![]() Jornal Digital Regional Nº 544: 18/24 Jun 11
(Semanal - Sábados) |
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Ancorense movimentou 160 atletas na época finda Juniores conquistaram a primeira Taça da AF de Viana do Castelo posta em disputa
Desde petizes e benjamins até aos juniores e seniores (duas equipas), o Centro Cultural e Desportivo Ancorense teve em actividade durante a última época, todos os escalões etários na modalidade de futebol, equivalendo a 140 atletas nas diferentes competições distritais. A conquista daTaça da Associação Distrital de Futebol de Viana do Castelo na categoria de Juniores poderá ser considerado o maior logro desportivo desta época. Foi uma final contra o Cerveira, disputada em Darque, em que se registou uma massiva presença de ancorenses apoiando a sua equipa, incluindo dois autocarros. Contudo, o terceiro lugar conseguido no campeonato, mereceu destaque por parte dos responsáveis do Ancorense, apenas lamentando que os juniores tenham perdido alguns pontos com equipas que estavam ao seu alcance, o que os impediu de vencer igualmente esta prova, como fez questão de frisar Humberto Gomes, presidente da Direcção do clube há longos anos, e o seu grande suporte logístico e financeiro.
"Competir para a melhor classificação possível"
Neste balanço à época 2010/11, os directores valorizam-na positivamente no seu conjunto. Realçam que os seniores conseguiram a proeza de ter sido a única equipa a marcar golos e a vencerem no campo do Cerveira, o clube que viria a sagrar-se campeão distrital. Uma segunda equipa de seniores participou no escalão inferior da Distrital, mas será uma situação a rever, prevendo-se que na próxima época apenas apresentem uma em competição (Associação de Honra), atendendo a que o aparecimento de mais dois clubes no concelho, poderá absorver alguns dos jogadores que militaram no Ancorense nas épocas transactas. Se nos escalões maiores os resultados foram animadores, nas camadas jovens verificaram-se igualmente bons resultados. Os Iniciados foram campeões distritais da sua série, enquanto que os Infantis se classificaram na segunda posição, e os juvenis tiveram um bom desempenho, ficando a meio da tabela. Paulino Gomes, vice-presidente do clube ancorense, salientou que "somos o quarto clube distrital com maior número de atletas federados", levando a que tivessem 12 treinadores a fim de enquadrarem todos os escalões, a par de um treinador específico para os guarda-redes, "o sr. Alves que treinou o Victor Baía e que vinha cá uma vez por semana treinar os guarda-redes de todos os escalões, sendo este um óptimo trabalho" desenvolvido, asseverou o jovem dirigente. A filosofia desportiva passa por uma boa iniciação "para que os jovens cheguem a juvenis com uma boa desenvoltura física e técnica" e venham a jogar nos seniores "e não fujam de cá".
"Trabalha-se para ter um grupo unido"
Cada escalão etário é seguido directamente por um director, tratando dos equipamentos, fichas de jogo e acompanhando sempre as equipas nas suas deslocações, - sem interferências exteriores -, sendo de referir que "há fins-de-semana com sete jogos", anotou Humberto Gomes. Com tantos jogos, a questão dos transportes é um quebra-cabeças para os responsáveis do CCDAncorense. Os pais dos miúdos colaboram bastante, contribuindo para o seu transporte e pagando uma quota mensal, a que se juntam as duas carrinhas do próprio clube. Humberto Gomes pede mais apoios às autarquias locais, porque a carrinha disponibilizada pela Junta de Freguesia já se encontrava muito deteriorada e sem condições legais para circular. Da Câmara, esperavam igualmente mais apoios nos transportes e noutros domínios, porque "fizemos um ano sem dinheiro camarário e já precisamos dele para o próximo". Foi destacado que 200€/mês previstos receber da Câmara, não é verba suficiente para aguentar uma "máquina" que movimenta trezentas pessoas, recordando que só para pagamentos à GNR e arbitragens nos jogos seniores, são necessários mil euros por mês se houver quatro jogos em casa nesse período. A coordenação dos treinos, por si só, já constitui outro problema, atendendo a que eles se iniciam às cinco da tarde e terminam às dez da noite, havendo ainda necessidade de encontrar uma pessoa para cuidar exclusivamente da manutenção do campo e da lavandaria.
2011/12: 95% de jogadores do concelho
Todo este processo organizativo "tem de ser rentabilizado ao máximo", acrescentou Paulino Gomes, sendo objectivo "criar valores jovens que alimentem as equipas seniores", assegurando que desta forma, "não vamos buscar atletas a lado nenhum". A instalação do relvado artificial permitiu criar equipas em todos os escalões, o que seria impossível com um pelado, atendendo apenas às dificuldades insanáveis com que se deparariam para marcar o campo de acordo com as dimensões de cada jogo. A par desta facilidade, o campo sintético cativou mais jovens, cujos pais sentem existir segurança e bom enquadramento técnico neste clube, resultantes ainda dos protocolos celebrados com a Cliâncora e a Ancorensis A par de terem participado na época passada em todos os torneios realizados a nível distrital, os demais clubes, incluindo os de dimensão nacional, aceitam de imediato qualquer convite que o Ancorense lhes dirija para competirem em Âncora, sendo já obrigados a seleccionar as equipas a inscrever, tal o número de interessados.
Torneios deram nome ao clube
Paulino Gomes deu como exemplo do prestígio que o Ancorense granjeou como resultado do êxito dos torneios que organiza, quando ainda recentemente, o Varzim teve uma falha de última hora de um clube que iria participar numa das suas competições, tendo optado de imediato por convidar o CCDA para o substituir, o que foi aceite. Par este mês, estão na calha dois torneios no campo do Ancorense, envolvendo os clubes mais importantes do país, colocando 200 miúdos em competição (FAZER LINKKKKKKKKKKK para os quadros que mandaram……………….). O Ancorense quer mais, mas lamenta que quem esteja no poder "aponte sempre dificuldades nos apoios", quando, ainda segundo Paulino Gomes, "deveriam apoiar face aos resultados obtidos e ao trabalho desenvolvido".
Sempre mais Melhores balneários, arranjo do pavilhão, uma carrinha nova com nove lugares, são algumas das reivindicações dos responsáveis por esta agremiação desportiva e cultural, e que ainda possui uma secção de pesca desportiva, a par de disponibilizar uma das suas dependências para centro de convívio de idosos durante as tardes. Terminam, referindo que "o desporto é um bem comum da sociedade" e que o futebol movimenta muitos sectores de actividade em Portugal, fazendo votos para que "as demais colectividades tenham o mesmo sucesso e que trabalhem", tal o faz o Centro Cultural e Desportivo Ancorense.
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