Os alunos da Escola EB 2,3/S de Caminha responderam ao apelo da Associação de Pais e manifestaram-se em "marcha lenta" nas passadeiras existentes junto a este estabelecimento de ensino, obrigando os automobilistas a abrandar o andamento, como forma de protesto pela insegurança existente na N301. A colocação de duas séries de bandas cromáticas em cada uma das faixas de rodagem por parte do ICERR(Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária) há cerca de dois meses, não constituiu medida suficiente para diminuir a velocidade dos veículos, tendo-se verificado já um pequeno acidente, e as situações de perigo para a população escolar sucedem-se por desrespeito da sinalização existente. Cansada de esperar pelo "silêncio do ICERR, apesar das expectativas iniciais", afirmou-nos Cacilda Araújo, presidente da Associação de Pais da escola, decidiram iniciar este protesto na manhã do passado dia 12, perante um certo "desprezo pela segurança dos miúdos" e exigindo o cumprimento das promessas de colocação de "bandas sonoras (há mais de um ano) e semáforos", acrescentou. A encarregada de educação espera que com esta medida, o próximo ano lectivo se inicie com os equipamentos já colocados e "não seja preciso alguém morrer para o ICER responder", como se podia ler num dos cartazes empunhados pelos alunos.

Avaliação do Programa Internet na Escola e Identificação do Perfil de Utilização da Internet pelos Alunos do Secundário e do 3º Ciclo do Básico

Dança, música, poesia, um pequeno sketch e a despedida da Associação de Estudantes com a entrega de vários prémios respeitantes a um concurso de prosa e poesia, completaram a festa de encerramento do ano lectivo 2000/01, na Escola EB 2,3/S de Caminha, realizada no passado dia 12.

Sandra Rodrigues, 12º Ano (poesia) e André Pires, 8º Ano (prosa) dividiram os prémios entre si.

Agora relembro os anos idos, vividos, em instantes de beleza desconexa, entre as vozes de gentes, ruas, alaridos, desejo a alegria na quietude dos incessantes bramidos, E hoje que não a sinto, vivo uma vida funesta. E hoje, após incessantes voltas, tenho os membros doridos. Desejo em pulsações, em frémitos, a alegria ida. Entre instantâneos, livros e estrupos Em nítidas projecções, leituras e sentidas. Agora relembro que a vida nem é tanta, assim vivida...

Não!!! Não pretendo escrever mais nestes formatos,
nestas linhas orientadoras,
nesta organização ditada por convenções
de sintaxe ou de estética...
Não!!! Já basta!!
Retrato eu um ontem simétrico, monótono, uniforme?
Hoje sinto verdadeiramente,
Hoje sinto que tudo o que ténuamente sonhei
em vão o fiz.
Tudo o que em azedos momentos traguei,
Tudo o que em vacuidade imaginei,
Tudo o que aspirei impunemente,
Tudo aquilo em que oscilei, mergulhei ou projectei,
o fiz em vão.
Os anos decorrentes...
os azedumes...
as vacuidades...
as aspirações...
as oscilações, os mergulhos, os projectos!
Adiado, está tudo adiado!
Nestes anos decorrentes
Nestas imaculadas veias pulsantes
Nestas enlameadas linhas perpéctuas
Neste dormente existir pensante
Cá dentro, bem cá dentro

apenas sinto desejo de gritar: Escrevei poetas!!! Escrevei sempre! Porque de vocês brota a água, a água dos meus sonhos lentos. Porque de vocês brota o fogo, o fogo do meu corpo efémero. Porque de vocês brota o vento, o vento da minha boca seca. Porque de vocês brota a terra, a terra do mundo humano e sentido. Quatro vezes digo: escrevei sempre! Quatro vezes me banho me queimo me dissipo me enterro em vós poetas! Porque na minha condição, quatro vezes perdida, vejo em vós tudo o que a minha natureza presente deseja ser futuramente.