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Vila Nova de Cerveira
Balanço do 2014-2020 e perspectivas até 2030
"Definir estratégias perante novos desafios", Fernando Nogueira
A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho organizou no passado dia 15 um seminário destinado a analisar as concretizações do Portugal 2020 (ainda falta aplicar 1/3 da verba, referiu o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão) no Alto Minho, em que foram disponibilizados 350 milhões de fundos comunitários, dos 500 milhões aplicados.
Simultaneamente, os participantes perspectivaram os próximos 10 anos, contando com as participações comunitárias.
"Novos desafios"
Fernando Nogueira, presidente do Município de Vila Nova de Cerveira, a abrir os trabalhos, elencou os projectos concretizados na generalidade dos municípios do Alto Minho, nomeadamente as cooperações transfronteiriças materializadas e partiu para os "novos desafios" a necessitar de estratégias adequadas.
Chamou a atenção do Governo para a forma como a descentralização está a ser entendida e que não é encarada com bons olhos pela Associação Nacional de Municípios, nem atendendo às especificidades dos municípios mais pequenos. "Queremos uma descentralização com rigor, e não empurrá-la para as autarquias".
Fernando Nogueira, resumindo, disse que tanto a regionalização como a descentralização são "necessárias e complementares".
"A afirmação de um território"
Apesar de 2010 ter sido uma época de crise, "começamos a definir estratégias para o nosso desenvolvimento", em referência a uma nova entidade de 10 municípios, assinalou José Maria Costa, presidente da CIM Alto Minho, ao usar da palavra, consubstanciando-se alguns êxitos, como o aumento das exportações (+40%), o volume de hóspedes (+87%), a par dos bons exemplos de colaboração transfronteiriça, como foram as casos de Cerveira e Valença.
"Bem longe de Lisboa", José Maria Costa considerou um autêntico "study case" a nível nacional, os logros conseguidos, dando como exemplo a recente criação do "Agrupamento Europeu de Cooperação Internacional" em conjunto com municípios galegos.
Três preocupações
Navegação à vista, qualificação dos cidadãos e o bom governo das instituições, são três das principais preocupações que a CIM Alto Minho deve ter em conta nos próximos anos, assinalou Jorge Nunes, vogal da Autoridade de Gestão do Norte 2020, frisando que os municípios pretendem uma "melhor execução financeira".
"Posição racional"
Coube a Nélson Sousa, secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão alertar os presentes para a necessidade de "discutir a aplicação dos fundos estruturais até 2030", objectivo que o Governo vai lançar através de um processo de "reflexão e planeamento" no novo Q.C.Apoio.
Este governante assumiu como uma "posição racional" a discussão do financiamento e transferências, alertando para a existência de um "sentimento de urgência na Europa" para decidir estas matérias constantes do novo quadro de referência estratégica, tendo em conta as eleições europeias dentro de sete meses.
Confirmou que o Conselho Europeu a reunir a 9 de Maio na Roménia irá decidir o programa 2020-2030, após elogiar a "dinâmica de desenvolvimento e crescimento" conseguida pela CIM AM.
Experiência de Pimenta Machado patente no Seminário
Os incêndios, o plano de gestão de secas ("que se vão agravar de norte para sul", sendo necessário pensar em "reutilizar as águas residuais"), a erosão costeira (12,2 km2 de perda de território para o mar), POOC Caminha-Espinho em discussão pública a fim de diminuir o risco da erosão, de modo a "preparar o futuro e não adivinhar o futuro", foram temas centrais da oratória de Pimenta Machado, vice-presidente do Conselho Directivo da Agência Portuguesa do Ambiente, ao intervir num dos painéis deste seminário.
Conhecedor profundo do litoral minhoto, tendo em conta o seu papel no conjunto das operações levadas a cabo na orla marítima nos últimos anos, bem como no desenvolvimento dos projectos das ecovias marítimas e ribeirinhas (75% concretizados), Pimenta Machado reconheceu que "nos falta um sistema de informação das alterações produzidas no litoral", e que só agora vai avançar através do programa "Cosmos", um programa que permitirá ainda prever e alertar.
Como exemplo das medidas preventivas a tomar na orla costeira, perante o avanço do mar, apontou a "magnífica requalificação" da Praia Norte, em Viana do Castelo, pese embora a polémica gerada. Este técnico disse que foi necessário recuar as infra-estruturas erguidas no local, de modo a evitar que, um dia, as ondas as atinjam devido à subida do nível do mar.
Este técnico relevou ainda as 7 zonas eólicas na zona norte, apontando o interior do distrito (Ponte da Barca, Ponte de Lima e Arcos de Valdevez), a par de dois projectos a desenvolver em cooperação com a Galiza, dentro da Uniminho, a qual interferirá igualmente em áreas de risco, em sintonia com as confederações hidrográficas do Miño e Sil.
Região Norte perde 70% da sua água
Falando dos 25 milhões já investidos nas redes de água, precisou que a qualidade da água nas torneiras atinge os 99%, dentro do conjunto dos sete municípios que aderiram ao novo sistema intermunicipal. Admitiu existirem ainda problemas no saneamento de Valença, Monção, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima, apesar dos 1.000 km implementados, equivalendo a investimentos no valor de 159 milhões de euros.
Chamou a atenção para a gravidade da perda de 70% da água para consumo pelas mais variadas razões na Região Norte.
Pimenta Machado disse que a APA está apostada em evitar a pressão urbana no litoral, insistindo na necessidade de recuar a construção em terra (zonas litorais) e deu um dado sobre a emissão de CO2 nesta região norte do país, em que contribui (negativamente) com 21% do total nacional, para o que contribuem as emissões dos gases dos automóveis, indústria e electricidade.
Congratulou-se, por outro lado, que o conjunto desta região produza 70% de energia hidráulica, contribuindo para uma "eficiência energética" necessária, em que uma frota automóvel "limpa" daria um contributo decisivo.
Gabriela Albergaria vai 'Desencaminharte' em Cerveira
Numa alusão às primeiras intervenções artísticas afetas às bienais de arte de Cerveira realizadas no Parque de Lazer do Castelinho, a artista Gabriela Albergaria vai criar um rasgo granítico junto à margem do rio Minho, metaforizando a ousadia de um evento que há 40 anos rasgou horizontes. Esta é uma das 10 obras que integram a 2ª edição do Desencaminharte - DES'18.
Promovido pela CIM Alto Minho, o DES'18 procura colocar a arte em diálogo com o território e com a população, potenciando a sua missão de serviço público - arte democrática, aberta e pensada à escala humana e do lugar - e, assim, transmitindo aos cidadãos a noção de pertença, partilha e espírito de comunidade rural e urbana.
Em cada um dos 10 concelhos alto-minhotos vai nascer uma instalação artística pública a funcionar como leitores de paisagem, passando a integrar um tipo de roteiro que procura atrair visitantes e exponenciar as identidades próprias de cada local.
No caso concreto do concelho de Vila Nova de Cerveira conhecido, nacional e internacionalmente, como a 'Vila das Artes', fruto da ousadia e do exemplo de resiliência das bienais de arte e dos seus fundadores, a artista Gabriela Albergaria inspirou-se na conjugação entre a arte e a natureza para plena contemplação e usufruição da população. No Parque de Lazer do Castelinho vai nascer uma fenda no solo, entre choupos e bétulas, emulando as marcas, na terra, das cheias do rio Minho, e transportando, para a margem, a rugosidade granítica das montanhas em volta, com as pedras que suportarão esta obra que marca a sua estreia numa peça ao ar livre.
Para o Município de Vila Nova de Cerveira, a utilização daquele parque como meio d eintervenção artística, não só promove a valorização do património natural e construído com ligação à água, como assume uma forte relação com a Comemoração do 40º aniversário da Bienal de Arte, cujas primeiras edições decorreram no Castelinho.
Os promotores do 'Desencaminharte' - o Coletivo Hodos - pretendem enxertar no território alto-minhoto novos pontos de interesse, com a assinatura de artistas reconhecidos e outros emergentes, que foram desafiados a conceber obras que, para além do seu valor intrínseco, funcionassem como leitores de paisagem.
As 10 obras do 'Desencaminharte'18 serão inauguradas à medida que forem instaladas, até 15 de dezembro. O evento culminará com a edição de um catálogo já em 2019.
Município de Vila Nova de Cerveira
Inscrições abertas para o IX Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho
Vila Nova de Cerveira acolhe, nos dias 9 e 10 de novembro, o IX Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho. Encontro bienal visa a divulgação de projetos em curso ou já concluídos, para além do debate em torno da gestão dos recursos naturais e preservação da biodiversidade associada ao rio Minho. Receção de comunicações termina no próximo domingo.
Dinamizada pelo Aquamuseu do Rio Minho, através da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, em coorganização com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) - U. Porto, esta 9ª edição versa temáticas multidisciplinares na área de intervenção da bacia hidrográfica do rio Minho, nomeadamente Ecologia, Educação Ambiental, Exploração de Recursos, Legislação e Turismo.
Desde a sua abertura ao público em 2005, o Aquamuseu tem vindo a desenvolver um trabalho de divulgação do património natural e etnográfico associado à pesca artesanal do rio Minho. Para além das parcerias com instituições portuguesas e galegas, nomeadamente Universidades e Centros de Investigação, o Aquamuseu tem por missão divulgar a informação científica, dando a conhecer ao público em geral, a estudantes, a professores, a investigadores, a pescadores, às autoridades locais, entre outras, o ponto de situação de investigações e estudos realizados na bacia hidrográfica do rio Minho.
A realização do Simpósio Ibérico Sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho, com uma periodicidade bienal, é uma das vias para atingir esse objetivo, ao reunir participantes de ambos os países, no sentido de atualizar informação e promover a discussão sobre temas pertinentes para a região.
As comunicações orais e posters devem ser enviadas até ao próximo domingo, dia 21 de outubro, através do email: aquamuseu@cm-vncerveira
O IX Simpósio Ibérico decorre no Auditório Biblioteca Municipal, cuja participação é gratuita, mas sujeita a inscrição para o mesmo correio eletrónico. O programa específico para os dois dias pode ser consultado no website do Aquamuseu do rio Minho.
Município de Vila Nova de Cerveira
"Tritão-de-Ventre-Laranja" e "Enguia" dão mote a duas exposições
O Aquamuseu do rio Minho volta a disponibilizar duas exposições temáticas dedicadas a espécies diferentes - "Tritão-de-Ventre-Laranja" e "Enguia" -, mas com o mesmo objetivo: proporcionar um conhecimento mais aprofundado de uma parte do património natural existente.
Espécie endémica da metade Oeste da Península Ibérica, os tritões-de-ventre-laranja são anfíbios com cauda que ocorrem na maior parte do território continental de Portugal e possuem uma bela e bem visível coloração laranja vivo na sua região ventral. Até 30 de novembro, o Aquamuseu do rio Minho dispõe desta e outras informações numa pequena exposição bimestral em painéis, onde se descreve as características gerais, habitats e os problemas deste anfíbio que se pode encontrar junto de linhas de água pouco poluídas.
Para este último trimestre de 2018, o Aquamuseu do rio Minho selecionou ainda a enguia como o peixe em destaque. "A Pesca do Meixão no rio Minho" é o nome da exposição que está patente até 31 de dezembro. A mostra proporciona informação sobre as características gerais, distribuição, ameaças, investigação e da pesca do meixão.
Município de Vila Nova de Cerveira
Fundação Bienal de Arte de Cerveira e o Festival Semibreve apresentam exposição no gnration
26 de outubro '18 a 12 de janeiro '19, Braga
Em parceria com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira e o festival SEMIBREVE, o gnration acolhe, a partir de 26 de outubro, uma exposição que retrata a vídeo arte portuguesa dos anos 80. A mostra poderá ser visitada neste espaço bracarense que promove a criação, performance e exposição no domínio da música contemporânea e da relação entre arte e tecnologia.
Foi por volta dos anos 80 que surgiram no Porto os pioneiros deste modelo de arte, entre a então Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) e a Cooperativa Árvore que, embora com visões estéticas diferentes, se concentraram à volta de um grupo autointitulado "VIDEOPORTO - Vídeo como forma de Arte". "Uma perspetiva sobre a vídeo arte portuguesa, #1 videoporto - anos 80" é o nome desta exposição que reúne artistas deste coletivo criado na altura por Silvestre Pestana e Henrique Silva e ao qual se juntaram Abel Mendes, Adriano Rangel, António Barros, Borges Brinquinho, Ção Pestana, Fernando Ribeiro, Rui Orfão e Mineo Aayamagushi.
A mostra, que estará patente até 12 janeiro de 2019, volta a tornar públicos alguns dos trabalhos que foram possíveis recuperar, tendo sido muitos deles gravados em sistemas de bobines V60H e em outros formatos que, não estando na altura uniformizados no mercado, proliferavam entre os diversos produtores de material analógico.
Como explica Henrique Silva, comissário da exposição e Presidente do Conselho de Fundadores da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, "desde a aparição no mercado dos gravadores vídeo em formato portátil, em meados dos anos 70, os artistas têm-se debruçado sobre esta nova oportunidade de produção de obras, conscientes da versatilidade da tecnologia, que permite uma linguagem para lá da simples artesania do objeto físico, transpondo barreiras identificáveis pelo próprio conceito da imagem como elemento contínuo no tempo e capaz de mobilizar o espectador, transportando-o para outro mundo onde o real se confunde com a emocionalidade".
As obras foram cedidas pelos arquivos do Museu Bienal de Cerveira, da ESBAP e da Cooperativa Árvore, tendo estado a cargo do gnration e do festival SEMIBREVE a sua conversão para o formato digital.
Artistas representados: Abel Mendes, Adriano Rangel, Ção Pestana, Henrique Silva, Mineo Aayamaguchi, Silvestre Pestana
Morada: Praça Conde de Agrolongo, n.° 123, 4700-312 Braga, Portugal
Horário: seg a sex · 09:30-18:30 | sáb · 10:00-18:30
Fundação Bienal de Arte de Cerveira
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Do Coura se fez luz. Hidroeletricidade, iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960)"
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Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000/Afrontamento Apoiado pela Fundação EDP
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Da Monarquia à República no Concelho de Caminha Crónica Política (1906 - 1913)
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Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000
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O Estado Novo
e outros sonetos políticos satíricos
do poeta caminhense
Júlio Baptista (1882 - 1961)
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Organização e estudo biográfico do autor
por Paulo Torres Bento
Edição: C@2000
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Rota dos Lagares de Azeite do Rio Âncora
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Autor: Joaquim Vasconcelos
Edição: C@2000
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Memórias da Serra d'Arga
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Autor: Domingos Cerejeira
Edição: C@2000
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Outras Edições Regionais
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