Dia a dia vão-se abrindo buracos,
Ha quem lhes chame corrupção,
Outros ha que falam de mentecaptos,
Espoliadores da gente e da nação.
E certo que ha dividas de agora,
Que so serão pagas no futuro,
Por novas gerações na desforra,
Na revolta e desencontros obtusos.
Aproxima-se o marca passo de botas,
Ruidos de gente desfilando de matreira,
Uivados, traições, deslealdades e fofocas,
Alimentadas por feras açanhadas e arroaceiras.
De norte a sul, de este a oeste, impera imundo,
O capital que destroi e repõe o mando,
Na função egoista que lhe caracteriza o fundo.
Depõe a democracia e repõe canhões estrondando.