A CDU teve a Junta de Freguesia em seu poder durante cinco mandatos consecutivos e em 2009 perdeu-a para o PSD, ao registar-se uma votação renhida (188 votos para o PSD; 186 para a CDU e 184 para o PS).
Carlos Alves manteve-se à frente do Executivo local durante esses 20 anos, decidindo em 2009 dar lugar a outras pessoas a fim de "darem o seu contributo, com as suas ideias, pela nossa terra", afirmou no decorrer da apresentação da sua lista que teve lugar no passado dia 7, junto ao bar das Azenhas, no decorrer de uma sardinhada.
Freguesia não beneficiou com a mudança
Contudo, o candidato entende pretende fazer-se eco do sentimento que diz existir na aldeia, quando "a população tem vindo a reconhecer, relativamente às expectativas criadas, que a freguesia não beneficiou com a mudança".
Justifica o regresso à política local pelo "apelo e apoio" de muitos vilarmourenses, independentemente das suas convicções políticas, reputando de "gratificante o reconhecimento pelas provas do meu trabalho e da minha determinação para o desenvolvimento da freguesia e do bem-estar da população".
"Dinamismo, empenho, interesse e carinho pela freguesia"
Carlos Alves assegurou no decorrer da apresentação da sua lista - da qual fazem parte elementos da sua antiga equipa -, que "se o povo da nossa terra voltar a confiar em mim essa responsabilidade, desempenharei o cargo com a mesma convicção que sempre me norteou: respeitar e considerar os vilarmourenses por igual, sem discriminações sejam de que natureza for; voltar a unir a população em torno do objectivo comum de trabalhar para o desenvolvimento integrado, promover a nossa terra em todos os aspetos, empenhando-me afincadamente pelo desenvolvimento e bem-estar da nossa freguesia".
Embora admita as dificuldades actuais, nomeadamente as financeiras, mostra-se disposto a ultrapassar a "inoperância" do actual executivo e a "não cruzar os braços", tudo fazendo para "procurar servir e resolver, da melhor forma possível, os problemas que a todos afligem, desde os mais insignificantes até aos de maior vulto, sejam eles da competência da junta ou nela delegados, e ainda colaborando com todas as instituições da freguesia".
O candidato da CDU mostrou-se empenhado a incluir na sua lista "cidadãos de reconhecida capacidade, experiência e conhecimento da terra, dispostos a colaborar comigo e a darem o seu melhor pela nossa freguesia".
Recandidatura - decisão acertada
Ilda Figueiredo - candidata da CDU à presidência da Câmara Municipal de Viana do Castelo - apadrinhou a apresentação da lista vilarmourense, "em solidariedade" com os seus candidatos e em representação do Partido Comunista Português, porque, justificou: "É fundamental para a população de Vilar de Mouros que a CDU volte para a Junta de Freguesia e conquiste a sua presidência".
Disse que a população se habituara a uma boa gestão da Junta/CDU, em contraste com o "falhanço da resposta pronta e capaz" do actual executivo PSD.-
Considerou acertada a decisão de recandidatarem Carlos Alves ("com provas dadas", pormenorizou) à presidência da Junta, pelo "seu trabalho ao serviço da população, honestidade e competência" evidenciados nos seus cinco manda tos, além de conseguir "dar voz aos anseios das pessoas junto dos vários orgãos de poder".
A ex-deputada e euro-deputada comunista recordou as diligências de Carlos Alves junto da Assembleia da República de do Parlamento Europeu em defesa dos interesses da região, dando como exemplos a luta contra o traçado da A/28.
Perguntando-lhe sobre a sua decisão de concorrer à Câmara de Viana do Castelo, respondeu-nos que o fazia "para dar voz às populações, lutar pelo progresso e desenvolvimento de Viana do Castelo".
Recorde-se que a CDU foi a segunda força política a apresentar-se publicamente às eleições à Assembleia de Freguesia de Vilar de Mouros, depois de o Movimento Independente Vilarmourense o ter feito já.