Foi ultrapassada a crise directiva que pairava há uns meses sobre o Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense (CIRV), após ter sido apresentada a votada por unanimidade, ontem à noite, uma lista para os corpos gerentes da colectividade para os próximos dois anos.
Ricardo Ranhada - filho de um histórico dirigente do CIRV, Armando Ranhada, a quem se deve entre outras iniciativas a construção da actual sede, no anos 80 - assumiu presidir à direcção, depois de já ter sido responsável pela tesouraria no elenco directivo anterior.
Mário Ranhada (tio do novo presidente, e que também já presidiu à associação vilarmourense) continua no cargo de presidente da assembleia geral e Sónia Fernandes no de presidente do conselho fiscal.
A nova direcção terá pela frente a tarefa de continuar o processo de legalização das instalações, nomeadamente a substituição da cobertura, obra que não se afigura barata, assim como recuperar a tradição do teatro.
Ricardo Ranhada agradeceu a Basílio Barrocas "por nos ter aturado nestes quatro anos" (foi aprovado um voto de louvor à anterior direcção proposto por Plácido Souto) e agradeceu à nova equipa que o vai ajudar a manter viva uma das colectividades mais antigas do concelho de Caminha.
Basílio Barrocas, presidente cessante, após a eleição admitiu que "hoje é um dia feliz para mim", com o fim da indefinição que pairava há uns meses, depois de ter assumido que não continuaria no cargo, porque "já era uma carga a mais", repisou nesta assembleia extraordinária.
"Confiante na juventude"
Valorizou a entrada de gente nova para os corpos gerentes, mostrando-se confiante na sua capacidade de gestão desta casa, a qual recebeu um impulso importante (sobretudo financeiro) com a utilização das suas instalações pelo Grupo Motard, bem como do Conselho Directivo dos Baldios, o qual já pagou cerca de 3.000€.
Mário Ranhada desejou "boa sorte" aos novos dirigentes, aconselhou-os a terem "paciência" e que se unam em prol do CIRV, esperando que dentro de dois anos "queiram continuar".