Reuniões das assembleias de freguesia da União de Freguesias de Caminha e Vilarelho (imposta pelo actual Governo), realizar-se-ão, alternadamente, nas sedes das juntas de ambas, anunciou Amílcar Almeida, delegado do Partido Socialista, no decorrer da última reunião da AF de Freguesia de Vilarelho do mandato que agora expira, realizada no dia 30 de Setembro.

Este delegado - que repetirá funções no próximo quadriénio, mas na nova agregação de freguesias - referiu ser essa a vontade do novo presidente da Junta (Miguel Gonçalves, PS) das duas freguesias de Caminha e Vilarelho, além de Miguel Alves, o recém-eleito presidente da Câmara Municipal de Caminha, ter prometido durante a campanha eleitoral que manteria em funções todas as 20 sedes de junta, apesar de agora reduzidas a 14 freguesias.

Amílcar Almeida frisou que desta forma, "Vilarelho nunca perderá a sua identidade".

Este posicionamento político dos vencedores das eleições autárquicas de 29 de Setembro mereceu a concordância de Severino Sousa, o ainda presidente da Assembleia de Freguesia de Vilarelho eleito pelo PSD e que vai ter assento na nova assembleia de Caminha/Vilarelho na qualidade de delegado pelo mesmo partido.

Severino Sousa aproveitou esta sessão ordinária respeitante ao mês de Setembro do mandato 2009/13, para felicitar os vencedores, tal como o fez Luís Guerra, ainda presidente da Junta de Vilarelho, até à tomada de posse dos novos autarcas.

Luís Guerra fez votos para que "quem venha continue a defender os nossos interesses e as nossas freguesias, tal como eu fiz", sublinhando, contudo, que "não o conheço de lado nenhum", numa referência ao novo presidente da Câmara Municipal.

"Câmara lesou-nos bastante"

Contudo, Amílcar Almeida não apreciou o auto-elogio de Luís Guerra, aproveitando este balanço do mandato que agora termina, para dizer que o presidente da Junta deveria "ter puxado mais pela Câmara", atendendo a que quanto a obras na freguesia, elas foram iguais a "zero", as transferências de verbas para a Junta escassíssimas, tendo-se registado apenas uma melhoria nas limpezas (na ordem dos 70%).

O delegado socialista entendeu, portanto, que a "Câmara de Caminha lesou-nos bastante", fazendo agora votos para que o novo executivo municipal "comparticipe mais".

Esperança na reposição da democracia em Vilarelho

Esta assembleia teve lugar no dia imediato ao acto eleitoral, como já referimos, pelo que este sufrágio transcendental para o futuro do concelho de Caminha teve repercussões no desenrolar desta curta reunião, como já verificamos.

Falando em nome do grupo de delegados socialistas, Amílcar Almeida recordou um episódio registado nesta freguesia durante a campanha eleitoral, em que os candidatos do PS "foram espezinhados" quando impedidos de visitarem os estaleiros municipais do Corgo, ao invés do que sucedeu com os do PSD.

"Isto não é democracia", exclamou o delegado do PS, após denunciar este acto de prepotência. Manifestou, no entanto, esperança de que futuramente "se respeite a democracia em Vilarelho".

Entulho mesmo no dia das eleições

A permanência de um amontoado de entulho junto à sede da Junta de Freguesia, entristeceu um morador desta freguesia, José Rodrigues, não deixando de manifestar o seu desgosto pelo desmazelo patenteado pelo executivo vilarelhense, situação objecto de comentários desfavoráveis mesmo no dia das eleições.

Luís Guerra prometeu que iria tentar limpar o lixo, antes de terminar o mandato.