Os Adenovírus são agentes que podem causar um conjunto de doenças que varia desde a conjuntivite, gasroenterite, faringite, até à pneumonia. Calcula-se que cerca de 5% das infecções respiratórias diagnosticadas na população em geral são provocadas pelos Adenovírus. Estes vírus podem ser transmitidos por contacto directo com doentes ou por contacto com objectos contaminados. O vírus pode permanecer activo fora do corpo, nomeadamente na água (infecção adquirida em piscinas cuja água não é convenientemente desinfectada).
A maioria das infecções provocada pelos Adenovírus é benigna, e cura sem necessidade de tratamento específico. Contudo, quando estas infecções surgem em crianças de tenra idade, ou com outros problemas de saúde ( doenças respiratórias, doenças cardíacas, doenças que diminuem as defesas do organismo), a gravidade da infecção pode ser maior. À semelhança de outras infecções, o Adenovírus pode ser adquirido durante o internamento num hospital. Dado que a infecção vai atingir pessoas previamente doentes, a situação pode assumir maior gravidade. Para evitar esse tipo de situações, são tomadas medidas de prevenção e controlo nos hospitais portugueses.
Dado o impacto que tiveram nos meios de comunicação social os recentes acontecimentos em Guimarães, que muito provavelmente todas as pessoas seguiram com interesse e preocupação, os serviços de saúde pública têm sido solicitados a prestar informações a instituições e ao público em geral. Assim, consideramos que seria útil divulgar este texto sobre as medidas a tomar para evitar a propagação das infecções pelo Adenovírus na comunidade.
RECOMENDAÇÕES À POPULAÇÃO
As infecções por Adenovírus são habitualmente benignas, principalmente quando surgem em pessoas saudáveis.
As medidas preventivas a tomar para evitar as infecções por Adenovírus não diferem das que são aplicáveis à prevenção de outras doenças, nomeadamente das infecções do aparelho respiratório.
Em face do conhecimento existente sobre este tipo de doenças, nomeadamente a maior gravidade que podem assumir quando atingem as crianças, recomendamos a todos os pais:
-	Estejam atentas/os à saúde das vossas crianças: se surgiram sinais ou sintomas como febre, diarreia, tosse, conjuntivite dores de garganta, ou outros que vos suscitem dúvidas, não levem o vosso filho/a para a creche, infantário, escola, piscina, ou outros equipamentos colectivos até o médico assistente decidir que a criança pode regressar às suas actividades habituais. Esta medida protege a saúde do vosso filho/a e pode evitar a transmissão de doenças a outras crianças.
-	Tenham a máxima atenção ao cumprimento das regras básicas de higiene. Procurem treinar os/as vossos filhos/as no sentido de as praticar. A lavagem rigorosa das mãos antes e após a mudança de fraldas ou a prestação de cuidados de higiene pessoal aos bebés são medidas importantes. Gestos tão simples quanto manter uma boa higiene pessoal, lavar as mãos depois de utilizar a casa de banho, lavar as mãos antes das refeições, não partilhar objectos de uso pessoal (escovas de dentes, pentes, toalhas, etc), proteger a boca e o nariz durante os acessos de tosse ou espirros, podem evitar muitos problemas de saúde.
-	Procurem manter as vossas casas bem arejadas e evitem os ambientes de fumo e não exponham as vossas crianças ao fumo do tabaco. A sua inalação passiva agrava o risco de doenças respiratórias.
As Autoridades de Saúde estarão atentas à necessidade de sensibilizar as entidades competentes para o cumprimento das regras de higiene e segurança  nos estabelecimentos frequentados pelos vossos filhos/as.
 
A síndroma respiratória aguda ou pneumonia atípica é uma doença causada por um novo vírus da família dos Coronavirus.
A transmissão da doença tem ocorrido, na grande maioria dos casos através da exposição a gotículas respiratórias (pequenas gotas produzidas pela tosse ou espirros) durante um contacto próximo com uma pessoa infeccionada.
Os lugares em que existe uma transmissão recente da Síndroma Respiratória Aguda denominam-se Áreas Afectadas. Estas áreas constam em informação actualizada diariamente, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Portugal, a Direcção Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), mantêm dispositivos apropriados de vigilância e controlo da doença participando activamente nas redes de vigilância mundial e europeia, através da OMS e do Comité da Rede de Vigilância de Doenças Transmissíveis da União Europeia.
Até à data, não há nenhum caso provável da SRA em Portugal.
Qualquer pessoa que apresente:
·	Febre (maior de 38º) e/ou
·	Sintomas respiratórios (tosse, dificuldade respiratória, falta de ar, secreções respiratórias).
No prazo de 10 dias após o regresso de uma Área Afectada deve contactar a "Linha Saúde Pública" (808 211 311).