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Sporting Club Caminhense

Direcção aponta para ter atletas daqui a 10-15 anos "a defenderem as cores do clube nos palcos mais altos do remo nacional e internacional"

Eleições para os corpos gerentes em finais de Setembro

A Direcção do Sporting Club Caminhense defende como prioridade a aposta nos escalões de formação.

"Este é sem dúvida o caminho a percorrer para termos daqui a 10-15 anos atletas nos escalões mais velhos a defenderem as cores do clube nos palcos mais altos do remo nacional e internacional", assume a actual Direcção presidida por Pedro Fernandes, no seu Relatório de Actividades aprovado ontem à noite na sede do clube verde e branco.

"…é necessário continuar a semear, para mais tarde se poder colher…", é uma das máximas da actual Direcção, e que reputa de "trabalho fantástico, devidamente planeado e estruturado" o que tem vindo a desenvolver "com resultados nas provas dos campeonatos nacionais", aproveitando para elogiar "a constante e profissional dedicação dos técnicos ao clube e aos jovens atletas" na última época.

SCCaminhense com capacidade para grandes eventos

Em termos de Remo - a modalidade em que o Caminhense sempre se destacou, refira-se, e que já tinha 301 títulos nacionais em 2001, quando celebrou 75 nos de existência, recordou o sócio e ex-remador Jofre Pinto, iniciado na modalidade há cerca de 50 anos quando conquistou o primeiro título nacional pelo seu clube de sempre -, na época 2018/19 foi conquistado o Shell/4- no Nacional de Fundo (Virgílio Barbosa, Eduardo Gonçalves, Márcio Vieira e José Vau), o Shell/2- Feminino no Nacional de Velocidade (Diana Ferreira e Ana Gomes), Skiff Benjamim Feminino (Angélica Oliveira) e Skiff Iniciado Masculino (Luís Ferreira) nesses mesmos nacionais.

Baseada nestes resultados e na organização em Caminha de "eventos de remo nacional, que honram o clube e o concelho", a Direcção sustenta que "o Sporting Club Caminhense tem capacidade e condições para organizar grandes eventos, tal como o fez no passado", e desta forma, "queremos continuar a levar Caminha e o Sporting Club Caminhense para o topo do remo nacional", prometem.

Poucos seniores e nenhum junior

Este documento refere o número reduzido de seniores (e juniores, acrescente-se) o que complicou a participação "ao melhor nível na regata de Shell/8" no Nacional de Velocidade, agravado, segundo referem, pela hospitalização de urgência quinze dias antes, de um dos seus componentes, o que impediu "atingir o objectivo proposto", tendo, contudo, valorizado a conquista do 2-F, o que não acontecia desde 2013.

Este relatório apresentado na assembleia geral de ontem à noite, foi dado ênfase à remodelação operada nesta época no posto náutico, à aquisição de diversos ergómetros e equipamentos para organização de regatas, de ginásio e electrónico.

Valrizados o remo de mar, natação e ténis

A direcção continua a valorizar outras modalidades como a natação, ténis e remo de mar, o que a levou a "apresentar" aos sócios 21 títulos nacionais e 24 atletas campeões nacionais, sendo que sete deles foram respeitantes a remadores de Remo Olímpico.

E como outras modalidades que não apenas o Remo constaram deste relatório, o associado José Brito pretendeu saber se a secção de columbofilia ainda existia, respondendo Pedro Fernandes que não.

O Covid suspendeu a actividade desportiva durante os últimos meses, tendo recomeçado agora, tendo em vista a eventual organização dos Campeonatos Nacionais de Remo, adiados de princípios de Julho para finais de Setembro (26/27 para Benjamins, Infantis, Iniciados e Juvenis) e meados de Outubro (10/11) para Juniores, Seniores, Veteranos e Adaptado, ambos na pista de Montemor-o-Velho.

Propostas para Setembro

Alguns comentários e propostas foram apresentados por associados presentes, como sucedeu com Jofre Pinto que pretendia ver aprovado o nome de António José Pereira (ex-presidente do Clube) para o court de ténis alvo de remodelação, mas que António Quartéu optou por adiar a proposta para a assembleia geral de Setembro, tal como voltou à baila pela enésima vez a atribuição do nome de Domingos Terra à sala de troféus. A Sala de Troféus esta que vai ser alvo de uma remodelação, referiu Pedro Fernandes, cabendo ao responsável pelo Museu Municipal proceder à recuperação e catalogação dos troféus existentes, daquela que "é a maior do país", assegurou Jofre Pinto, sócio que lamentou que se encontre encerrada e não constar das brochuras da Câmara Municipal. Segundo o presidente do Clube, esta salá já "estará muito melhor" na próxima AG.

A nova empresa arrendatária do restaurante da sede do Clube mereceu elogios deste associado - muito interventivo na reunião -, bem como a limpeza do edifício que "agora", sublinhou, "já não cheira a mijo".

"Foi por causa do Covid"

Destacou ainda que o Caminhense não se encontra paralisado e "se parou", sentenciou Jofre Pinto, "foi por causa do Covid", dando como exemplo o sucedido em 1982, em que foram apenas com dois barcos para o Nacional.

Uma terceira proposta a levar à apreciação dos sócios na reunião de Setembro, será a da atribuição do nome do antigo atleta olímpico Jorge Gavinho a um barco, atalhando Jofre Pinto que já existiam duas embarcações com o seu nome, e recordando que outro remador igualmente olímpico, José Vieira (o único vivo dessa tripulação olímpica de 1960, em Roma) nunca tinha tido direito a idêntica distinção.

A presença constante do sócio Lino Portela Braga nos órgãos sociais do SCC desde há muito anos, mereceu destaque da parte de Jofre Pinto, dizendo ser merecedor de um louvor, no que não foi correspondido por José Morte, entendendo que as pessoas assumem os cargos para dar o seu contributo e não para receberem distinções. José Morte sugeriu ainda que fosse aberto um corredor em direcção à entrada da sede do Clube, pelo meio da esplanada.

Sócios mal inscritos

Dois temas que suscitaram alguma polémica, prenderam-se com uma intervenção de José Brito, quando exibiu uma cópia de um requerimento de uma pessoa para entrar para sócio há cerca de dois anos, quando o regulamento interno indica que qualquer interessado deverá ser proposto por um sócio.

Isto levou à sugestão da criação de uma comissão para revisão do referido regulamento, que segundo alguns estará desadequado aos tempos actuais.

200 sócios num só dia

Pedro Fernandes deu como exemplo o sucedido nas piscinas municipais de Vila Praia de Âncora da qual é supervisor, quando lhe apareceram num dia 200 pessoas a pretenderem entrar para sócias, porque a Câmara Municipal tinha deliberado conceder um desconto de 50% a todos os utilizadores deste equipamento desportivo que fossem sócios de uma associação desportiva, no intuito de aumentar a sua frequência.

Assim, disse que "nos nossos mandatos (já vão com seis anos) nem tudo foi tomado à letra", entendendo que os sócios são obrigados a pagar mensalmente as suas quotas, o que não sucede. A propósito, António Quartéu, presidente da AG, sugeriu que a secretaria do Sporting Club Caminhense estivesse aberta, pelo menos, duas vezes por semana.

A questão do "requerimento" para entrada como associado não convenceu José Brito, entendendo que o regulamento é para ser cumprido, recordando que nas eleições de há dois anos houve quem tivesse votado sem ter condições para o fazer.

O empréstimo de dois barcos (1X e 4+Donorático) feitos por uma anterior direcção a um sócio a fim fomentar o remo, levou José Brito a pedir informações sobre o seu paradeiro, ignorando a Direcção onde se encontravam, prometendo que iria indagar junto da pessoa que os levou.



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