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 Se alguma ansiedade se apoderava daqueles que de uma forma ou de outra se encontravam ligados à organização do festival de Vilar de Mouros, nos dias prévios à realização do evento, a poucas horas de cair o pano do maior festival de Verão, a satisfação era evidente.O número de espectadores aumentou; a serenidade acompanhou estes três dias; S. Pedro ameaçou, mas recuou nos "seus intentos"; a plateia abandonou o recinto com vontade de voltar para nova edição.
 "ESTAMOS DE PARABÉNS"
 
	|  | Jorge Silva, da Portoeventos, um dos responsáveis por estes três dias de paixão pela música, reconfirmou perante o C@2000 terem atingido as expectativas previstas, visível no "semblante das pessoas e pelas opiniões demonstradas", assinalando estarem de parabéns por "percebermos que o Festival de Vilar de Mouros cresce de ano para ano e, de uma |   forma inequívoca, vai-se implantando como o principal Festival de Portugal".
 SERENIDADE ABSOLUTA
 O facto de os Bombeiros de Caminha (22 efectivos, quatro viaturas, num horário diários entre as 15 e as 04 horas), Cruz Vermelha e GNR não terem registado qualquer percalço entre a multidão que "ocupou" a aldeia mais "rockeira" do país, deixou de sobremaneira agradada a organização, tal como fez questão de acentuar Jorge Silva, na medida em que este sector "é um dos nossos pontos fundamentais de preocupação", relativamente ao qual realiza um "esforço grande mas compensado pela postura e pela disponibilidade das pessoas que apenas pretendem divertir-se e passar um fim de semana tranquilo".  
O facto de o acontecimento se centrar na música, "não significa que tenha de haver conflitos", pelo que a serenidade revelada pelo público, levou-o a dar-lhe os "parabéns", mostrando ainda inequivocamente que o Festival "é para continuar", dado que as pessoas estão "envolvidas" e as próprias instituições -se dúvidas tinham- já as dissiparam, afirmando mesmo que a não realização do Festival de Vilar de Mouros seria um "dano irreparável".DIMENSÃO IBÉRICA
 
	|  | Este responsável pelo Festival, já lhe atribui uma "dimensão ibérica", a avaliar pela quantidade de matrículas de automóveis de Barcelona e Madrid e de toda a Espanha visíveis nas imediações do recinto, embora lamente a fraca disponibilidade evidenciada pelas instituições portuguesas para "promovê-lo lá fora", apesar do espanto espelhado na cara de muitos vereadores de câmaras limítrofes convidados para assistir à edição deste ano, ficando de "boca aberta" na tentativa de tentar perceber como é possível "ter, tão próximo, um evento desta envergadura, pelo que já prometeram disponibilizar-se e investir na promoção deste encontro", que galvaniza um escalão etário tão elástico, que vai dos "7 aos 77 anos", como os organizadores gostam de destacar. |  "SÓ VOU VER OS NÚMEROS NO FIM"
 
	| Jorge Silva não quis entrar nas guerras dos números, pois "eu tenho uma paranóia em relação a isso e só vou comprovar os números no fim", realçando que a sua preocupação se direcciona  ao "bem estar das pessoas e à sua diversão, e que o Festival mantenha todas aquelas condicionantes de segurança perfeitamente activadas". |  |  Embora membro integrante da concretização deste evento, a sua opinião pessoal do que se passou no palco "Sabor Autêntico" não lhe passou ao lado, tendo apreciado Manu Chao, cujos discos se "ouvem bem mas, a pujança e o ritmo que imprime no palco é impressionante", assim como o "rock urbano dos Rammstein, muito trabalhado, muito técnico, talvez mais de cenário do que propriamente musical para o meu gosto mas que resultou num fabuloso espectáculo".
 Comentando uma possível dureza a mais do conjunto alemão para a nossa cultura latina, não enjeitou esse epíteto, contrabalançada, contudo, com toda a "relação de pirotecnia, efeitos de luz e som" apresentados.
 "No entanto, se me perguntar qual dos dois vou ouvir quando chegar a casa, é evidente que será o Manu Chao...", não deixou de assinalar, antes de se despedir, porque os affaires do cair do pano do festival não terminavam ali.
 "ESTOU IMPRESSIONADA"
	|  | Respondendo a um convite da Câmara Municipal de Caminha, dois vereadores do Axuntamento de A Guarda deslocaram-se a Vilar de Mouros no último dia, ficando deslumbrados com o cenário que se lhes deparou. |  Marí Carmén Carrero, responsável pela área do turismo, que pela primeira vez assistiu aos concertos de Vilar de Mouros, mostrou-se "impressionada", não contando que fosse tão "espectacular", mostrando-se "arrependida por não ter vindo nos outros dias".
 Consciente da quantidade de galegos que rumaram até esta aldeia caminhense nestes três últimos dias, não deixou de mostrar alguma pena por não poder contar com algo idêntico na sua terra, " o problema é que não temos tantos recursos, como parece que há aqui".
 "UMA VISÃO DIFERENTE"
	| Júlia Paula, que pela segunda vez assistiu a um festival em Vilar de Mouros, não deixou de reconhecer que passou a ter uma "visão diferente", agora investida nas funções de presidente da câmara: -"A responsabilidade faz ver as coisas de outra forma". |  |  A autarca manifestou natural satisfação pelo "sucesso de mais este festival", revelado pela própria organização, ao assinalar que os números de espectadores de Sexta-feira já tinham superado os de Sábado do ano findo.
 Entrevistada pelo C@2000 já com o Festival a entrar nos últimos acordes, não deixou de sentir alguma "tristeza por saber que daqui a bocado se vai começar a desmontar tudo mas, para o ano, se Deus quiser, haverá outro", mostrando assim a sua confiança no futuro do maior cartaz de propaganda do concelho de Caminha e da região.
 COMUNHÃO DE GERAÇÕES"
	|  | Desde sempre ligada à música, como o revela o seu passado ainda recente, levou-a a apreciar o que se passou no recinto, pela sua "diversidade e comunhão de gerações presentes, sendo normal ver pessoas com 40 ou 50 anos e, ao lado, jovens de 13 ou 14 anos".
Embora não tenha presenciado o espectáculo de Sábado ("muito forte, embora espectacular, segundo me disseram"), porque "não se enquadrava no meu estilo de música", não deixou de sublinhar a sua preferência para o "espectáculo Manu Chao", destacando ainda a "áurea muito especial da cantora dos Lamb, embora o seu timbre de voz faça parecer com que as músicas sejam muito iguais", sublinhou.
 |  "IMPARÁVEL!"
 A presidente do município caminhense não hesitou em classificar de "imparável" este Festival, que teve a presenciá-lo como seus convidados o governador civil, vereadores de A Guarda (o alcaide encontrava-se em Madrid e não pôde estar presente) e os presidentes de junta de Caminha e Vilar de Mouros.
 CHARROS PREOCUPAM-NA
 Escusado será dizer que a proliferação das drogas nestes aglomerados geracionais é uma realidade, já presentes na edição de 71, sendo associadas a um certo sentido de liberdade que os jovens -essencialmente estes- ousam experimentar.
 Júlia Paula está atenta a este problema ("complicado"), quer por convicção pessoal, quer por inerência do cargo que ocupa.
 "Reconheço que me preocupo, porque é nestes momentos que surgem as tentações e as iniciações, "o que é o mais grave".
 Mostrou convicção em realizar campanhas de sensibilização prévias aos festivais, juntamente com a Portoeventos-entidade promotora, fazendo ver aos jovens (essencialnente estes) que "também é bom ouvir música, de uma forma consciente, sem esse tipo de motivação".
 "FANTÁSTICO"
	| Já traquejado nestas andanças, Carlos Alves, presidente da Junta de Vilar de Mouros, apelidou a edição deste ano de "fantástica", com uma "afluência elevada, uma grande correcção, ordeira e discreta", contribuindo pare este êxito, a "melhoria das condições que se vão criando". |  |  Carlos Alves vai mais longe e afirma mesmo poder citar-se Vilar de Mouros, como "um dos melhores festivais da Europa".
	|  | A disponibilização de 4 hectares de zona arborizada para campismo, nas margens do Rio Coura, perto do recinto, permitiu um acolhimento mais favorável a muitos "festivaleiros", verificando-se que alguns espaços mais afastados do Largo António Barge (local do evento), outrora repletos, se encontravam com clareiras, sinal de que a juventude optou pela proximidade facilitada. |  O reforço dos parques de estacionamento revelou-se importante, tendo em consideração o aumento do número de assistentes e, a manter-se tal ritmo de crescimento, estes espaços deverão ser reforçados.
 EDP FALHA
	| Carlos Alves está ciente de todos estes problemas, bem como da necessidade de ampliar o serviço de depósito do lixo, o reforço de abastecimento de água e, essencialmente, de energia eléctrica à freguesia, "sobretudo na parte mais central, junto do recinto, devido ao grande consumo que se regista nestes dias e, a EDP não tem a rede adaptada a este tipo de situações, apesar de já no ano passado |  |   termos feito uma informação à empresa para que revisse a situação. Prometeram fazê-lo, realizaram algumas operações técnicas mas não foram muito felizes". 
 A descarga da barragam da EDP de France no último dia do Festival, sem aviso prévio, levou a que alguns campistas se vissem obrigados a retirar apressadamente as suas tendas montadas na praia da Levada.
 O presidente da Junta de Vilar de Mouros lamenta que a EDP nunca se dê ao incómodo de avisar da realização de tais operações, o que é "aborrecido", atendendo a que quem já "conhece estas situações, está atento mas, os outros ficam surpreendidos".
 PROMOÇÃO DA FREGUESIA
 
	|  | A promoção do nome de Vilar de Mouros através dos festivais é um dado inquestionável, já assumido pelo seu fundador (António Barge), como recorda Carlos Alves, e, "em cada ano que passa, essa projecção aumenta", realçando, a propósito, a enorme quantidade de cidadãos espanhóis presentes. |  Este facto, é tido como importante no desenvolvimento das actividades económicas não só nesta freguesia, como em todo o concelho e na região.  
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