Na reunião camarária do passado dia 27 de Maio, a vereação aprovou a rectificação da decisão do concurso destinada a escolher a empresa que irá construir a sede do Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha.
O júri deu razão a um dos concorrentes que tinha ficado classificado em 2º lugar e que reclamara da decisão, podendo agora a firma Baltor - Engenharia e Construção, Lda. levar por diante a obra.
Isto, contudo, se a firma agora preterida não recorrer à via judicial, o que poderá reverter a situação, embora já haja condições para que dentro de dias seja concluído este processo.
Liliana Silva, vereadora da oposição, embora fazendo votos para que a obra "avance quanto antes", chamou a atenção do presidente do Executivo para a impossibilidade de a Câmara ultrapassar o limite de endividamento, o que, a suceder, poderá criar dúvidas à homologação deste concurso por parte do Tribunal de Contas.
Miguel Alves assegurou que está tudo acautelado, garantindo não existir problemas com o endividamento, até porque a Câmara vai contrair um empréstimo nos próximos tempos.
Juntas ouvidas sobre a utilização de herbicidas
Liliana Silva, fazendo suas as palavras de um morador (Hugo Martins) na última Assembleia de Freguesia de Vila Praia de Âncora, pediu explicações ao Executivo sobre a falta de limpeza em Vila Praia de Âncora, e qual o papel da empresa a quem foi confinado esse serviço.
Segundo revelou o vereador Guilherme Lagido, toda as juntas de freguesia foram notificadas para que digam se pretendem que seja utilizado herbicida ou não, face à própria questão colocada pela própria empresa de limpeza, perante as várias posições das autarquias.
Segundo sabe (oralmente), a Junta de Freguesia não se oporá ao uso do glifosato. Contudo, esta posição não é unânime. Duas outras freguesias do Vale do Âncora têm posição diferente. Uma delas não quer herbicida e assume que resolverá ela própria o problema da limpeza da vegetação, e, outra, também não deseja a utilização deste produto, mas quer que seja a Câmara a proceder à eliminação das ervas…mas sem produtos químicos.
Guilherme Lagido, no entanto, diz que apenas com o uso mecânico não se resolve o problema da vegetação invasiva, e, frisou, o contrato estabelecido com a Luságua prevê o uso de herbicidas, situação que já existia com a anterior empresa de limpeza, completou.
Acesso ao Calvário complicado
Guilherme Lagido disse que estava ao corrente das más condições do acesso ao Monte Calvário, em Vila Praia de Âncora, prometendo limpar as valetas e regularizar o piso, mas só lá para o Verão, porque, entretanto, realizar-se-ão provas de moto4. Assegurou, no entanto que o acesso dos bombeiros a um ponto de água pelo estradão se encontra "acautelado".
Condutor camarário
A oposição social-democrata questionou ainda a maioria socialista sobre a condução de um autocarro de uma empresa particular por parte de um funcionário camarário, levando Liliana Silva a insistir se tudo se encontrava "acautelado", o que a levou a pedir os contratos eventualmente existentes com empresas que colaboram nos transportes escolares.
Pediu ainda esclarecimentos sobre a razão da imobilização há três meses do autocarro camarário adquirido em segunda mão há dois anos.
Crianças de pé
Continuando a insistir nos transportes escolares, denunciou que há crianças a serem transportadas de pé pelas empresas contratadas pela Câmara, porque não há cadeiras.
Miguel Alves aconselhou a vereadora da Educação a não responder de imediato às questões levantadas pela oposição, prometendo esclarecer tudo, por escrito, na próxima reunião camarária.
A habitual realização do Arraial Minhoto do Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha mereceu a atribuição de um subsídio 6 500€.

Manuel Marques substitui José Presa
No início da reunião, foi deferido pelo presidente da Câmara um pedido de suspensão de mandato pelo período de um ano apresentado pelo edil social-democrata José Presa, tendo sido substituído por Manuel Marques.