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URBCOM PERMITE REABILITAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS EM VILA PRAIA DE ÂNCORA E CAMINHA APROVADAS CANDIDATURAS DE 1,5 MILHÕES DE EUROS PARA VINTE ARTÉRIAS
A Câmara de Caminha reuniu com os comerciantes de Vila Praia de Âncora, a fim de lhes dar a conhecer os projectos de requalificação em diversas artérias da vila, de modo a "potenciar o comércio e contribuir para a sua revitalização", inseridos no URBCOM (Projecto de Urbanismo Comercial). Segundo revelou o município caminhense, são duas dezenas de ruas, travessas e praças nas duas vilas abrangidas por dois planos de revitalização comercial, cujas intervenções, em alguns casos, já se iniciaram, noutros, apenas acontecerá após o verão ou em 2006. Estão asseguradas comparticipações na ordem dos 1,5 milhões de euros (divididos em partes iguais entre as duas vilas), segundo nos revelou o vereador Bento Chão, que se encontrou com os comerciantes ancorenses a pedido da Associação Comercial e Industrial dos Vales do Âncora e Coura, os quais mostraram alguma inquietude, perante a possibilidade de algumas das obras já em curso poderem ultrapassar o dia 30 de Junho. OBRAS EM CURSO CONCLUÍDAS ATÉ 30 DE JUNHO
O autarca garantiu que elas estarão concluídas até essa data, dando como exemplos as ruas 5 de Outubro, 31 de Janeiro e Cândido dos Reis, artéria que faz a ligação entre a marginal e a Praça da República (igualmente intervencionada, mas fora do âmbito do URBCOM) e manifestou-se apostado em "devolver V. P. Âncora aos peões". Outras artérias cuja elaboração de projectos da autoria do Gabinete Técnico Local (GTL) se encontra praticamente concluída e com início previsto para dentro de alguns meses, serão as ruas Miguel Bombarda, Laureano de Brito e Trav. 31 de Janeiro, estando ainda pendente das negociações com um particular, a construção de um nó de acesso à EN13, desde a R. Mesquita da Silva, de modo a descongestionar o trânsito na parte sul da vila. Até final de 2006, o estudo global do projecto especial de urbanismo comercial desta vila prevê ainda obras nas ruas António Ramos, Carlos Cordeiro Feio, Celestino Fernandes, 13 de Fevereiro, Pescadores e entre a Av. Ramos Pereira e o Parque com o mesmo nome, no intuito de o "devolver ao rio", sublinhou José Bento Chão. PR. DA REPÚBLICA SUSCITOU MAIS DÚVIDAS
Os comerciantes aludiram ainda à possibilidade de aquisição dos prédios arruinados na Pr. da República, tendo o autarca sublinhado que o proprietário de um deles tem usado de "todos os artifícios legais" para obstruir a negociação, além de ambos pedirem preços considerados "especulativos". O projecto desta praça foi também objecto de alguns pedidos de esclarecimento, tendo sido garantidas as cargas e descargas, e a polémica sobre a manutenção de um degrau pouco condizente com o traçado das escadas da igreja, bem como a inclinação com que este espaço ficará, foram aflorados no decorrer da reunião.
O arquitecto-chefe do GTL que acompanhava o vereador, considerou normal a inclinação de 2% (50 cm) em qualquer praça, além de ter sido necessário ter em consideração a altura das soleiras dos diferentes comércios existentes - "é a forma menos agressiva para ter uma quota estável", assim foi justificado. A possibilidade de manutenção de estacionamento na R. 5 de Outubro, é uma opção que não está tomada, assegurou Bento Chão -embora já estivesse ciente da sua opinião, mas não a revelando publicamente- tal como a localização da praça de táxis. José Pedro Esmeriz, um dos comerciantes presentes, sugeriu a criação de três praças na vila, com carácter rotativo para os taxistas, mantendo-se a da R. 31 de Janeiro e situando as restantes junto ao Centro Cívico e ao Centro Coordenador de Transportes. PASSADEIRAS DE NÍVEL
Outro dos pormenores que a câmara pretende implementar em todos os locais onde existam passadeiras, será o de que estas se situarão ao nível dos passeios, levando a que sejam os carros a subirem e não os peões a descerem. Em Caminha, a câmara garante igualmente utilização de material de qualidade nos pisos em lajedo ou cubo granítico -preocupação manifestada pelos comerciantes ancorenses-, modernização da iluminação pública e renovação de infra-estruturas de água e saneamento, estando em curso a "criação de um espaço de lazer" na R. 16 de Setembro, de acesso à praça da vila, resultante das alterações ao trânsito operadas, pedonização também prevista para a R. da Corredoura. A câmara diz ainda assegurar obras de reabilitação para as ruas Visconde Sousa Rego, Miguel Dantas, S. João, Direita e Barão de S. Roque, bem como para o próprio Terreiro, largos Bento Coelho e Sidónio Pais, avenidas Manuel Xavier e João de Deus, bem como nas travessas do Tribunal e de S. João. 84 CANDIDATURAS APROVADAS
Estes objectivos terão sido atingidos, graças às candidaturas de modernização comercial aprovadas a 84 comerciantes dos 124 projectos apresentados e que atingiram os seis milhões de euros, comparticipadas pelo IAPMEI em 50%, conforme referiu José Luís Ramos, presidente da associação comercial (ACIVAC) deste concelho. Quase todos os comerciantes já receberam a sua quota-parte de comparticipação do Estado nas remodelações operadas nas suas lojas, tendo dado como exemplo o Praça Café, de V. P. Âncora, que recebeu a totalidade do dinheiro, logo na 1ª fase do projecto. CAMINHA EM DESTAQUE NAS CANDIDATURAS Não deixou de realçar o "elogio" recebido pelo concelho de Caminha, pelo facto de ter sido o que mais projectos viu aprovados a nível nacional, tendo já apresentado nova candidatura no valor de 60.000€ à Direcção-Geral de Empresas, de "comunicação e animação" para os próximos dois anos, nos espaços comerciais e públicos intervencionados. COMERCIANTES DE CAMINHA PREOCUPADOS
Cinco dias depois, nas novas instalações camarárias, decorreu uma segunda reunião entre os comerciantes da vila de Caminha e o executivo camarário, ficando patente a preocupação com a actual falta de estacionamento e que se poderá agravar no próximo Verão. A sessão fora convocada a pedido da ACIVAC (Associação de Comerciantes e Industriais dos Vales do Âncora e Coura), tal como sucedera já em Vila Praia de Âncora, a fim de serem apresentadas as obras que o município pretende efectuar no espaço público da sede do concelho, no âmbito do URBCOM (Projecto de Urbanismo Comercial). Algumas intervenções já estão em curso, casos da rua 16 de Setembro (espaço que será reservado a peões) e outras se seguirão (parte da Corredoura e Flores), todas com conclusão prevista até final de Julho e mais algumas se seguirão após o Verão (S. João de Deus, Cais e Manuel Xavier). No entanto, o problema do estacionamento com a época balnear à porta está a preocupar o comércio, a braços com uma crise visível, desde que foram operadas transformações na feira semanal, como foi vincado neste encontro com a autarquia. Alguns apontam que com a diminuição do espaço de parqueamento, os turistas deixarão de visitar Caminha, tendo sido realçadas as limitações impostas no passeio marginal à Avenida Dantas Carneiro, na Av. Entre-Pontes e nas Portas de Viana, como factores negativos, além da própria confusão a que se assiste presentemente com a falta de sinalização adequada, derivado às alterações ao trânsito, devido aos trabalhos que decorrem no interior da vila.
Esta visão pessimista não foi comungada pelo arquitecto-chefe do Gabinete Técnico Local, autor dos projectos em causa, referindo ter efectuado um estudo do fluxo de trânsito, o qual não evidenciava tantas apreensões como as referidas, com excepção dos dias de feira, em que todos assumem que será, na verdade, um caso deveras problemático. Como solução (a prazo, no entanto) o recinto feiral deverá ser deslocado para a periferia da vila (Corgo), defendeu. Constituindo o dia de feira um "S. Miguel" para a maioria dos comércios, teme-se que muitos visitantes deixarão de se deslocar a Caminha, não só porque a própria feira em si se encontra num período de recessão, mas também porque não encontrarão local para estacionar. Contudo, o vereador Bento Chão voltou a reafirmar a prioridade do Executivo em conceder a primazia aos peões, razão das opções da maioria das intervenções a operar nos espaços públicos, mostrando-se determinado em disciplinar as cargas e descargas e a realizar as alterações ao trânsito necessárias a um bom fluxo viário. |
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