CONCELHO DE CAMINHA



UM MOSAICO DE PAISAGENS

Jornal Digital Regional
Nº 189: 12/18 Jun 04 (Semanal - Sábados)

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CAMINHA VOLTOU A COBRIR-SE DE PÉTALAS
NO DIA DO CORPO DE DEUS

A vila de Caminha e a freguesia de Vilarelho corresponderam de novo às expectativas e apareceram repletas de flores na manhã do passado dia 10 -Dia do Corpo de Deus, mercê da dedicação dos diversos grupos de moradores das ruas e praças percorridas pela procissão.

Com o mesmo empenho, paciência e pormenor de anos anteriores, toneladas de flores e verdes, além de sal, serrim e aparas de madeira pintadas, foram colocados milimetricamente nos desenhos feitos ou riscados no piso, de modo a criar os conjuntos deveras apreciados pelos milhares de caminhenses e visitantes que percorreram demoradamente os cerca de dois quilómetros do percurso que o cortejo religioso saído da Igreja da Misericórdia também seguiu, em direcção à Igreja Velha, em Vilarelho, com regresso a esta capela.

Do conjunto de cores e temas idealizados e concretizados pelas dezenas, centenas de voluntários e voluntárias -muitos deles trabalhando toda a noite até bem entrados na manhã de Quinta-feira- foi possível criar uma imagem diferente e garrida destas duas freguesias, em que aquilo que agora se encontra muito em voga, o turismo religioso, designadamente na vizinha Galiza, saiu fortemente beneficiado.

S. Jorge a cavalo e a imponente imagem de S. Cristóvão com o Menino Jesus ao colo, concentraram as atenções da procissão, composta ainda pelos estandartes das diferentes freguesias que se incorporaram.

Apesar do frenesim habitual na azáfama da preparação dos tapetes floridos, Fernando Borlido, o "criador" dos motivos dos desenhos da Rua Direita, teve ainda tempo para trocar algumas palavras com a reportagem do C@2000 que acompanhou o labor dos voluntários.

"OBRIGAÇÃO MORAL"

Referiu que sente uma "obrigação moral" em associar-se todos os anos aos moradores desta rua (incluindo o trabalhoso Largo do Hospital e parte da Rua da Matriz), pelo facto de a sua sogra ser uma das residentes, além de se sentir compelido a colaborar com o grupo de senhoras, "pelo respeito que me merecem".

Assinalou que "perco muitas horas a fazer os projectos dos desenhos, a esboçar, a desenhar no computador, a escolher as cores e a ver os efeitos nesta imensidão de espaço", depois de os apresentar e discutir com as senhoras da comissão.

LARGO DO HOSPITAL É ESPAÇO IMENSO

Os motivos a seleccionar e o dinheiro disponível para os levar á prática são igualmente motivo de análise conjunta, revelando-se de particular importância a opção a tomar relativamente ao Largo do Hospital, um espaço que levou um tapete de 22mX15m, "o que não é nenhuma brincadeira", frisou.

Este ano, a escolha recaiu na imagem de S. Cristovão e o tapete que a circundou -tal como na R. Direita-, foi inspirado nos azulejos do interior da Igreja da Misericórdia, criando um conjunto de cores "nada normais, fazendo um efeito muito engraçado, à base do azul, amarelo e branco".

O tapete instalado na R. Direita e na R. Nuno Álvares Pereira, tinha uma relação directa com a imagem de S. Cristóvão, acrescentou Fernando Borlido.

Mas com o desenvolvimento do desenho, surgiram outras ideias, tais como a concepção de uma cruz nas pontas que acabou por concretizar.

FLORES DE PREFERÊNCIA

Foram utilizadas preferencialmente flores (embora lamentasse a falta de hidranjas este ano, o que não permitiu encher todos os espaços, como era intenção), sal e aparas de madeira tingidas.

Precisou ainda que a percepção visual dos tapetes, dá uma ideia muito mais pequena do que aquilo que realmente é, levando a pensar-se que não requer tanto trabalho, "o que é um erro", anotou.

Embora ainda com tempo para elogiar o desempenho "excepcional" da comissão com quem tem vindo a colaborar há nos, seguiu para o outro extremo da Rua Direita, onde os moradores reclamavam a sua presença, a fim de preparar mais desenhos.

NOTA NEGATIVA PARA NOCTÍVAGO(S)

Um acto inqualificável de alguém que pela madrugada destruiu parcialmente o tapete floral acabado de terminar na Rua do Cais, e quando já todos tinham regressado a casa, foi um ponto negro deveras comentado negativamente e que deixou desconsolados as dezenas de moradores dessa rua que se haviam empenhado dedicadamente na sua concepção e elaboração.

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMINHA

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