da entidade INEM.
Não é com afirmações avulsas e de desconhecimento das situações que se permite a existência de climas de confiança entre todos os intervenientes da emergência médica, pelo contrário, cultiva-se um clima de desconfianças em serviços que também têm pessoas extremamente dedicadas aos outros, colocando muitíssimas vezes o seu bem-estar pessoal e familiar, assim como colocando frequentemente a sua vida em risco.
Muito gostaria que esta minha opinião fosse disponibilizada no seu jornal, assim como a verdadeira informação sobre o que efectivamente aconteceu no que concerne à assistência aos sinistrados.
Atentamente