O VIII Dancerveira - Festival Internacional de Dança de Vila Nova de Cerveira vai contar este ano com a participação do Centro de Dança Niterói e a Caetano Cia. De 28 de junho a 1 de julho, a festa da dança estará nos palcos cerveirenses e a contagem decrescente já começou. A organização é da responsabilidade da ADEIXA - Associação de Dança do Eixo Atlântico e conta com o apoio da Câmara Municipal.
O Dancerveira é considerado um dos maiores festivais de dança realizados na região norte do país e trará, como já é habitual, inúmeras escolas e profissionais de dança, oriundos de diferentes localidades do Eixo Atlântico.
Na edição 2012, o Centro de Dança Niterói e a Caetano Cia. farão uma participação especial. Para além das coreografias que irão apresentar, também vão lecionar três dos workshops do Dancerveira: Lyrical Jazz e Contemporâneo, por Thiago Caetano, e Jazz Musical, com Cynthia Dantas, todos os dias, entre as 8h00 e as 14h00. Lua Lima será responsável pela atividade "Aula Aberta", nos dias 29 de julho às 17h00 e 30 de julho às 16h00, no Parque de Água.
O workshop de Hip Hop será da responsabilidade de Jandro Martinez, finalista do programa "Fama a Bailar", atualmente bailarino e professor em Londres.
Os restaurantes cerveirenses agarraram da melhor maneira o desafio lançado pelo Festival Curtas Gastronomia e mostraram pratos de excelência durante todo o dia de ontem. Cerveira, já se sabia, é um concelho marcado por muitos talentos, e a arte de bem confecionar os alimentos é seguramente um deles. O III Festival, com o tema "Cinema cru", foi um sucesso: miúdos e graúdos revelaram os seus dotes culinários e o público degustou as iguarias - tudo, entre curtas e longas- metragens, sempre num clima de festa e boa disposição.
A ideia de juntar cinema e gastronomia surgiu numa aula, na ETAP - Escola Profissional, há poucos anos. O desafio foi apresentado à Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e o presidente, José Manuel Carpinteira, aceitou-o. Fez-se o I Curtas, o II e agora o III, num sentido sempre ascendente e tentando envolver cada vez mais a comunidade local. Conforme sublinhou o presidente da Câmara, "esta é uma oportunidade para divulgar os produtos locais, mas também para os jovens das escolas e os nossos restaurantes saírem para a rua e mostrarem o muito de que são capazes, interagindo com o público".
"A minha preocupação, enquanto autarca, é sempre valorizar o que é nosso, apoiar a nossa população, a sua capacidade empreendedora e o seu talento. Este festival é mais uma forma de trabalhar esses objetivos e resultou francamente bem", disse José Manuel Carpinteira.
Adotou-se o formato do show cooking, em pleno Terreiro da Vila e, para avaliar ontem as prestações dos restaurantes, a organização chamou a primeira masterchef portuguesa, Lígia Santos, e um especialista em eventos, Octávio Costa, da SEG | Food Communication, que, juntamente com a Câmara Municipal e com a ETAP - Escola Profissional são os promotores e produtores do III Festival Curtas de Gastronomia.
Primeira masterchef portuguesa não poupou elogios
A originalidade do formato foi largamente elogiada pela vencedora do concurso Masterchef. Lígia Santos, que também protagonizou um livecooking tradição, lembrou que a gastronomia está na moda, mas chamou a atenção para a importância da criatividade: "quando falamos de eventos gastronómicos, falamos quase sempre de conceitos tradicionais, sem nos preocuparmos em inovar. Aqui fizeram diferente e só posso louvar esta iniciativa".
A engenheira civil que, desde criança, é apaixonada pela gastronomia, enalteceu o formato encontrado em Cerveira, aliando a arte cinematográfica e a arte culinária. "Para mim, a cozinha é um apelo a todos os sentidos. É rara a pessoa que não gosta de comer e esta 'montra' é uma excelente oportunidade para quem faz da restauração a sua vida, mas também para quem deseja entrar para o mundo dos sabores".
Show cooking foi uma festa para os sentidos
A participação dos restaurantes em cada um dos show cooking fez-se sempre em interação com o público que, tal como o júri, pôde degustar as especialidades, desde os pratos de bacalhau, cabrito, anho, lampreia, sável ou o tradicional "estrolho", uma novidade para muitos dos presentes, mas que afinal é um prato antigo e tipicamente minhoto, à base de milho e vísceras de porco, criado com muita imaginação, em tempos difíceis, de outras crises que já lá vão.
O júri não teve tarefa fácil, mas acabou por se decidir pelo show cooking de um dos restaurantes da Vila das Artes, que apresentou uma trilogia de bacalhau, composta pelas pataniscas cerveirenses, salada de bacalhau e bacalhau de escabeche.
A adesão dos restaurantes este ano foi superior à dos anos anteriores. Participaram no desafio "Nós de cá", os restaurantes Abrigo das Andorinhas, Momento's, Braseirão do Minho, Quinta da Estação, O Telheiro, Luso-Galaico, Adega Real, Casa do Lau e O Lavrador.
Sábado foi dos amadores muito talentosos
O dia de sábado tinha sido dedicado aos não profissionais. De manhã decorreu o pequeno chef, em que as crianças aprenderam a confecionar pizzas e fizeram uma espécie de "festa da farinha", enquanto saboreavam as fatias ainda quentes. À tarde o desafio foi protagonizado pelas escolas profissionais, e acabou por ser destacada a proposta da escola de Esposende, que confecionou umas inovadoras clarinhas de sardinha.
O serão, nos três dias de Festival, foi dedicado ao cinema, com destaque para a homenagem, no primeiro dia, ao realizador Lauro António, que assistiu, no Terreiro cerveirense, à projeção de "Manhã Submersa", premiado em vários festivais de cinema, onde foi possível rever atores como Eunice Muñoz, Vergílio Ferreira, Canto e Castro, Jacinto Ramos, Carlos Wallenstein, Joaquim Manuel Dias, Miguel Franco, Maria Olguim, Adelaide João, Joaquim Rosa, Alexandra Prado Coelho, Rui Luís, Mário Botas, Fátima Murta, Jorge Vale, José Camacho.
O primeiro dia também acabou "mais tarde", com uma onion movida party, guiada por Fernando Alvim.
Durante os três dias do evento funcionou o mercado km zero, com exposição e venda de produtos agrícolas e de produção artesanal.