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Caminha

ETAP apresentou Centro Qualifica

"Aprendemos muito mais fora das escolas", José Luís Presa

A Capela de Santa Clara, agora convertida em auditório da Escola Tecnológica Artística e Profissional, serviu para a apresentação do Centro Qualifica ("Mais qualificação, mais emprego") que vai funcionar nesta escola profissional como corolário da sua "expansão" ao fim de "uma trajectória de 31 anos", assinalou José Luís Presa, seu presidente desde a sua fundação.

Regresso "ao meu território"

Hugo Martins, coordenador deste Centro Qualifica, após manifestar o seu agrado por regressar "ao meu território", após uma década afastado, e porque "gosto de trabalhar na formação de adultos e contínua", enfatizou "a valorização e reconhecimento da experiência profissional" dos trabalhadores a quem é possibilitada desta forma ver recompensada a experiência de uma profissão.

Ao assumir estas funções, Hugo Martins formulou votos para que "este projecto (apoiado pelo POPH) seja de sucesso tanto a nível nacional, como europeu".

Alexandra Figueiredo (representando a ANEFA-Associação Nacional de Educação Artística e Profissional) expressou o seu contentamento "por estar nesta casa", cujo percurso "tenho acompanhado regularmente", destacou

Já Miguel Alves, presidente do Município, considerou "exemplar" a forma como a ETAP tem sabido "aproveitar as oportunidades e de acordo com as necessidades das comunidades", no intuito de "recuperar o atraso nas nossas qualificações".

30 anos certificando competências

A cerimónia decorreu de uma forma invulgar, com um número reduzido de convidados devidamente separados e mascarados, levando José Luís Presa a reconhecer que "temos que conviver com estas situações" impostas pelo vírus, de modo a que "ninguém fique doente".

O presidente da Coopetape/ETAP e simultaneamente principal responsável pela Associação Nacional das Escolas Profissionais (ANESPO), aproveitou o momento para recordar o papel desta escola profissional nos quase 30 anos de formação de adultos, desde os anos 90, momento em que "uma unidade de hotelaria fechou para obras e deram formação aos trabalhadores para certificação de competências".

Também por essa altura, avançaram com uma candidatura aos projectos "Saber+" dirigido a 20 mulheres desempregadas de longa duração nas áreas da hotelaria e cozinha. Foi um curso de dupla certificação de nível 2, como que um desenho para os planos curriculares.

Referiu ainda que a ETAP criou os dois primeiros centros de certificação do distrito, existindo actualmente nove.

Não esqueceu ainda de referir os cursos de formação na área das águas para formandos de Cabinda, Angola, em colaboração com empresas instaladas nesse país, conforme as "necessidades" sentidas.

"Foi das melhores experiências da minha vida", interiorizou José Luís Presa, em referência à sus participação em inúmeros júris de avaliação de atribuição de certificados de competências a pessoas de 50/60 anos, concluindo, por conseguinte, que "aprendemos muito mais fora das escolas".

Pormenorizando a forma de actuar da ETAP, assinalou que "nunca tivemos grupos de competências", porque "os nossos técnicos tiveram que ir procurar pessoas a várias freguesias", frisando perante a representante da ANEFA que "podem contar com a Coopetape, seus técnicos e formadores".

310 Centros Qualifica a nível nacional

A história destes centros a nível nacional mereceu a atenção de Alexandra Figueiredo, precisando a criação de 310 centros a nível nacional, com 417.000 inscritos de adultos com baixas qualificações desde 2017, com o Alto Minho a apresentar 11 centros (três da Coopetape) com 14.700 inscritos.

Esta técnica vincou que "o objectivo último é a certificação de facto", sendo exemplo desta aposta que 30% destes centros se tenham mantido activos, a par de terem conseguido mais 3.000 inscrições.

"Os adultos são o público-alvo dos Centros Qualifica e que não tenham o ensino secundário completo", vincou, pormenorizando ainda que estão estabelecidas 50 horas de formação.

Assegurou a existência de "rigor e qualidade deste sistema" e pretenderem ainda "flexibilizar" o funcionamento dos centros, através da eliminação de "alguns bloqueios" a fim de terem uma maior capacidade de resposta.

ETAP deve "procurar ir cada vez mais longe"

Inserido neste contexto da certificação de adultos, Miguel Alves disse que "não deixamos ninguém para trás, valorizando os conteúdos das nossas vidas e dando a oportunidade a alguém de ir mais longe", competindo à ETAP "fechar este ciclo no campo do ensino".

Aproveitou para destacar "as apostas" no ensino que decorrem no concelho (obras na C+S de Caminha e início para este ano da construção da EB1 do Vale do Âncora e sede da AMFF), apenas faltando o ensino superior, mas que "até está aqui tão perto", sublinhou.

Prometeu todo o apoio camarário a este projecto e assegurou que Hugo Martins tem todas as condições para o liderar". Dirigindo-se a José Luís Presa, desafiou-o a "procurar ir cada vez mais longe".

No final, alunos das áreas de bar, restauração e recepção da ETAP proporcionaram um pequeno "convívio" aos convidados neste acto de abertura do Centro Qualifica.



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