QUALIDADE: PAIXÃO-TRABALHO-BUSCA CONSTANTE

Na Galeria de Arte do Hotel Porta do Sol, dirigida pelo Marchant d'Art António Lacerda, está patente até final do mês de Abril, uma exposição do pintor figueirense Filinto Viana, possuidor de um curriculum de mostras de arte deveras invejável (mais de 80), desde que realizou a primeira apresentação pública individual há 10 anos, na Figueira da Foz, a terra onde nasceu, em 1956.

Sobre ele, o crítico de arte António Menano referenciou-o como um "self made painter", o qual, ao invés de muitos outros, "não enveredou pela construção civil, pela imobiliária ou pela acções, a sua "especulação", a sua luta, a sua procura tem-se virado, imperativamente, para a arte".

Reconhece que o seu "caminho lento mas seguro, a "reinvenção" do cubismo, algum abstracionismo geométrico, algum "non sense", muita poesia a enquadrar a obra de arte num lirismo íntimo, no qual o universo familiar -sonhado ou vivido- tem sido o cerne da maioria das pinturas de Filinto Viana.

É este "valor da nova pintura", uma prova de que a "garantia de qualidade tem muito a ver com a paixão, aliada ao trabalho e à busca constante".

Eis alguns apontamentos referenciais de Filinto Viana. igualmente da autoria de António A. Menano, publicados no jornal "O Figueirense", em 21/9/01:

"Em Filinto Viana, a recordação da infância perdida, da mãe "sonhada", da família, estarão quase sempre presentes.

Sendo, algumas vezes, instintiva, a arte interessa o artista (quase sem ele dar por isso), e constitui o reflexo, a reflexão, o outro lado do espelho do mesmo artista. Como se estivéssemos perante uma reflexão poética, Daí que, ainda recentemente, tivesse ouvido, referindo-se a uma tela de Filinto Viana, o seguinte comentário: "parece feito por Chagall"."

"Creio que é a inspiração por determinar o primeiro impulso criador"

"Filinto Viana, nas suas "osmoses", nos seus quadros "picassianos", nos palhaços, nas crianças, nos verdes, nos azuis, nos amarelos, nos violinos e nos rabecões, nas flautas e nas histórias aos quadradinhos, é ele próprio.

Tem tanto de cigarra como de formiga, de opinante de arte como de sonhador, de inspirado como de "autêntico".

Estas são algumas das razões porque gosto da sua pintura".

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