JORNAL DIGITAL REGIONAL CAMINHA 2000 JORNAL DIGITAL REGIONAL CAMINHA 2000

Moledo

Câmara perdeu candidatura para financiamento do prolongamento da ecovia do Camarido

Obra na Fortaleza da Ínsua terá de estar pronta até 2022

Exigidas caixas multibanco

Saneamento em Enfrói e Felo em Agosto

POC não ata nem desata

A Câmara Municipal de Caminha perdeu a comparticipação de 75% de fundos comunitários destinados à conclusão da ecovia do Camarido Velho, no seu troço final, desde as Alminhas até à rotunda de Fontela, vendo-se obrigada a arcar com a totalidade dos custos orçados em 145.000€.

Esta informação foi avançada por Joaquim Guardão, presidente da Junta de Freguesia, no decorrer da Assembleia de Freguesia (AF) reunida ontem à noite.

"Algo correu mal", completou o autarca, embora não tivesse conseguido saber com exactidão o que se tinha passado, tendo ouvido dizer que se relacionava com uma "subida" que tiveram de fazer.

Como esta perda de financiamento era desconhecida até ao momento, tentamos esclarecer o caso com Miguel Alves, presidente do Município, referindo-nos que uma entidade ligada à ciência e mobilidade tinha concedido um parecer negativo à ligação por não ser uma "inovação", o que levou a que candidatura não tivesse sido deferida. Mesmo assim, "decidimos continuar a obra por ser importante para Moledo e Cristelo" e se houver ainda oportunidade de conseguir outra candidatura no "overbooking" deste Quadro Comunitário "não deixaremos de aproveitar essa oportunidade", garantiu-nos.

Município suporta metade dos ordenados dos banheiros

Nesta sessão foi abordada a organização da praia para esta época balnear, tendo referido Joaquim Guardão que o Município vai suportar metade dos vencimentos dos nadadores-salvadores contratados para todas as concessões de praia e que será instalado um WC no Portinho, colocadas mais prateleiras e pontos de higienização.

Fortaleza da Ínsua recuperada até 2022

Um projecto muito divulgado nos meses anteriores ao Coronavírus, foi o da recuperação da Fortaleza da Ínsua.

O autarca moledense informou os nove delegados da AF que a obra de reabilitação do forte e sua adaptação para o turismo terá de ficar concluída até 2022. Contempla a construção de um porto de abrigo que permita a atracagem dos barcos, o que levou um delegado do PSD (Domingos Sousa) a perguntar o que acontecerá quando o mar estiver alterado, mas "isso é com eles", respondeu o presidente da Junta.

O que Joaquim Guardão garantiu é que o acesso livre à ilha, praia e rochedos estarão assegurados, podendo mesmo os visitantes desfrutar do bar que venha a ser instalado no interior da construção setecentista.

Foi referido que o empresário que venceu o concurso de concessão de exploração da construção desta antiga praça de defesa da entrada do Rio Minho tem casa em Moledo do Minho.

Exigida caixa multibanco

As caixas multibanco têm vindo a desaparecer nas freguesias do concelho de Caminha: Moledo (após o fecho da Camipão), Lanhelas, Dem e por último Vilar de Mouros. Restam as de Caminha, Vila Praia de Âncora e Seixas.

A oposição social-democrata pediu a atenção da Junta para este problema.

Segundo revelou o líder do Executivo, tem vindo a acompanhar o caso, sabendo que a dona do prédio e do espaço do antigo bar aguarda que o Tribunal lhe entregue a chave do estabelecimento, dependente que está do processo de insolvência da Camipão, a par de ter mantido contactos com instituições bancárias para que se interessem pela reinstalação desse posto. A hipótese de também ser colocada uma caixa multibanco na sede da Junta foi discutida, avançando Joaquim Guardão com a ideia de contactar um veraneante de há muitos anos na praia de Moledo, para que interfira, atendendo à sua preponderância no sistema bancário.

EDP elimina reclamações colocadas na sua plataforma

Não cessam as queixas dos fregueses e seus representantes perante a incapacidade da EDP privatizada em dar resposta às inúmeras falhas na luz pública da prática totalidade das freguesias do concelho e distrito.

Agora chegam ao ponto de "retirar as reclamações colocadas na aplicação da EDP", denunciou Joaquim Guardão, após as inúmeras situações de falta de candeeiros e lâmpadas em vários pontos da freguesia, assinaladas pelo delegado da CDU Júlio Seixo, o qual voltou a referir os fios tombados de um poste junto ao "Palma".

"Não ligam!", desabafou, impotente, o presidente da Junta, apesar de se ter deslocado a Moledo e Cristelo um engenheiro da empresa a fim de se inteirar da situação.

Vendas de lotes

Esta reunião serviu para a Junta de Freguesia explicar dois processos relacionados com a venda de dois terrenos.

Um deles, foi vendido há 30 anos a um preço simbólico a uma família carenciada. O proprietário já faleceu e os herdeiros querem agora vendê-lo. É habitual que nestas circunstâncias que isso seja impossível e que essas áreas e benfeitorias revertam para a freguesia. Não é o caso, devido ao modo como foi feita e respectiva escritura, revelou o autarca, após ter pedido um parecer jurídico a um advogado mas que o desaconselhou a tentar reaver o talhão por via judicial. Joaquim Guardão, a instâncias do candidato da CDU, deu ainda conta que o diferendo com Venade/Azevedo pela posse de um terreno onde foram instaladas eólicas, ainda se encontra em tribunal.

Explicou igualmente outro caso, em que os 31 hectares, de onde tinham sido cortados eucaliptos e acácias, pertencem à freguesia de Vila Praia de Âncora, apesar de os camiões terem circulado com a madeira por território moledense, o que causou alguma estranheza à população.

Travessa do Tombo

A polémica com o fecho da Travessa do Tombo, em Cristelo, trazida à baila pelo eleito comunista, levou o presidente da Junta a repisar argumentos já explanados ao C@2000. Exibiu documentos, plantas e ofício enviados à Câmara Municipal, comprovando que o caminho é público, esperando agora pela sua decisão, porque é a esta autarquia que compete intervir nos caminhos municipais.

Mas tanto o presidente da Assembleia (Antero Igreja) como a delegada socialista Rosa Braga receiam que estejam perante um facto consumado, apesar de haver um edital camarário do tempo do Executivo social-democrata que aprovou o topónimo da Travessa do Tombo, com os limites da Rua da Joaninha e da antiga EN13.

Muitos lamentos em Cristelo

O fecho a cadeado do designado caminho do Montanhão que iria ligar Cristelo com Vilarelho foi um dos motivos de irritação dos delegados desta antiga freguesia eliminada pela Lei Relvas. O proprietário de um loteamento em construção nas imediações teria sido o seu autor, acusaram as delegadas socialistas. A par de outras deficiências em muros (Rua do Prado), como na rotunda e parque de merendas junto à sede da Junta da extinta (agregada à força) autarquia e o estreitamento de um caminho feito por um particular. Os eleitos naturais de Cristelo exigiram ainda que os editais da Junta de Freguesia e de outras entidades fossem igualmente afixados na vitrina da antiga sede da junta.

Hotel no Tostado?

Parece haver o propósito de construir um hotel no Tostado, mas a forma como o processo está a decorrer, sem regras, está a indignar os eleitos locais, conforme foi notório nesta assembleia.

Outro processo que começou torto há 20 anos, foi um loteamento em Cristelo, para o qual foi pedido pelo delegado José Leal uma solução, porque o estado de abandono em que se encontra já permite a alguns peregrinos que pernoitem no interior.

Mas houve novidades que agradaram aos delegados, como o WC em Santana/ecovia e a limpeza dos caminhos da praia, como referiu Júlio Seixo, o qual deixou uma "farpa" dirigida à forma como acabou o Sonic Blast e chamou a atenção para uma fuga de água no Portinho.

A forma como os madeireiros deixam os caminhos e os terrenos onde procedem aos cortes, pejados de restos florestais, mereceram crítica generalizada, lamentando-se que não haja fiscalização nem legislação adequadas.

Botellons em Perrinchão

Se houve um cuidado em alindar a zona de merendas do Sino dos Mouros, e que se tornou muito procurada por turistas, a utilização que grupos de jovens vêm fazendo do local para a realização de ajuntamentos nocturnos preocupa a população e autarcas.

Enfrói e Felo

A instalação da rede de saneamento em Enfrói e Felo deverá iniciar-se em Agosto, anunciou Joaquim Guardão, o qual revelou também à assembleia que o processo de deslocalização das cabras de Stº Isidoro para a parte alta da freguesia sofreu um revés. Após esta mudança pedida pelo próprio cabreiro, dar-se-ia lugar à demolição das barracas existentes, mas parece que o filho deste agricultor pretende manter-se no mesmo local, o que poderá obrigar a Junta a tomar outras medidas.

A Junta pretende que a CP dê andamento à recuperação do logradouro (objecto de uma incêndio há alguns anos), bem como da antiga estação, e não entende como foi colocado um poste ("aberração") no local.

Construções (definitivamente) privisórias

Quem não ata, nem desata há anos, é o novo Plano de Ordenamento Costeiro, perante as fortes pressões que existem na zona para que se mantenham as construções (definitivamente) provisórias.


Edições C@2000

Do Coura se fez luz. Hidroeletricidade, iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960)"
Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000/Afrontamento
Apoiado pela Fundação EDP


Da Monarquia à República no Concelho de Caminha
Crónica Política (1906 - 1913)

Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000


O Estado Novo e outros sonetos políticos satíricos do poeta caminhense Júlio Baptista (1882 - 1961)

Organização e estudo biográfico do autor por Paulo Torres Bento
Edição: C@2000


Rota dos Lagares de Azeite do Rio Âncora

Autor: Joaquim Vasconcelos
Edição: C@2000


Memórias da Serra d'Arga
Autor: Domingos Cerejeira
Edição: C@2000

Outras Edições Regionais