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PONTE GOIÁN-VILA NOVA DE CERVEIRA ABERTA AO TRÂNSITO SEM CERIMÓNIA OFICIAL
GOVERNADOR CIVIL PORTUGUÊS AGASTADO COM A SITUAÇÃO
Após uma reunião da comissão mista luso-espanhola, foi decidido abrir ao trânsito a nova ponte entre Goián e Vila Nova de Cerveira (Ponte da Amizade) pelas onze horas de ontem (Sexta-feira), dando assim aso a uma velha aspiração do município português e de Tomiño.
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José Manuel Carpinteira, presidente do município de Vila Nova de Cerveira, conseguiu assim que a nova ligação entrasse em funcionamento antes do Euro/04. |
José Luís Gonzalez, alcaide de Tomiño, destacou a importância desta travessia para as duas regiões, ao permitir uma "passagem permanente, durante todo o dia e sem custos". |
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A cerimónia sem carácter oficial, devido ao dia de luto decretado pelo Governo português, motivado pelo falecimento do primeiro candidato socialista às eleições do Parlamento Europeu que se realizam amanhã (Domingo), iniciou-se à entrada do tabuleiro, no lado português, após os que os dois alcaides, acompanhados pelo presidente do Instituto de Estradas de Portugal e demais responsáveis por este instituto, e pelos seus homólogos espanhóis, se dirigiram quase até ao outro extremo, detendo-se junto a uma lápide com o nome da ponte e a bandeiras espanhola e portuguesa, posando de seguida para os fotógrafos.

A ponte com 430 metros, importou em 6 milhões de euros e desde finais dos anos oitenta que os dois municípios iniciaram conversações, culminando agora com a sua entrada em funcionamento, embora ainda faltem alguns acessos nas duas margens, designadamente, a ligação à EN 13, em Portugal.
O ferry-boat S. Cristóvão manter-se-á em funcionamento até finais de Agosto, após o que será decidido o destino a dar-lhe.
EMBRULHADAS
Este acto não ficou isento de polémicas.
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Uma, relacionou-se com a ausência da bandeira galega no obelisco da ponte, facto para o qual alertou José Luís Gonzaléz, alcaide de Tomiño. |
Outra, envolveu as autoridades portugueses, com o Governador Civil de Viana do Castelo agastado com a situação criada, e que o levou a estar ausente da cerimónia, dado que nem o Instituto de Estradas de Portugal, nem a Câmara de Cerveira lhe endereçaram qualquer convite.
José Manuel Carpinteira referiu-nos que nada teve a ver com os convites, enquanto que o IEP dizia o mesmo, adiantando que não se tratava de uma cerimónia oficial, mas de uma mera abertura da passagem sobre o Rio Minho, baseada na decisão da comissão mista, ignorando, contudo, se iria haver mais tarde um acto protocolar. |
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MEMÓRIAS DA SERRA D'ARGA |
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Autor Domingos Cerejeira |
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