Ha quantos anos nasci e para a vida acordei,
Vindo ao encontro de fraternas amizades,
Também de escolhas que não encomendei,
Mas são experimentos e inteligencialidades.
Há quantos anos desci, nesta gare consuetodinaria,
Para onde me transporto rumo a outras estações,
Quantas carruagens atravessei nesta viagem atrabiliaria,
Aonde encontrei e enlacei singelos e meigos corações.
A vida, embora rude, me oferece lindas oportunidades,
Meiguice de mãe, dedicação de pai e avuelos amores,
Encontros com gente de horizontes respigando amabilidades,
Corações refinados, prestos, esbordando de requintados sabôres.
A vida, esta vida, é tudo isto e tantas outras excentricidades,
Riqueza incomensuravel de benigna e humana essência,
Que interiorizam inclinações e outras elevadas afinidades,
Metamorfoses de gentes diversas, rumo a melhor existência.