Após onze anos de impasse na recuperação da Casa Ventura Terra e consequente degradação e devassa do edifício, a Câmara de Caminha optou por estabelecer um protocolo de comodato pelo prazo de 30 anos com uma associação com sede em Barcelos (Associação Ventura Terra).
O protocolo foi aprovado no passado dia 12, através do qual ambos (câmara e associação) se comprometem a tentar conseguir "meios de financiamento que viabilizem a execução do projeto que vier a ser elaborado", devendo ainda a Associação Ventura Terra "desenvolver um programa de acção para aquele espaço que tenha como princípios orientadores a sua recuperação e manutenção, atenta a sua importância histórica, cultural e urbanística, e a sua promoção como espaço de cultura do concelho, bem como a condição imprescindível de lhe dar destino público e de preservar a memória de MVT, devendo contar com a participação da Arquiteta Lurdes Carreira, como representante técnica do município e como conhecedora da obra de Ventura Terra".
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Incapaz de dar seguimento ao definido no acto de escritura de compra do edifício onde viveu Miguel Ventura Terra, em que a Câmara também pretendia adaptar a casa para recepção de individualidades que visitassem oficialmente o concelho, o executivo de Júlia Paula pretende "promover a Casa VT como espaço de cultura do concelho, proporcionando novas experiencias culturais, fomentando e enraizando hábitos de cultura", entregando a sua gestão a uma entidade privada.