Taxa Araújo, deputado municipal do PSD, decidiu interpelar o executivo camarário na última reunião da Assembleia Municipal de Caminha, sobre a existência de boatos espalhados na redes sociais, dizendo-se que a actual empresa que procede à recolha, selecção e transporte dos resíduos sólidos - escolhida pelo PSD pouco tempo depois deste partido ter assumido o poder em 2001 -, não sairá vencedora do concurso público internacional em curso, porque, segundo os comentadores habituais desses blogues, a vitória estaria assegurada para uma empresa com ligações a um familiar de António Costa, presidente do município lisbonense.
A analogia desta insinuação pareceu evidente, atendendo a que Miguel Alves, presidente do município caminhense, é um apoiante do seu colega da capital, na corrida à liderança do PS.
Miguel Alves ultrapassou com indiferença a insinuação, deixando a resposta para o vice-presidente Guilherme Lagido, o vereador que tem vindo a conduzir o processo do concurso público.
Lagido respondeu que "em devido tempo se verá quem é o vencedor" e não fazer a mínima ideia quem são as três empresas concorrentes, tendo apenas reunido com a SUMA por razões de serviço.
Assegurou que serão cumpridas todas as normas do concurso já iniciado no mandato anterior atendendo a que se encontrava a expirar o prazo de validade e que apenas tinham introduzido uma cláusula nova no caderno de encargos, de forma a salvaguardar os interesses do município.
Essa cláusula permitirá controlar o preço a pagar à empresa vencedora, de modo a evitar valores elevados, mesmo que a candidatura aponte para números superiores.