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CAMINHA PESSIMISMO PERANTE PROJECTOS ADIADOS
Os eleitos locais pelo Partido Socialista na vila de Caminha mostram-se cépticos perante atrasos que se perpetuam em alguns projectos almejados e duvidam dos atributos de outros levados a cabo pelo Executivo camarário.
Das suas angústias deram conta na última sessão da Assembleia de Freguesia, mas do seu estado de alma não comungam os delegados do PSD. JUNTA CONSEGUE VERBA PARA CASA MORTUÁRIA A indefinição perante o projecto da casa mortuária é um dos casos que se perpetua, sem que a Junta presidida por Eduardo Gonçalves consiga dar uma resposta às inquietações dos delegados do seu partido. O autarca referiu ter apresentado uma proposta à Câmara que permitiria a obtenção de uma comparticipação financeira para esta obra por intermédio da Junta, ficando de lhe dar uma resposta o que ainda não sucedeu, volvidos que estão alguns meses. Assim, Eduardo Gonçalves vai solicitar uma reunião com a presidente da Câmara a fim de que defina de uma vez o que pretende nesta matéria. De igual modo aguarda a Junta que Câmara e empreiteiro se ponham de acordo sobre a responsabilidade de cada um na remoção do estaleiro que serviu para depósito dos inertes retirados do leito do canal de navegação do rio Minho, enquanto que essa empreitada recaiu sobre a Câmara de Caminha (ver notícia sobre início de dragagem). Mas como as duas partes não se entendem nesta matéria, parece provável que a solução só seja encontrada com recurso ao tribunal, conforme a própria presidente Júlia Paula já fez menção de assinalar em reunião da Assembleia Municipal e que Eduardo Gonçalves transmitiu aos delegados. SITUAÇÕES CARICATAS
Ainda respondendo a interpelações do delegado Fernando Lima (profícuo em pedidos de esclarecimento e comentários à situação da vila), Eduardo Gonçalves assinalou que já fez ver à presidente as dificuldades de acesso das viaturas de pessoas de idade residentes na R. da Corredoura e Terreiro, com o sistema de mecos hidráulicos aí instalados. Fernando Lima referiu-se a algumas situações caricatas (ainda esta semana um funeral esteve imobilizado na R. da Corredoura porque havia uma viatura estacionada frente aos mecos), mas a Junta nada sabe sobre a proposta de os substituir por comandos electrónicos. PARQUES DE ESTACIONAMENTO PAGOS POLÉMICOS
Fernando Lima teceu também críticas ao projecto da obra em curso ao redor do Tribunal de Caminha, de modo a instalar um parque de estacionamento a pagar, com excepção do Tribunal e funcionários públicos, bem como ao insucesso da intervenção no Parque Municipal, o qual, segundo disse, continua a ser pouco frequentado. Adiantou que seria preferível a Câmara não fazer nada do que continuar a desfigurar a vila, como, na sua opinião, tem acontecido. Segundo uma sondagem realizada pela Junta junto do comércio local, o estacionamento pago está a ser muito mal recebido, pensando abordar este tema no decorrer da reunião que espera manter com Júlia Paula, até porque "só tomei conhecimento deste projecto pelo jornal". No entanto, da parte do PSD há receptividade para o estacionamento pago, conforme se pronunciou Delfim Moreira. ESPAÇO FEIRAL DIVIDE OPINIÕES
Após ter solicitado sinalização para o Largo da Matriz, Fernando Lima convidou o delegado Delfim Moreira (PSD) a visitar a feira de Caminha, a qual considerou ter sido "assassinada" depois das mudanças operadas pela Câmara. De tal visão pessimista não comunga o anterior presidente da Junta Carlos Mouteira, e actual delegado social-democrata, afirmando ser agora um local condigno, sendo secundado pelo seu colega Agostinho Carneiro, referindo que ao menos não estão na lama. Contra a intervenção na feira se manifestou igualmente Eduardo Gonçalves, atendendo a que se foi gastar dinheiro num espaço que agora se pretende intervencionar de forma diferente, como o demonstra o projecto dos parques subterrâneos. LIGAÇÃO AO IC1 NÃO RESULTOU
Carlos Mouteira aproveitou a reunião para comentar a ligação do IC1 à EN13, entre Vilar de Mouros e Gondarém, considerando que o concelho merecia melhor, por entender que esta estrada não está à altura da A/28, dado que não permite fluidez de trânsito, fazendo agora votos para que após o seu prolongamento até Valença a situação se resolva. A degradação a que se assiste na ponte rodoviária sobre o rio Coura foi alvo de reparos diversos, tendo ainda sido pedidas informações sobre o anunciado encerramento do SAP de Caminha, relativamente ao qual o presidente da Junta nada sabia. PONTO DE LUZ ACABA EM TRIBUNAL
Um caso que gerou muita polémica há uns tempos atrás, prendeu-se com a instalação de um ponto de luz no cais dos pescadores, depois de a Câmara ter impedido que o mesmo entrasse em funcionamento. Perante a falta de cumprimento do contrato por parte da EDP, a Junta vai levar o caso a tribunal, exigindo ser ressarcida pelos prejuízos originados, caso não seja possível entendimento. Eduardo Gonçalves deu conta à assembleia de que prepara algumas iniciativas no campo do teatro com o Agrupamento Escolar do Minho e Coura, tendo em vista assinalar em 2009 os 200 Anos das Invasões Francesas. SUBSÍDIO CONTESTADO
Contra um subsídio atribuído pela Junta ao remador Henrique Baixinho para a colocação do brasão de Caminha num atrelado com o qual se deslocará em Setembro, ao Campeonato do Mundo de Remo de Veteranos, se pronunciou o delegado social-democrata Delfim Moreira, gerando-se alguma discussão na reunião, com a Junta a justificar a sua aprovação, como forma de divulgar Caminha e dar apoio aos eventos em relação aos quais lhes sejam solicitados apoios. 22.000€ POR SALDAR Quando chamados a analisarem as contas de 2007, Eduardo Gonçalves não perdeu a oportunidade de recordar que a Câmara ainda deve 22.000€ à Junta de Caminha, respeitante a um protocolo assinado entre ambas em 2005 |
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