António Costa esteve esta manhã em Vila Nova de Cerveira, em mais uma acção de mobilização de militantes e apoiantes do Partido Socialista, tendo almoçado posteriormente no restaurante Primavera, em Caminha, na companhia de autarcas alto-minhotos.
O dirigente socialista evidenciou ao C@2000 o seu contentamento pela "mobilização" registada em todo o distrito e, quanto à alternativa a definir internamente, referiu estar "disponível para a solução que o partido encontrar, directas ou primárias, conforme o quiser", frisou.
Acrescentaria que o mais importante "é a questão política que tem de ser resolvida como deve ser, democraticamente, agora, se é antes ou depois, se é de uma forma ou de outra, é como quiserem", insistiu.

Questionado se acreditava na vitória das suas teses, António Costa referiu-nos estar "apenas convicto de que estou a fazer o que entendo que é o apelo da maioria dos socialistas e de muitos cidadãos que querem um refortalecimento do PS para poder haver uma mobilização do país", resultando daí entender "ser este o meu dever: estar disponível para prestar este serviço e é isso que estou a fazer".
"Uma ruptura com a política actual"
Embora ainda sem uma estratégia definida (pelo menos pública) quanto a um eventual programa a apresentar aos militantes e aos eleitores, António Costa respondeu que os portugueses foram muito claros ao dizerem o que querem nas últimas europeias: "uma ruptura com a política actual".
Pormenorizando a suas palavras, disse que "os portugueses querem estancar esta dinâmica de retrocesso social, este confronto permanente com a Constituição, esta ideia de divisão permanente entre portugueses e de conflitualidade institucional, exigindo por isso uma pacificação do país, uma estabilidade no seu quotidiano e que nos concentremos naquilo que é essencial: as grandes causas nacionais para nos mobilizarmos nos próximos dez anos e responder aos desafios estruturais que têm bloqueado o país e o nosso desenvolvimento desde o princípio do século".
"Miguel Alves é um bom amigo"
"A nossa qualificação, a valorização do nosso território, coesão social, modernização do Estado e do tecido social" foram as linhas mestras avançadas por António Costa, apelando a uma "concentração das nossas energias", nesta sua curta passagem por Caminha.
O C@2000 perguntou, a terminar, se Miguel Alves era um bom apoio, respondendo simplesmente que "Miguel Alves é um bom amigo".