José Luís Lima, presidente do Grupo de Bombos Virabombar, organizador do Trilho dos Mineiros que já vai na sua IV edição, disse-nos antes do arranque da caminhada que levou no passado Sábado mais de 250 pessoas a ascender os montes de Azevedo e Venade, que, este ano, tinham apostado em percorrer "percursos completamente intransitáveis", em referência às zonas das minas de Ribô ("Rio Bom, ou Rio Tinto, como lhe chamam em Venade, desde os 7 Caminhos para baixo" explicou), cujos caminhos se encontravam "totalmente" obstruídos devido à queda de árvores como resultado dos incêndios.
Esta inovação do itinerário do trilho com uma distância entre 10 e 11 quilómetros, continuou, no entanto, a fazer jus à designação pela qual já é conhecida esta caminhada: "O Trilho dos Mineiros".
Itinerário desconhecido
O presidente do Virabombar insistiu que este novo trajecto "se encontrava praticamente desconhecido das pessoas do concelho de Caminha", tendo servido, por isso, para divulgar mais um panorama invulgar da região.
A concentração inicial no Largo do Socorro, em Venade, revelava participantes de todas idades, embora em número um pouco inferior ao de anos anteriores, pelo facto desse domingo ter coincidindo com a véspera do feriado do 10 de Junho, o que terá afastado muitas pessoas de Caminha. Número esse compensado um pouco pelos "30% dos inscritos que vieram de fora do distrito de Viana do Castelo", levando-o a concluir ser grande a divulgação que o Trilho dos Mineiros já regista noutras paragens.
A chegada dos primeiros 260 participantes ao recinto onde se concentrou toda a logística do trilho, permitiu-lhes receber um saco de caminhada, além de todos terem recebido uma t-shirt e um copo reutilizável que, "de certa forma", justificou José Luís Lima, "serve para preservar a natureza e evitar os plásticos e outros lixos que possam ficar no local".
Em referência ao Virabombar, o seu presidente confirma a sua "força", com elementos que "saem e entram" - "sempre a bombar", repisou.
O "Oreo" acompanhou caminhada
Entre os muitos inscritos, encontravam-se duas jovens do concelho, acompanhadas do "Oreo" (um cão malhado, a preto e branco) que iria aguentar a caminhada, garantiu-nos Maria Amélia Barros, de Vilar de Mouros, porque "ele tem muita energia", vincou, além de aproveitar para "passear".
Já tinha participado há dois anos, apreciou o "convívio", a par de seu pai, elemento do Virabombar também fazer parte da organização.
Ana Vasconcelos, de Caminha, veio fazer a sua estreia no Trilho dos Mineiros "por causa da Amélia, que me convenceu", porque não tem o hábito de participar neste tipo de eventos, reconheceu.
Apesar da falta de prática nestas andanças, Ana Vasconcelos estava convencida que iria realizar o percurso sem problemas, porque apreciava "o contacto com a natureza", considerada a faceta "melhor destes trilhos", completou, contando ainda com a ajuda do "Oreo", um cão de que "gosto muito".
Natureza e convívio
Um outro participante, equipado a rigor, veio pela segunda vez de Lanhelas até Azevedo a fim se se integrar numa "iniciativa que considero com interesse para a região e para todos os que participam".
"É um todo que se vai conectar entre a natureza e o convívio entre as pessoas", assim completa a sua adesão a estas iniciativas em que costuma integrar-se "sempre que posso", completamente preparado (equipado) "porque gosto de vir protegido para o caminho, sempre".