Agora sob a responsabilidade das autoridades espanholas, iniciaram-se ontem os preparativos para reiniciar as operações de limpeza do canal de navegação do ferry-boat Caminha-A Guarda.
O Chefe de Costas esteve a supervisionar a acção de recolha de inertes e depósito na margem direita, de onde serão transportados para recuperar praias.
No entanto, a draga que operará no local pertence à mesma empresa portuguesa que efectuou a última empreitada de dragagem.
Sem solução à vista, contudo, continua a remoção das pedras que limitavam o depósito de areias no extremo norte da Av. Dantas Carneiro, face às diferentes interpretações que a Câmara (dona da obra até 2007) e o empreiteiro possuem sobre essa responsabilidade.
A Câmara de Caminha já pondera a hipótese de recorrer ao tribunal para dirimir a questão.
Quando se processou a passagem do testemunho das dragagens para as autoridades espanholas, o texto que dava conta dessa mudança revelava -pelo menos assim o dava a entender- que havia necessidade de operar fora dos limites do canal, com a finalidade de diminuir a quantidade de areia em suspensão que se depositava no seu leito.
Posteriormente, o Governo Civil de Viana do Castelo enviou uma nota de esclarecimento, precisando que a operação de limpeza se restringirá à área do canal de navegação.