CONCELHO DE CAMINHA



UM MOSAICO DE PAISAGENS

Jornal Digital Regional
Nº 238: 21/27 Mai 05 (Semanal - Sábados)

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TRIBUNA
Espaço reservado à opinião do leitor


Excelentíssimo Senhor Director do Caminha 2000

Lí hoje no seu jornal Nº 237: 14/20 Mai 05, o artigo sob o titulo “DESPISTE DE CARRO MATA SEXAGENÁRIO JUNTO À PONTE DE CAMINHA”

Após a notícia fatídica terminava afirmando: “A descoordenação de que o INEM continua a dar mostras, levou a que aparecesse mais tarde uma ambulância disposta a prestar auxílio às vítimas, mas os Bombeiros de Caminha já o tinham feito, de nada valendo a sua deslocação desde Viana do Castelo.”

Não tenho qualquer procuração passada pelo INEM mas sinto a tristeza da ligeireza da afirmação de alguém que é em certa medida um fazedor de opinião.

Antes da afirmação referida deveria encontrar algumas respostas tais como:

Foram os bombeiros de Caminha solicitados directamente por comunicação para os seus telefones ou foram através do 112?

Terá sido pedida a ajuda dos bombeiros simultaneamente pelas duas vias?

Analisou-se a distância entre o local do acidente e o local de onde partiu o socorro?

Será que houve comunicação entre os bombeiros de Caminha e o INEM, informando os primeiros que já haviam saído em socorro?

Que tipo de informação foi dada ao 112 por quem fez o pedido de auxilio?

Veio viatura médica do INEM?

Etc., etc.

Somente após a análise séria destas e outras questões é que se torna possível efectuar um juízo de valor, permitindo desta forma inclusivamente uma autoavaliação crítica por parte da entidade INEM.

Não é com afirmações avulsas e de desconhecimento das situações que se permite a existência de climas de confiança entre todos os intervenientes da emergência médica, pelo contrário, cultiva-se um clima de desconfianças em serviços que também têm pessoas extremamente dedicadas aos outros, colocando muitíssimas vezes o seu bem-estar pessoal e familiar, assim como colocando frequentemente a sua vida em risco.

Muito gostaria que esta minha opinião fosse disponibilizada no seu jornal, assim como a verdadeira informação sobre o que efectivamente aconteceu no que concerne à assistência aos sinistrados.

Atentamente

João Ramos
Médico

NOTA DA DIRECÇÃO: Sempre pensámos que o autor deste texto nos traria alguma novidade sobre a descoordenação visível no dia do acidente, quando uma viatura do INEM chegou a local sensivelmente um quarto hora depois de os Bombeiros de Caminha terem transportado os sinistrados, abrindo as portas da viatura e preparando-se para actuar, até que um graduado da corporação caminhense os abordou e os pôs ao corrente da situação.

É evidente que não vamos seguir os "conselhos" que nos dá, como também não nos atreveríamos fazê-lo em relação à sua actividade profissional, pois melhor do que ninguém, saberá como actuar, como médico competente que o é.

Apenas sugerimos, se assim o entender, que use os seus dotes oratórios -tais como os revelou ao nível da escrita- na próxima reunião da Assembleia Municipal de Caminha, a fim de esclarecer o que de mal correu nesta (só nesta?) intervenção do INEM.

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