A instalação de parques eólicos na Serra d'Arga e no Monte de Sº Antão destinados à produção de energia eléctrica, levaram a que uma série de assembleias de compartes e de freguesia se pronunciassem sobre a possibilidade de as juntas de freguesia celebrarem contratos de cessão de exploração de terrenos baldios com a empresa "Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho do Minho".
Estas decisões surgem depois de as câmaras municipais do Vale do Minho terem chegado a acordo coma referida empresa com sede em Esposende e que prevê amortizar o investimento de algumas dezenas de contos nos próximos 20 anos.
O protocolo a celebrar com as freguesias de Venade, Azevedo e Moledo (Monte de Sº Antão) e com as as três Argas (S. João, Baixo e Cima) prevê que no final de 2021 se proceda à renovação automática por mais cinco anos, após o que, se houver acordo entre ambas as partes, se prolongará outros quinze anos.
Cada junta de freguesia receberá um valor proporcional à área de terreno disponibilizada para a instalação dos equipamentos e respectivas ligações, para além de outras compensações financeiras.
Nos primeiros três anos, a empresa procederá à colocação de torres de medição após o que avaliará em definitivo da viabilidade de cada parque, podendo mesmo rescindir o contrato se vier a verificar-se incapacidade técnico/económica, dependendo igualmente das autorizações a nível ambiental ou eléctrico.
As juntas de freguesia tentaram acautelar os seus interesses, fazendo constar dos protocolos a não obrigatoriedade de proceder à manutenção dos acessos aos parques, nem se responsabilizando por eventuais acidentes pessoais a terceiros, como foi aprovado em Venade, freguesia que vai disponibilizar 10 hectares e receber 325 contos/ano nos três primeiros anos, passando para 733 (com as respectiva actualizações de acordo com a inflacção) após a ligação à rede pública.