Humberto Domingues, vice-presidente da Câmara Municipal de Caminha, suspendeu essas funções em ruptura com a presidente Júlia Paula, mercê das divergências existentes havia já algum tempo no seio do executivo social-democrata, embora o próprio tenha referido ao C@2000 não pretender "especular" sobre o assunto, justificando a sua saída por motivos estritamente "profissionais".

Este vereador em regime de permanência, enfermeiro de profissão, assumia pelouros importantes no executivo caminhense (educação, cultura, desporto, saúde, acção social e o recém-criado gabinete de apoio às freguesias), começando a ser notada a sua ausência ou aparente distanciamento em alguns actos públicos levados a cabo pelo município ou para tal convidado, bem como o facto de ter entrado de férias há um mês -um período contínuo pouco habitual-,embora passasse pelas instalações camarárias amiudadamente e tivesse participado na última reunião camarária.

RUMORES DE DEMISSÃO

Os rumores indicavam que a presidente da Câmara lhe retirara competências, apontando-se como indicadores a ausência de qualquer referência ao apoio e organização que o pelouro da cultura concedia às diversas iniciativas culturais e habitualmente expressos na sua publicidade, passando agora a constar apenas a designação genérica de Câmara Municipal.

O facto de todo o processo relacionado com o último Festival de Vilar de Mouros ter passado para o controle do gabinete da presidência, terá contribuído para o crescente desentendimento com o vereador social-democrata, culminando com a ruptura resultante de uma reunião mantida entre ambos.

"SURPREENDIDA"

Esta baixa na equipa "laranja" foi lamentada pela vereadora Irene Pacheco, mostrando-se "surpreendida" com o desenlace, dado que o seu colega era um "elemento forte" no Executivo, negando que alguns "atritos" pessoais se relacionassem com o seu afastamento, considerando normais as divergências de "atitudes" eventualmente existentes entre ambos.