Imaginação, açúcar, água e mais de 48 horas de dedicação são alguns dos ingredientes necessários para criar um bolo premiado.
Subordinado ao tema "Influências árabes em Terras Lusas", este concurso decorreu na Feira Internacional de Lisboa na FIL, entre os dias 28 de Junho e 6 de Julho.
Esta decoradora de bolos vencedora do concurso Arte Doce do Caminha Doce deste ano, co-autora de um livro nesta área, juntou ao seu currículo o seu 12º prémio. No concurso FIA2012 ficou classificada em 1º lugar na categoria "não profissional". Este ano concorreu pela categoria profissional e não escondeu a surpresa ao receber a notícia deste prémio: "Não estava nada, mas mesmo nada a contar com este prémio! Tive dificuldade em encontrar no Norte vestígios árabes o que dificultou bastante a opção do que fazer. Acabei por representar uma casa nortenha e aquilo que usamos na gastronomia e que tem a sua influência árabe. Por outro lado, como concorri na categoria profissional, as exigências e o nível de qualidade dos concorrentes é muito superior, daí a minha surpresa pelo prémio recebido, mas que me deixou extremamente orgulhosa".

Olhar para este bolo, faz-nos viajar no tempo. Nele está representada uma casa de pedra com uma cozinha que nos faz recordar a época em que não havia electricidade e se cozinhava em potes na lareira. Para responder aos critérios do tema, na mesa há uma travessa de aletria com canela, ensopado de borrego, uvas-passas, figos, e no lava-loiça um almofariz. No exterior a herança árabe fez-se representar pela oliveira, figueira e alfazema.
Nele tudo se pode comer, desde a pedra, madeira, telhas, árvores, cortinas, loiça, sabão azul, vidros, tudo feito com açúcar, pasta de açúcar, pastilhagem e massa de cerais.
Com a marca Claríssima registada, Clara da Cruz encontra-se numa fase em que procura financiadores e parceiros para a criação da sua empresa, dedicada não só aos bolos mas a todos os serviços destinados a criar celebrações únicas e personalizadas.