Cinco barcos de pesca de Vila Praia de Âncora asseguraram diariamente o abastecimento dos cinco restaurantes e tasquinhas existentes na tenda da Festa do Mar e da Sardinha, o evento que decorreu até ao passado Domingo na zona portuária.

Foram consumidos 2.000 kg deste apreciado pescado, trazido para terra pelos pescadores ancorenses que, desta forma, garantiram a sua origem, um dos pontos de honra do evento deste ano.

"É pequenina mas boa", disse-nos Vasco Presa, presidente da Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora, a quem coube controlar os cabazes de sardinha proveniente do "nosso mar".
Este pescador realçou a qualidade da sardinha deste ano, quando é habitual que atinja o seu ponto alto em Agosto/Setembro.
Vasco Presa confidenciou-nos a boa organização deste evento, devendo, no entanto, ser rectificadas algumas coisas para o próximo ano, tais como o reforço de uma rede de frio que assegure o "stock" do pescado, em quantidade e qualidade que consiga fazer chegar o peixe confeccionado até às mesas dos clientes dos restaurantes, como se acabado de chegar do mar.
A Tasca da Laurinda voltou a ser uma das apostas da restauração deste ano, como forma de apoiar os Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.


No demais, a aposta por novas estruturas, transparentes, permitindo apreciar o mar a quem estivesse à mesa, diante dele, deram outro ar ao certame, a par de ter sido impedido que o cheiro da sardinha a assar invadisse a tenda gigante, na qual couberam ainda os espaços para o artesanato e empresários do ramo alimentar e da doçaria, e uma área para as actuações musicais.

A entrada do recinto evidenciou outra "frescura" de ideias, bem conseguida, sem desligar o evento do contexto marítimo que o rodeia. A deslocação da Feira do Livro para junto do novo bloco construído como resultado das obras da 2ª fase do Portinho, trouxe mais um toque de inovação cultural à edição deste ano.