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SPORTING CLUB CAMINHENSE RECEBEU ELOGIOS, PRENDAS
As Bodas de Diamante do Sporting Club Caminhense foram pretexto para a exaltação de um passado repleto de êxitos desportivos e de afirmação num porvir que se auspicia capaz de superar o muito quanto remadores, técnicos, directores e associados já conquistaram.
deram o seu contributo generoso a tão prestigiada agremiação desportiva.
As cerimónias tiveram lugar uma semana depois da data oficial da fundação do Clube, de modo a evitar que coincidissem com o final da campanha para as eleições autárquicas, revestindo-se de diversos actos.
O hastear da bandeira na sede social do Sporting Club Caminhense, perante a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Caminha, foi o primeiro deles, seguindo-se um Porto de Honra e a visita à Sala de Troféus, cada vez mais exígua perante o avolumar de títulos. Foi pretexto para que alguns antigos atletas e dirigentes revivessem algumas das façanhas desportivas mais intrincadas (e por tal motivo, mais apetecíveis), junto das taças para cuja conquista contribuíram.
MEDALHA E LIVRO
nacionais, títulos conquistados em cada embarcação e diversas fotografias, pecando neste particular, pela omissão do remo feminino, recordando-se que numa das salas da sede, existe uma com as cinco primeiras remadoras dos primórdios da modalidade em Caminha.
Num hotel de Caminha, decorreram os actos oficiais a cargo de diversos oradores, todos tecendo encómios ao Sporting Club Caminhense.
ELOGIO AOS CAROLAS
Seguidamente, aludiu aos dirigentes ("verdadeiros carolas") e atletas que "com todo o entusiasmo, foram escrevendo, página a página, o historial do Clube", a quem endereçou palavras de "gratidão", com o pensamento naqueles que "já partiram" e, igualmente, "verdadeiros pilares da história desta colectividade".
Num plano mais actual, João Ferreira salientou o apoio "nunca regateado pela população de Caminha", destacando, de igual forma, a abertura sempre demonstrada pelo actual presidente da câmara e vereador com o pelouro do desporto, contribuindo para que "ressurgissem os êxitos desportivos", pelo que apelidou de "justíssima homenagem" aquela que os dois autarcas seriam alvo no decorrer do almoço. "PALAVRAS SÁBIAS"
Como é apanágio nestas circunstâncias, o ministro não deixou de saudar quem ao longo de 75 anos consolidou e ampliou o sucesso desportivo do Sporting Club Caminhense, lembrando que o desporto "não e só futebol, nem o périplo Lisboa-Porto e arredores", sendo prova disso a modalidade que os caminhenses souberam acarinhar ao longo de décadas.
Antigos Presidentes Presentes nas Cerimónias
"Aqui, na periferia, cá ao norte, neste norte profundo, venho transmitir esta minha satisfação por me encontrar no seio de uma colectividade que privilegia esta modalidade", assim resumiu o ministro do Desporto o seu discurso elogioso para com uma prática desportiva que "projecta Caminha no todo nacional e internacional -até um campeão do mundo aqui tem", mercê da capacidade de "criar um nível de excelência de competitividade com tal projecção internacional". "UM DESPORTO PARA O EXTERIOR"
Não esqueceu também a resistência que estes atletas têm de opor, de modo a evitar os apelos aos "comportamentos desviantes" existentes na actualidade, pelo que louvou o papel "integrador da juventude revelado pelo Sporting Club Caminhense" neste campo. 313 TÍTULOS NACIONAIS
Já sem a presença do governante, coube a vez a Valdemar Patrício enaltecer o historial do Clube, dando ênfase ao livro editado sob o patrocínio do próprio município, nele se relatando algumas das suas vivências mais significativas, pondo em realce o desapego e o voluntarismo incutido pelos seus responsáveis, base do apoio em que a vereação sempre se alicerçou ao tomar deliberações que tivessem ido ao encontro das solicitações apresentadas pelos dirigentes. Tendo como base de orientação da sua intervenção, a publicação acabada de ser divulgada e os remadores que comungaram deste acto de homenagem aos 75 anos do SCC, Valdemar Patrício mostrou confiança quanto ao seu advir, dada a "qualidade humana e profissional de todos quantos constituem hoje o Clube". "HOMENAGEM IMERECIDA"
Constando da programação das comemorações do septuagésimo quinto aniversário do Caminhense duas homenagens ao próprio presidente da edilidade e vereador do desporto, Valdemar Patrício considerou-as "imerecidas, pois nós não fizemos mais do que a nossa obrigação, para tal fomos eleitos e escolhidos para trabalhar pelo concelho de Caminha, pelas suas gentes e instituições". O autarca exemplificou esse apoio, quando há algum tempo atrás, "alguma coisa falhava, e esse algo não eram propriamente os atletas, os dirigentes, mas sim as condições materiais e de competição exigíveis nos dias de hoje". "ESFORÇO VALEU A PENA" "Percebendo e aceitando o desafio, combatemo-lo e ganhámo-lo", referiu o presidente da edilidade, através dos recursos (escassos) da autarquia e do próprio governo, colocando ao dispor dos remadores o material/equipamento mais moderno, "mais desejado", voltando a guindar o SCC ao topo do remo português. PRENDAS
Seguiram-se uma série de ofertas por parte de diversas entidades convidadas, designadamente, a Associação de Remo de Viana do Castelo, Núcleo de Caminha do Sporting Club de Portugal, Junta de Freguesia de Caminha, Federação Basca e Real Clube Fluvial Portuense -o único clube nacional presente, expressando o quão honrado se sentia por comungar deste aniversário.
Fernando Estima, presidente da Federação Portuguesa de Remo, foi o último orador, expressando o "reconhecimento" ("visível nas emoções de muitos dos presentes") desta estrutura nacional da modalidade para com um clube que contribuiu com inúmeros atletas nas representações dos seleccionados portugueses, enaltecendo ainda a dedicação voluntária dos seus dirigentes, sem a qual pouco se conseguiria, em termos de prática e resultados desportivos.
Ex-Olímpicos presentes
MINISTRO DO DESPORTO
Esgotado já um ano do ciclo olímpico que desembocará em Atenas 2004, as perspectivas não são animadoras para a maioria das modalidades ditas amadoras, com aspirações a garantirem presença nessa importante competição. A Federação Portuguesa de Remo aguarda a celebração do respectivo protocolo com o ministério do Desporto definindo os apoios indispensáveis à consecução de tal objectivo. Segundo José Lello, ministro da Juventude e do Desporto, presente na cerimónia das comemorações dos 75 anos do Sporting Club Caminhense, tudo corre com normalidade, tendo sido criada uma comissão de avaliação das possibilidades de obtenção de medalhas nesses Jogos, por parte de cada modalidade -o que aconteceu apenas há dois meses, segundo apurámos- e só nessa base é que se poderá partir para apoios estatais. Rebatendo as queixas e protestos das diferentes federações, perante a indefinição dos contratos-programa que suportam as actividades regulares de cada uma, bem como os apoios à alta competição, José Lello centrou a sua argumentação neste último ponto, salientando a preocupação em orientar bem os dinheiros públicos, de modo a evitar "deslocações desnecessárias de delegações olímpicas", cujos resultados desportivos deixam muito a desejar. Segundo este governante, apenas deverá contar com apoios quem tiver possibilidades de lutar por medalhas em Atenas. Esta não é a visão da maioria das federações, crendo que a organização do Europeu de Futebol em Portugal, em 2004, condicionará todas as outras modalidades, derivado aos gastos com a construção de estádios.
Classificação: Caminha 3º lugar com 18 pontos / Ancorense 9º lugar com 7 pontos
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