Jornal Digital Regional
Nº 293: 10/16 Jun 06 (Semanal - Sábados)
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MORTE LENTA DA MATA NACIONAL DA GELFA

Depois da intervenção levada a efeito, no início da década de 90, pelo ICN, a Mata Nacional da Gelfa, foi deixada ao abandono. Da vandalização do equipamento até à degradação das infra-estruturas, tudo foi acontecendo. É lamentável, que deixem que as casas de banho continuem desventradas, ou os acessos à praia mantenham a degradação e perigosidade da sua utilização, sem que haja por parte dos responsáveis a preocupação de reporem a situação.

Foram gastos milhares de euros com a realização destas infra-estruturas, e com o equipamento dos dois circuitos pedonais criados, sem nunca terem sido devidamente divulgados e por conseguinte utilizados, estando totalmente degradados, tal como toda a sinalética da referida Mata. A única sinalética que agora existe refere-se ao acesso ao "estaleiro" das obras de beneficiação da ETAR. Isto só mesmo em Portugal… Além disso, o abandono originou a sua procura por pessoas pouco escrupulosas para a utilizar como vazadouro de lixo, o qual, quando se começa a decompor, liberta cheiros pouco agradáveis para quem possa estar interessado em fazer uso deste espaço.

É inconcebível ver a degradação que ano após ano se faz sentir neste espaço, cuja gestão parece aguardar uma qualquer atitude que nada tenha a ver com a própria mata.

Embora se reconheça a falta de iniciativa e incapacidade, dos responsáveis de realizar um planeamento em condições, a não ser, alguma das vezes com os prazos de execução das obras, também aqui o planeamento de manutenção e animação deste espaço passou-lhes ao lado. No entanto, não tem grande interesse criar uma zona de protecção de todo o litoral Norte ( Parque Natural do Litoral Norte), quando as poucas áreas protegidas, já existentes, estão abandonadas e degradadas, como é o caso da Mata Nacional da Gelfa.

Se houvesse um pouco de vontade por parte dos gestores desta mata concerteza já tinham encontrado uma solução capaz de minimizar a degradação e abandono a que tem estado sujeita. Talvez não seja tão difícil, como muita gente pretende fazer crer, criar condições para que a própria comunidade residente se mostre interessada na utilização deste espaço. Talvez baste articula-la com o próprio Sapal, criando neste, um passadiço que ligue a Av. Dr. Ramos Pereira à Mata e no seu interior, por exemplo, dois observatórios e zonas de descanso, de forma a que seja possível a qualquer pessoa, fazer passeios, actualmente muito aconselhados, para combater o stress e o excesso de sedentarismo que a vida nos proporciona. Claro que para tudo isto funcionar seria fundamental a existência de uma segurança eficaz, o que muitas das vezes não acontece. Assim, os responsáveis por estes espaços, iriam "tratar da saúde" aos residentes e a quem nos visita e estariam a criar um interessante percurso didáctico/ambiental, dignificando ainda mais, a zona litoral do Vale do Âncora.

Conjuntamente seria imprescindível a beneficiação de todos os passadiços, existentes na mata da Gelfa e perpendiculares à praia, que neste momento estão em muito mau estado. Também iriam criar novas opções de "gozar" a acção tonificadora da praia, sol, rio e mar. A ideia está lançada… e agora seria fundamental que os responsáveis se dispusessem a tratar da mata, limpando-a de forma a motivarem as pessoas a procurar este espaço, minimizando o abandono a que está sujeita, e garantindo uma maior segurança nestes locais às pessoas que gostam de usufruir da Mata Nacional da Gelfa.

Joaquim Vasconcelos - 08/06/2006

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