Marcação de datas para uma nova campanha é urgente e prioritária face à realidade a que estamos a assistir em todo o País, defende categoricamente a deputada do PSD do Alto Minho
Na sequência da audição regimental realizada no dia 30 de janeiro, onde questionou sobre a problemática da falta de adesão dos Municípios à Campanha de Esterilização lançada pelo governo ao abrigo do despacho 3283/2018, a qual terminou a 30 de novembro de 2018, foi respondido pelo Secretário de Estado das Autarquias Locais Carlos Miguel, que a mesma tinha, efetivamente, passado um pouco ao lado das autarquias e que ponderavam continuar com a campanha.
O problema da não esterilização dos animais errantes, e num momento em que a lei consubstancia que não sejam abatidos animais saudáveis nos Centros de Recolha, faz com que esta população esteja a crescer de forma descontrolada.
" As leis criadas têm bom intuito e finalidade o problema é só estarem a ser aplicadas em parte e a não se ter em atenção que, se não queremos abater os animais, então temos de tomar decisões musculadas e rígidas no sentido de se fazer o que tem que ser feito, nomeadamente a obrigatoriedade de esterilização dos animais abandonados, inclusive dos que não se encontram em Centros de Recolha mas já estejam referenciados e identificados localmente. Também temos que pugnar, como forma de minimizar o impacto da lei do não abate, que surjam mais Centros de Recolha Intermunicipais de forma a dar resposta eficaz a todos os animais que não têm abrigo condigno e alimentação", defende a deputada.
Vai mais longe quando refere que " não chega fazer leis que caem bem na opinião pública, fazer delas parangonas eleitorais e depois arrumá-las na gaveta e não olhar para o problema e para a nova realidade que está a surgir, nomeadamente o aumento indiscriminado de animais de rua sem qualquer controle".
Neste sentido, e uma vez que a realidade é alarmante, porque os Centro de Recolha Intermunicipais e as Associações Voluntárias de Recolha de Animais abandonados estão com sobrelotação chocante e a tendência, por via da não esterilização de animais errantes, será de aumentar o nº de pedidos de recolha, insistiu na pergunta/apelo ao Governo sobre a data concreta em que vai dar início a nova campanha nacional de esterilização dos animais, qual a duração da mesma e se está previsto alguma sensibilização junto dos Municípios não aderentes para que não deixem passar os prazos previsto na lei para se candidatarem.