"Admito que possam ir para outro sítio", disse Miguel Alves, presidente do Município de Caminha, a terminar a reunião camarária desta tarde, perante um conjunto de moradores de Moledo que compareceram a fim  de ouvir de  viva voz o que é que o autarca tinha a dizer sobre o futuro do Festival Sonic Blast.
 
Na passada Quinta-feira houve a última reunião entre a Câmara, Junta de Freguesia e organizadores do festival, em que o Município ainda tentou que a edição deste ano se realizasse no mesmo local, com contrapartidas para os moradores afectados e que desde Setembro se vinham insurgindo com mais intensidade contra o evento que decorria há nove anos junto à sede da Junta de Freguesia, no interior do parque infantil da autarquia. A organização recusou, afirmou Miguel Alves
 
"Não podíamos fazer mais", exclamou o autarca, face à postura dos organizadores que recusaram ainda dois locais alternativos junto à Estrada Velha do Camarido e na Mata da Gelfa.
 
Assim, o Sonic Blast terminou no concelho de Caminha, podendo vir a ter lugar noutro ponto do país.
"Vocês sairão daqui felizes", reconheceu o presidente de Câmara perante os moradores que vieram até junto da vereação expor as razões pelas quais se insurgiram contra a permanência do Festival de Música Electrónica nesse local, conforme já tinham feito em Assembleia de Freguesia de Moledo/Cristelo e que o C@2000 tem vindo a referir.
Miguel Alves admitiu que "não saio propriamente feliz" com o desfecho deste processo, mas "fizemos tudo para encontrar uma solução" recusada pela organização, vincou.
 
Tentamos, mais uma vez, escutar os organizadores mas disseram-nos apenas que irão emitir uma declaração pública para toda a imprensa.