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Caminha/Vilarelho

Músico da corte de D. João IV com nome em artéria caminhense

João Lourenço Rebelo, mais conhecido na sua época por O Rebelinho, foi um músico caminhense protegido do rei D. João IV, em cuja corte viveu grande parte da sua vida, e é considerado pelos especialistas, "um dos percursores da linguagem barroca".

Atendendo a que na parte exterior das muralhas setecentistas de Caminha, contemporâneas de João Lourenço Rebelo, existe uma rampa de ligação de Caminha a Vilarelho (Maloitas), sem que possua um topónimo, a Junta de Freguesia decidiu propor a atribuição do nome do famoso músico caminhense a esta rua, justificado por Miguel Gonçalves, presidente da autarquia, como uma forma de homenagear o músico mais famoso de Caminha, associando ainda o seu nome às muralhas existentes a nascente, mandadas construir precisamente pelo monarca que protegeu este erudito.

Largo dos Combatentes

Outra proposta relacionada com a toponímia caminhense apresentada pelo Executivo presidido por Miguel Gonçalves, relacionava-se com a mudança do designado Largo do Turismo, para o de Combatentes.

O autarca, defendendo a alteração proposta, recordou aos nove delegados da Assembleia de Freguesia de Caminha/Vilarelho que apreciaram e aprovaram por unanimidade as novas atribuições toponímicas, que "não fazia qualquer sentido" manter o nome do Largo do Turismo, quando já não existe nada relacionado com antigo posto de informação turística no local.

Assim, defendeu um novo nome, o do Largo dos Combatentes, recordando que "Caminha foi um espaço militar" durante muitos séculos, e que agora até possui duas placas evocativas dos caminhenses falecidos na I Guerra Mundial (1914-1918) e na Guerra Colonial (1961-1974) nessa mesma praceta.

"Honrarão a História de Caminha"

Embora reconhecendo que a competência da atribuição da toponímia seja da Câmara Municipal, Miguel Gonçalves frisou que "temos pensamento", além de que a aprovação destas duas toponímias "honrarão a História de Caminha".

"Com o dinheiro que temos, faremos o que pudermos"

Esta reunião da Assembleia de Freguesia de Caminha/Vilarelho permitiu à Junta ver aprovados o Plano e Orçamento para 2017, ano em que o Executivo local continuará a privilegiar pequenas intervenções (Rua da Urraca, por exemplo), incluindo a limpeza da área de Vilarelho, atendendo a que de Caminha está concessionada pela Câmara a uma empresa.

Com 164 mil euros previstos para os próximos meses, Miguel Gonçalves admite que "há que pensar doutra maneira no futuro, concedendo à junta mais competências e dinheiro", apontando para a gestão do parque e cemitério municipais de Caminha.

A situação decorrente do incêndio que destruiu um dos bares de apoio da praia da Foz do rio Minho, e atendendo a que o seu proprietário não quis reergue-lo, vai originar dificuldades na contratação de nadadores-salvadores para a próxima época balnear, alertou o presidente da Junta, de modo a que o assunto seja resolvido com a devida antecedência.

Ainda nesta zona do Pinhal do Camarido, a delegada socialista Sandra Vieira pediu a manutenção do passadiço de madeira, onde existem tábuas partidas ou despregadas e falha a iluminação.

A existência do perigo de "colapso" em certos pontos é um perigo, não desdenhou Miguel Gonçalves, embora se interrogasse sobre as razões que conduziram a esta situação, poucos anos após a sua inauguração (2009). Espera que os técnicos camarários se pronunciem sobre a melhor forma de intervir e garantir a plataforma e a sua segurança.

Ausência do PSD foi notada

As cerimónias que assinalaram os 90 Anos do Sporting Club Caminhense, foram classificadas pelo autarca como "uma homenagem (justa) a Caminha e aos seu concelho", recordando tratar-se de um clube que "fez chorar de alegria e tristeza muita gente, geração após geração". Miguel Gonçalves subscreveu, portanto, as palavras da delegada socialista Margarida Lages, ao referir-se elogiosamente à homenagem e à escultura.

Contudo, "há coisas que estão acima dos partidos", acentuou Miguel Gonçalves, em referência à ausência do PSD nas cerimónias realizadas. "Nunca deixei de ir a actos oficiais da Câmara Municipal de Caminha, quando estava na oposição", disse o autarca socialista, e, acrescentou: "o Sporting Club Caminhense merecia que tivessem estado presentes", assim como aludiu à falta do PSD na inauguração da nova Biblioteca Municipal.

Miguel Gonçalves referiu-se também às obras executadas em 2016, destacando as do cemitério de Vilarelho que "o PSD que não é de Caminha - ou não conhece Caminha - criticou", vincou.

"Há um sentimento de rua"

Com a quadra natalícia a decorrer, o presidente da Junta aludiu às decorações de Natal, elogiando o esforço conjunto da Câmara, Junta e comerciantes, conseguindo tornar a vila "bastante bonita" (ou trazendo "alegria à população", conforme as classificou Margarida Gravato), admitindo, contudo, que, no futuro, deverá ser revista a distribuição do som e a sua selecção.

O autarca disse ser este "um modelo justo, distribuindo as despesas pelas diversas entidades" envolvidas no embelezamento da sede do concelho.

A existência de feirantes com proveniência de fora do concelho, ocupando espaços reservados aos agricultores locais, mereceu um reparo da parte de Amílcar Almeida, presidente da AF. Esta situação será colocada à consideração da câmara, prometeu o presidente da Junta, tal como a limpeza exterior do paredão da Av. Entre-Pontes e o fecho dos WC do parque, assuntos trazidos à colação pelo delegado social-democrata Severino Sousa.

WC autónomos no parque municipal

Este tema do apoio ao parque municipal tem sido debatido por diversas vezes neste fórum, continuando Miguel Gonçalves a defender um equipamento autónomo do bar, entretanto entregue à gestão da MinhAventura, funcionando agora como armazém de equipamentos, após ter estado encerrado vários anos.

Severino Sousa voltou a pedir mais atenção para as viaturas abandonadas na vila, cuja resolução implica diligências formais, alertou Miguel Gonçalves, assim como pediu que fosse feito o ponto da situação sobre a passagem da gestão do cemitério de Caminha para a Junta, um tema que deverá passar pelo crivo da AF, o que deverá suceder no próximo mandato, atendendo a que o actual se aproxima do seu término.


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