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Artistas minhotos "invadem" Metro
do Porto na próxima quarta-feira
Atores e bailarinos apresentam excertos dos cinco espetáculos do ciclo que decorre no Teatro Nacional São João, de 11 a 13 de julho
Em 2004, os presidentes das Câmaras de Melgaço, Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura uniram-se para levar o teatro às aldeias, criando as Comédias do Minho. Dez anos depois, são as gentes do Minho que levam o teatro à cidade, celebrando a efeméride com um ciclo de cinco espetáculos - Chão, Triatro, Chuva, Uivo e Volta - em cena no Teatro Nacional São João, Teatro Carlos Alberto e Mosteiro São Bento da Vitória de 11 a 13 de julho. Na próxima quarta-feira, 9 de julho, as Comédias do Minho fazem uma antevisão do ciclo no Metro do Porto, "invadindo" a estação da Trindade às 17h30, com uma performance de 30 minutos.
Projeto único no país pela relação de igual para igual com o território, as Comédias do Minho são um dos mais ousados e consistentes projetos de criação de "novas centralidades" teatrais no país. Isabel Alves Costa, que esteve na génese do projeto, classificou-o, em 2009, como "uma coisa completamente inédita", pelo facto de quatro presidentes de Câmara se terem unido e terem decidido que: "tendo os problemas básicos das populações mais ou menos resolvidos, aquilo que é preciso é ter uma companhia de teatro que leve o teatro às aldeias".
Atualmente, é João Pedro Vaz quem assume a direção artística da companhia. O diretor garante que a missão inicial - atuar em proximidade com as populações das várias aldeias, que tanto são público como atores - "de tão singela, mas tão inovadora, é cumprida, deve ser cumprida e continuará a ser cumprida até à exaustão". É neste contexto que dezenas de minhotos "invadem" o Porto durante um fim de semana, para dançar, cantar e representar, em espetáculos multidisciplinares que, com o envolvimento da população do Vale do Minho, recriam a paisagem e a memória.
Mulheres de Paredes de Coura iniciam ciclo com Chão
Chão, espetáculo musical com mulheres de Paredes de Coura, é a primeira peça em cena, no Porto, no âmbito do ciclo, sendo apresentada no Teatro Nacional São João na sexta-feira, 11 de julho, às 21h30. No dia seguinte, sábado, o espetáculo Triatro percorre o Mosteiro de São Bento da Vitória e espaços exteriores a partir das 16h00, e, às 21h30, o Teatro Carlos Alberto acolhe Chuva. No domingo, às 16h00, Uivo está em cena no Mosteiro de São Bento da Vitória, e o ciclo termina com Volta, às 21h30, no palco do Teatro Nacional São João. Após a temporada no Porto, os espetáculos seguem para o São Luiz Teatro Municipal, de 17 a 20 de julho.
Neste sentido, convidamos o vosso órgão de comunicação social para a antevisão do ciclo Comédias do Minho 10 Anos, que decorre na próxima quarta-feira, 9 de julho, às 17h30, na estação da Trindade do Metro do Porto.
Com cinco espetáculos, de 11 a 13 de julho
Comédias do Minho festejam
10º aniversário no TNSJ

Mulheres de Paredes de Coura e Monção, atores e bailarinos amadores de Valença, Melgaço e Vila Nova de Cerveira mudam-se para o Porto
Há dez anos que as Comédias do Minho, um dos mais ousados e consistentes projetos de criação de "novas centralidades" teatrais no país, levam o teatro ao Vale do Minho. Para celebrar a efeméride, de 11 a 13 de julho, o Porto "vira" território minhoto, com a apresentação de cinco espetáculos no Teatro Nacional São João, Teatro Carlos Alberto e Mosteiro de São Bento da Vitória.
Durante um fim de semana mudam-se também as gentes do Minho - mulheres de Paredes de Coura e Monção, atores amadores de Valença e Melgaço, bailarinos amadores de Vila Nova de Cerveira - para o Porto, e, com elas, a poética de todo um território. Sob a direção artística de João Pedro Vaz, as Comédias do Minho celebram, assim, o décimo aniversário com um ciclo de carácter quase primordial no qual a chuva, o vento e a terra se cruzam com a festividade popular, em espetáculos multidisciplinares que, com o envolvimento da população do Vale do Minho, recriam a paisagem e a memória.
Chão
No dia 11 de julho, quinta-feira, às 21h30, sobe ao palco do Teatro Nacional São João a peça Chão, um espetáculo musical com mulheres de Paredes de Coura, de João Pedro Vaz, António Rafael, Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal. Composta por sete motivos para as sete cenas quase orientais - luz e cor, céu, grandeza, figura, movimento, vida e cultivo -, a peça é uma paisagem de corpos e vozes, cantos mais ou menos primordiais e evocações de luz, neblina e nascimento.
Triatro
Uma performance desportiva, um auto popular e uma festa de aniversário. Triatro é nome o espetáculo com estas três componentes, que busca a superação para alcançar identidade e procura a tradição para encontrar imortalidade, que será apresentado no dia 12 de julho, sexta-feira, às 16h00, no Mosteiro de São Bento da Vitória. A interpretação é da responsabilidade da Verde Vejo - Grupo de Teatro da Associação Cultural de Verdoejo e outras associações de Valença, e a encenação de Rui Mendonça.
Chuva
No dia 12 de julho, sábado, às 21h30, o Teatro Carlos Alberto acolhe Chuva, um espetáculo de teatro-dança nas margens do rio em Vila Nova de Cerveira, de Tânia Almeida. A peça é um tributo ao território do Vale do Minho, generoso em abundância e fertilidade. Filipe Caldeira, Isabel Costa, Lucília Raimundo, Mónica Tavares, Tânia Almeida são os atores que integram o elenco da peça, que conta com a participação dos bailarinos amadores de Vila Nova de Cerveira.
Uivo
Desde sempre, o lobo habita no escuro do imaginário do homem e há séculos a montanha tem fama de esconderijo para malditos. No dia 13 de julho, sábado, às 16h00, no Mosteiro de São Bento da Vitória, as Comédias do Minho apresentam Uivo, uma viagem à procura do lobo, através do pesadelo e do medo, do misticismo e da lenda interpretada por Filipe Caldeira, Lucília Raimundo e Grupo Amador de Teatro Os Simples, de Melgaço. A encenação é de Gonçalo Fonseca.
Volta
Em Volta, espetáculo de teatro-dança com mulheres de Monção, tudo gira, roda e volta ao mesmo. Criação de Luís Filipe Silva, na peça - que sobe ao palco do Teatro Nacional São João, no dia 13 de julho, às 21h30 -, as mulheres brincam, dançam e recordam em várias direções, todas juntas, todas mulheres e todas com o mesmo ritmo, na descoberta do que foi e do que ainda será.
CIM Alto Minho promoveu debate sobre o papel do Estado nas zonas de baixa densidade no horizonte 2014-2020
A conferência "Alto Minho 2020: Por um Estado mais próximo nas zonas de baixa densidade", realizada no passado dia 1 de julho, no Centro Cultural de Paredes de Coura, abriu o ciclo de conferências que será promovido pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) e que cobrirá diversos temas relevantes relacionados com a evolução e o impacto potencial das políticas públicas no território no horizonte 2014-2020.
Esta iniciativa, que contou com a presença do secretário de Estado para a Modernização Administrativa, Joaquim Pedro Cardoso da Costa, reuniu um reputado painel de oradores de reconhecida competência técnica no âmbito da temática em análise, constituindo uma excelente oportunidade para debate e troca de informação com entidades institucionais, tecido empresarial, movimento associativo e demais atores locais e regionais, que testemunharam o interesse e a oportunidade do tema.
Um Estado mais próximo do cidadão, garantindo a qualidade e a equidade no acesso à generalidade dos serviços públicos de proximidade (nos domínios do ensino, da saúde, da emergência, da segurança ou da justiça); a participação ativa das CIM/ Áreas Metropolitanas na construção e gestão dos programas operacionais do novo Acordo de Parceria "Portugal 2020"; a criação de incentivos à fecundidade por forma a travar a crescente desertificação do interior do País; a dinamização de sistemas de transportes e a aposta na regeneração urbana e nas políticas sociais; foram algumas das medidas e soluções apontadas pelos diversos intervenientes na conferência para promover um desenvolvimento mais coeso do território e inverter a atual dinâmica demográfica depressiva das zonas de baixa densidade.
Na sessão, o presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Alto Minho, José Maria Costa, salientou a necessidade de adoção de instrumentos de discriminação positiva, alargando a base territorial da competitividade às zonas de baixa densidade, em particular, através da promoção de uma nova geração 2014-2020 do Programa PROVERE, orientado para a valorização económica destas regiões, do reforço da territorialização dos sistemas de incentivos e da reintrodução de benefícios fiscais. Defendeu, ainda, a adoção por parte do Governo de uma check-list de pré-avaliação do impacto de políticas públicas em zonas de baixa densidade (a exemplo do "Rural proofing checklist" do Reino Unido), que avalie previamente as consequências nesse tipo de territórios das suas propostas legislativas e/ou de instrumentos financeiros.
O secretário de Estado para a Modernização Administrativa, Joaquim Pedro Cardoso da Costa, centrou a sua intervenção em alguns projetos já em curso e integrados numa estratégia global de reorganização dos serviços da administração pública, um dos quais a abertura de uma Loja de Cidadão em cada sede de município e a criação de Espaços do Cidadão, uma iniciativa de atendimento em balcão único que irá concentrar vários serviços públicos num único edifício (registos e notariado, segurança social, serviços de atendimento da câmara municipal, entre outros), combinando o atendimento presencial com uma rede de atendimento digital e privilegiando as zonas do interior e de menor densidade populacional. "A meta é chegar, no próximo ano, às cerca de mil novas Lojas do Cidadão com este formato", salientou o governante.
O programa da conferência incluiu ainda as intervenções de Eduardo Anselmo Castro, professor associado na Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da Universidade de Aveiro; Paulo Neves, presidente do Conselho Diretivo da Agência de Modernização Administrativa; Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura e Ambiente e atual professor da Universidade Católica Portuguesa e presidente da Região dos Vinhos do Dão; e Rui Solheiro, secretário-geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), num painel moderado por Rui Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Vítor Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, presidiu à sessão de abertura e João Marrana, vogal executivo da Autoridade de Gestão do PO Norte/ CCDR-N, ao encerramento.
MÉDICO NELSON RODRIGUES
LANÇOU LIVRO DE POEMAS
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O conhecido médico Nelson Rodrigues, nascido no Canadá e que desde os 3 anos dividiu a sua vida pelos Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e Viana do Castelo, com licenciamento no Porto, lançou um livro de poemas com o pseudónimo de Luís Lenso. A obra do ' Primeiro Canto ' é iniciativa da Chiado Editora e foi apresentada com casa completamente cheia na Porta Treze ( Associação Poética de Todas as Artes ), em Vila Nova de Cerveira.
Foi Maria Seis Dedos da Direcção desta Associação quem abriu a sessão ao abordar a obra do autor que estava inicialmente para ser feita pelo conhecido escritor Luandino Vieira o qual esteve ausente por razões de doença. Para ela, Luís Lenso ' interroga-se e procura uma explicação sobre tudo, brinca com as palavras mas estas também brincam com ele e, por vezes, brinca com o leitor ', para logo acrescentar que o autor ' gosta de olhar as estrelas '. Nelson Rodrigues interveio e começou por justificar o pseudónimo: ' Lenso é o anagrama do meu nome e Luís porque combina com Lenso ', para logo adiantar que ' o título de Primeiro Canto tem a ver com o facto de entender a poesia como um canto ', revelando que o desenho da capa ' foi o primeiro que ele fez '. O poeta fez ainda uma referência a um aforismo de Oscar Wilde em que ' o objectivo do artista é revelar a arte e esconder-se ', o que, no entender do orador ' não deverá ser só na arte mas em qualquer actividade humana '. Luís Lenso culminaria a sua intervenção com a declamação de 2 sonetos, ' David e Betsabé ' e ' Prova Ontológica da Não Existência de Deus ', antecedidos de uma explicação quanto á forma e conteúdo daquele do capítulo em que estavam inseridos, para logo mostrar grande admiração por Alves Redol que considerou ' um grande vulto do neorrealismo português '. Outros poemas foram ainda lidos pelas suas duas filhas, uma sobrinha e pela mãe.
Nelson Rodrigues foi o principal responsável do Centro de Saúde de Darque e actualmente é director do internato médico de medicina geral da ULSAM (Hospital Distrital de Viana do Castelo) e é presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Médicos desde 2008. Para além de um vasto currículo profissional, este clínico é um dos fundadores da Polaris (Associação de Astronomia vianense) e membro da Sociedade Portuguesa dos Escritores e Artistas Médicos.
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Do Coura se fez luz. Hidroeletricidade, iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960)"
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Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000/Afrontamento Apoiado pela Fundação EDP
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Da Monarquia à República no Concelho de Caminha Crónica Política (1906 - 1913)
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Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000
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O Estado Novo
e outros sonetos políticos satíricos
do poeta caminhense
Júlio Baptista (1882 - 1961)
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Organização e estudo biográfico do autor
por Paulo Torres Bento
Edição: C@2000
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Rota dos Lagares de Azeite do Rio Âncora
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Autor: Joaquim Vasconcelos
Edição: C@2000
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Memórias da Serra d'Arga
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Autor: Domingos Cerejeira
Edição: C@2000
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Outras Edições Regionais
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