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Com tendência a desaparecerem, as conhecidas "roscas" postas à venda nas festas e romarias do Minho, ainda surgem aqui e ali, como reminiscência de um passado já um pouco distante, mas que sobrevive graças à insistência de algumas famílias.
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Em Lanhelas, a família Pontes (Ana, com 86 anos e sua filha Lídia, acompanhadas de uma amiga, Fátima Pereira) continua a percorrer algumas das festas que se realizam, principalmente no nosso concelho, vendendo "roscas, papudos e bolos", mantendo uma tradição familiar que "já vem do tempo de minha mãe e que eu acompanhava", disse-nos com orgulho Ana Pontes. |
Embora não confeccionem os produtos postos à venda -"compramo-los ao Aníbal Cunha e sua mulher Maria Helena"- dispõem-se a montar a sua banca de vendas nas festas mais representativas, variando o negócio conforme a movimento que elas têm, mostrando-se satisfeitas, porém, com as vendas realizadas no Dia do Corpo de Deus, em Caminha.
Lídia Pontes acrescentou que elas nem sempre correm bem e "se chove, temos de deitar o doce fora". Esta lanhelense até chegou a confeccionar bolos, mas a "falta de tempo e de um forno de lenha em condições" levaram-na a desistir. |
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Segundo nos disseram, apenas elas (residentes no Lugar do Sobreiro), continuam a dedicar-se a este tipo de negócios em todo o concelho.
Tudo o mais já desapareceu.
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