Uma moradora expressou no livro de reclamações da Junta de Freguesia o seu protesto pelo sucedido após a realização do funeral de um seu familiar pelas 10 horas do passado dia 28 de Janeiro.
Nesse mesmo dia, pelas 17H30, o caixão de seu pai e as ossadas de seu avô colocadas numa pequena urna ainda se encontravam a descoberto na campa, mas não foi apresentada reclamação por pensarem que logo na manhã do dia seguinte a situação seria resolvida.
Contudo, após nova deslocação ao cemitério, Ana Rita Rocha constatou que tudo se encontrava igual o que a levou a contactar o presidente da Junta de Freguesia, tendo-se este deslocado ao local, prometendo tapar a campa na manhã do dia 30, o que foi desde logo rejeitado pela família que pretendia ela própria deitar a terra na tumba.
Perante a determinação de Ana Rita Rocha, o presidente da Junta acabou por arranjar dois homens e pelas 19 horas a campa foi tapada.
Perante a indefinição da posição da autarquia ancorense face ao funcionário do cemitério, foi apresentada uma denúncia do sucedido no livro de reclamações da Junta de Freguesia, levando à abertura de um processo de averiguações.
Contactado Carlos Castro, presidente da Junta de Freguesia, lamentou o sucedido ("não gostei do que vi", assumiu) o que já motivou a abertura de um processo de averiguações, mas precisou que nem tudo se passou como a autora da reclamação narrou.
Referiu que o caixão já tinha terra por cima, embora admitisse que a pequena urna tivesse ficado a descoberto devido à chuva que teria removido a terra.
Precisou que não pretendeu adiar o caso e ele próprio teria arranjado dois homens que procederam à cobertura total da campa ao fim da tarde desse dia.
Carlos Castro negou ainda que tivessem existido outras situações análogas no passado, pelo menos não houve reclamações, assinalou, e apontou como eventual causa do sucedido, o facto de a companheira do enterrador ter falecido havia pouco tempo, o que lhe teria ocasionado algum "transtorno".