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80 ANOS DE VILA PRAIA DE ÂNCORA HISTÓRIA, AMBIENTE E FUTURO DO VALE DO ÂNCORA DEBATIDOS EM JORNADAS CULTURAIS
Vila Paia de Âncora vai assinalar a elevação a vila no próximo dia 8 de Julho, com a realização de umas Jornadas Culturais, que "permitam conhecer melhor a nossa terra, para a legarmos aos que se nos seguirem", assim definiu o evento Manuel Marques, presidente da Junta de Freguesia, no decorrer do acto da sua apresentação. O autarca vai assim corporizar uma ideia "nascida em conversa com pessoas ligadas ao conhecimento e que nos deram sim", precisou, após se terem referido à "riqueza e potencialidades" do Vale do Âncora "com a alma cheia". Um conjunto de investigadores e historiadores locais e de âmbito nacional, debruçar-se-ão sobre três grandes temas em que se centrarão as jornadas: Passado, Ambiente/Património e Futuro.
Após frisar que o "futuro de Vila Praia de Âncora está no ambiente" e na sua componente turística, Sampaio enalteceu a iniciativa e o contributo que ela poderá dar à "auto-estima" da própria região.
Após destacar que esta actividade cultural definirá "as linhas orientadoras para o futuro", apelou à população para que participe nas jornadas, pois, "estará nas vossas mãos" a definição do rumo a seguir pelos ancorenses. CENTRO COORDENADOR DE TRANSPORTES REINAUGURADO
Após as obras de beneficiação levadas a cabo pela Câmara de Caminha nos últimos meses, no edifício do Centro Coordenador de Transportes de Vila Praia de Âncora, foi aproveitada a apresentação das Jornadas Culturais para então realizar a sua reinauguração. Júlia Paula, que visitou as instalações, referiu que este espaço passará a viver "uma nova centralidade", passando a realizar-se o atendimento quinzenal da presidente aos munícipes, no Gabinete de Apoio ao Munícipe, que funcionará ainda como um serviço de apoio que evite deslocações desnecessárias dos ancorenses à sede do concelho. No primeiro andar do CCT, serão ainda instalados o Fórum Jovem, o Espaço Internet, Formação e o Gabinete de Higiene e Medicina no Trabalho, revelou a autarca. BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS NOVO QUARTEL COM QUATRO ALTERNATIVAS
RECUPERAÇÃO DO CINE-TEATRO JÁ COM MAQUETE
EQUIPAMENTO DO CORPO ACTIVO É PREOCUPAÇÃO
Depois de ter actualizado os seus Estatutos que datavam de 1917 e ainda incluíam o nome de Gontinhães, a Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Praia de Âncora vai agora lançar-se em dois projectos inadiáveis. Trata-se da construção de um novo quartel-sede e da recuperação do edifício do Cine-Teatro.
Existem actualmente quatro alternativas de localização do futuro quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora: Duas na zona da Sandia, uma na R. Miguel Bombarda e uma quarta no actual mercado municipal que mudaria de sítio.
A Direcção da corporação que acaba de ser reconduzida para um novo mandato de três anos, reconhece não ser ainda "consensual" a opção a tomar, embora tenha assente que ela deverá ter em atenção o corpo activo -"alma de qualquer corporação". Após a visita ao actual quartel do secretário de Estado Adjunto da Administração Interna no último mês, ficou acordado que um técnico do Serviço Nacional de Bombeiros se deslocaria à vila a fim de analisar in loco as alternativas existentes.
Assim se encontra o processo do novo quartel, antevisto como "tema central" da corporação por José Luís Presa, presidente da Assembleia Geral. MAI PODERÁ COMPARTICIPAR COM 80 MIL CONTOS Foram já remetidas plantas dos terrenos para o SNB, esperando-se que este processo venha a ganhar uma nova dinâmica, atendendo às limitações (de espaço, com viaturas estacionadas permanentemente na rua, e de trânsito) do edifício onde estão instalados os Bombeiros Ancorenses.
Francisco Sampaio, presidente da associação ancorense, prevê que o Ministério da Administração Interna venha a comparticipar a obra com um máximo de 80 mil contos, cabendo à corporação angariar o que for necessário para além dessa verba, não descurando o recurso aos cortejos de oferendas -"que foram uma mina de dois em dois anos", frisou- , habitualmente bem aceites pela população do Vale do Âncora. CINE-TEATRO JÁ POSSUI MAQUETE
O outro grande projecto dos soldados da paz ancorenses, prende-se com a recuperação do Cinte-Teatro, "onde se realizam a maior parte das festas das associações e escolas do Vale do Âncora". O secretário de Estado Adjunto também visitou as suas instalações e apreciou a maquete já existente, contemplando "o prolongamento do edifício até final do terreno, melhoria global do palco, camarins e carpintaria de teatro". A remodelação prevê ainda "a construção de um andar recuado em relação à fachada, de modo a manter-se a elegância da mesma", bem como a introdução de "gabinetes e salas de reuniões". A Direcção foi aconselhada a tentar candidatar-se a fundos comunitários através do Ministério da Cultura, e, outra das possibilidades de financiamento adiantadas por Franscisco Sampaio, passará pelo estabelecimento de um acordo com a Câmara Municipal de Caminha, em que lhe serão disponibilizadas as instalações sempre que requeridas, por um prazo previamente estabelecido. IMI CHEGA AOS BOMBEIROS Como nota anedótica adiantada por um dos directores da corporação, relacionada com os imóveis da Associação, foi o recebimento de uma nota de actualização de um deles (não sabem qual), em que as Finanças estabelecem uma avaliação de 59 mil euros, podendo equivaler ao pagamento de um imposto (IMI) de 90 contos à Câmara Municipal. EXIGIDO INEM Os Bombeiros Ancorenses não se conformam que o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) se restrinja à sua congénere de Caminha, adiantando que os números indicam que têm mais saídas do que os da sede do concelho (recorde-se que Moledo passou a estar abrangido pela acção dos Bombeiros Ancorenses), não se justificando, portanto, um único serviço. Francisco Sampaio frisou que o INEM assume diversas despesas com a ambulância sediada em Caminha, o que constitui uma mais valia para essa corporação, sem que a corporação ancorense nada beneficie. JANEIRAS FAZEM FALTA
A falta dos Cantares das Janeiras a cargo dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora, no início deste ano, foi ressaltada por Taxa Araújo, presidente do Concelho Fiscal. "Isso preocupa-me", acrescentou, porque "tudo desaparece e é pena!", afirmou este clínico, embora tivesse a garantia de que a Direcção está atenta à situação, podendo dar a volta por cima, em 2005. Taxa Araújo referiu ainda que "não foi com alegria que vimos a saída do comandante Carlos Pais", o qual já foi agraciado com uma medalha de mérito pelos 15 anos de serviço, tendo José Luís Presa aproveitado para lançar o repto à Direcção para que proceda a uma homenagem ao antigo comandante. Igualmente a figura inesquecível do Chefe Zezinho será homenageada, pensando-se na colocação de uma lápide, enquanto que se espera que seja concedido o crachat de ouro ao 2º Comandante Camilo Neto. CONTINUA O PROBLEMA DO EQUIPAMENTO
"Nem botas para um aspirante há!", lamentou-se o comandante Manuel Cândido, quando elencou as carências que afectam o corpo activo, referindo ainda a necessidade de ser obtido um veículo urbano, um auto-tanque (assunto bem encaminhado), uma ambulância para transporte de utentes e uma cabine dupla para um dos carros de combate aos incêndios. A questão do fardamento dos bombeiros também foi abordada por um dos directores, Carlos Sampaio, afirmando que não bastava que a presidente da câmara tivesse ficado "sensibilizada" com o problema, quando posta ao corrente da situação de carência por que a associação passa neste domínio. Se não chegarem apoios, "teremos de pedir de porta em porta um par de botas, uma t-shirt, umas calças, etc.", adiantou, dizendo que pretendem ter um fardamento novo até ao Verão. Entretanto, também aguardavam um apoio que poderia surgir da parte da Junta de Freguesia, que deveria decidir em conformidade. Este dirigente referiu que foram conseguidos dois formadores a "custo zero" para a associação, um sector que não pretendem descurar. 200 MIL EUROS/ANO
Quanto às contas de gerência apresentaram um movimento de cerca de 200 mil euros, tendo sido salientado o "aumento substancial" do apoio concedido pela Junta de Freguesia e do Intermarché, numa época em que as dificuldades aumentam, como poderá vir a ser a eliminação da contracção de empréstimos e a continuação da dívidas dos hospitais (Viana do Castelo) às corporações, que, no caso de Vila Praia de Âncora, se cifra em quase 15 mil euros.
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