Os pescadores do concelho de Caminha aguardam com natural ansiedade as consequências que advirão para a pesca local, das medidas protagonizadas pela Comissão Europeia, ao tentar reduzir o esforço de pesca dos países da União Europeia, a pretexto de defender os recursos pesqueiros.
Esta reforma da Política Comum de Pescas levantou de imediato contestação por parte dos países com frota pesqueira, como é o caso de Portugal.
Este representante dos armadores e pescadores do Rio Minho e Mar, teme que o abate de embarcações atinja os 25% da frota e que aquelas que possuírem mais de 25 anos de registo -o que é caso de muitas em Caminha e Vila Praia de Âncora- poderão estar na mira do comissário das pescas Franz Fischler.
"Neste momento, ainda ninguém sabe porque pontas é que lhe vão pegar", afirmou o pescador, mas está em crer que antes de Dezembro, a medida não estará implementada, uma vez que da parte da Galiza e de Espanha, haverá forte reacção, além do posicionamento que os euro-deputados dos países afectados possam vir a assumir.
Se os esclarecimentos não forem dados em tempo oportuno, esta associação irá interpelar o secretário de Estado das Pescas, a fim de obter explicações, acentuou Venâncio Silva.