Jornal Digital Regional
Nº 546: 2/8 Jul 11
(Semanal - Sábados)






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Vila Praia de Âncora

Junta de Freguesia admite "alternativa"
para localização das casas mortuárias

Atravessamento da EN13 exige passagem subterrânea

Água da Retorta com PH a mais

Zona das Camboas/Lagarteira merece atenção

No interior da Igreja Matriz existe uma maqueta referente à instalação das casas mortuárias em terrenos do Passal, a escassos metros deste templo, como resultado de um protocolo que o delegado Domingos Vasconcelos pensa ter sido celebrado entre a Fábrica da Igreja, Câmara Municipal e Junta de Freguesia no mandato anterior, incluindo ainda um Centro Paroquial.

Perante o impasse existente na construção deste equipamento, o delegado da CDU Domingos Vasconcelos pediu uma cópia do dito documento, no decorrer da reunião da Assembleia de Freguesia realizada no passado dia 24 de Junho, bem como a última carta remetida à autarquia pela Comissão Fabriqueira e que não acompanhou a documentação da assembleia de freguesia ordinária de Abril último.

Este tema motivou também os delegados do PS a rebater o pedido do presidente da Junta Manuel Marques, quando este os desafiou a definirem-se claramente sobre a sua posição neste conflito latente.

Gaspar Pereira recordou que o seu partido aguarda pela convocação de uma assembleia de freguesia extraordinária inicialmente agendada para o passado mês de Abril, data limite para que se tomasse uma posição final, mas que acabou por não se realizar.

Perante esta indefinição da Fabriqueira, o delegado socialista sugeriu que se começasse a pensar numa alternativa ao local inicialmente previsto.

Esta possibilidade foi acolhida pela Junta de Freguesia, ao admitir que se "tinha perdido a oportunidade" de construir as casas mortuárias no Passal.

Nova alternativa na N13

A criação de uma nova passagem desnivelada sobre a EN13, ligando a R. Alexandre Herculano à Sobreira, foi sugerida pela autarquia local ao Instituto de Estradas, no seguimento do acidente do passado mês de Junho que feriu um adulto e três miúdos, foi esta a resposta de Manuel Marques a uma interpelação do delegado Gaspar Pereira.

Manuel Marques reconhece que as pessoas não utilizam a existente, pelo que uma passagem subterrânea poderia solucionar o atravessamento da via, "evitando acidentes e ligando a vila", acentuou.

Fonte da Retorta ainda insegura

A água da Fonte da Retorta ainda não está nas melhores condições. Não tanto devido aos valores acima do normal do alumínio existente na água, mas do PH, assim esclareceu o presidente da Junta as dúvidas colocadas por Gaspar Pereira.

Manuel Marques aguarda por uma resposta prometida pela delegada de Saúde, logo que a normalidade regresse a este veio de água, eventualmente alterado pelas obras do ramal de acesso à A28.

Delegados preocupados com obras da 2ª fase do Portinho

As obras da 2ª fase do Portinho de Vila Praia de Âncora suscitam alguns reparos aos eleitos locais que pretendem que sejam tomadas medidas de minimização dos seus efeitos.

Falta de estacionamento e iluminação, alguns riscos para a circulação de peões foram alguns dos pontos levantados por Hugo Martins (PS), a par da denúncia da existência de fissuras na ecovia, situação que já lhe tinha merecido um reparo em 2010.

Estacionamentos... ...improvisados

Esta situação levou Domingos Vasconcelos a pedir uma explicação sobre o aproveitamento de leiras para estacionamento, uma vez que as obras à volta do Forte da Lagarteira ocupam o espaço habitualmente usado para esse fim, perguntando ainda porque não foram dados passos para a elaboração do Plano de Pormenor das Camboas.

"A obra não vai parar", pese embora os inconvenientes que possam causar na época balnear, assegurou o presidente da Junta Manuel Marques.

Acrescentou que os prazos têm de ser cumpridos, além de a empresa ter realçado que pretende aproveitar o tempo seco para prosseguir os trabalhos que "correm a grande velocidade", frisou o autarca.

Marques adiantou que tem reunido regularmente com o IPTM (dono da obra) e com o concessionário, de modo a encontrar soluções provisórias neste período de movimento intenso na zona marítima, incluindo o recurso a hortas agrícolas não cultivadas destinadas a estacionamento.

Pediu compreensão às pessoas e à comissão de Festas da Senhora da Bonança perante as "limitações" a que serão submetidas, prometendo uma melhoria visível para o próximo ano, incluindo a criação de "um espaço polivalente", onde as diversões de feira possam ser instaladas.

Respondendo às preocupações dos delegados, disse ser complicado compatibilizar os passeios com o piso de modo a criar mais segurança, o mesmo sucedendo com a iluminação pública.

Sobre a degradação do piso da ecovia, assegurou ter já alertado o executivo camarário para a situação, mas a obra ainda se encontra no período de garantia, sossegou.

O Plano de Pormenor das Camboas "tem que ser feito", assegurou o presidente da Junta, encontrando-se numa fase de debate, para que posteriormente possa objecto de candidatura a fundos comunitários.

O autarca social-democrata admitiu que a obra (segunda fase do Portinho) "veio na hora certa", porque nas condições actuais do país, ela poderia ser suspensa.

Desassoreamento sem evolução

A situação da navegabilidade dos barcos no porto de abrigo continua a merecer preocupação nesta vila, perante o contínuo assoreamento da entrada da sua barra e do próprio interior da doca.

O social-democrata Luís Matias pediu informações, mas Manuel Marques não acrescentou nada mais à situação, referindo apenas que "nem eu, nem os pescadores podemos pedir mais".

Delegados querem que a época balnear corra bem

Vigilância nas praias - e evitar que os turistas se banhem nas zonas sem controle - "limpeza, passadeiras bem assentes e em bom estado de conservação", como pediu o delegado Domingos Vasconcelos, foram algumas das chamadas de atenção.

Contudo, aquilo que foram designados como "recantos de feira" em vários pontos da vila por este delegado, deverão ser objecto de aturada vigilância, assegurou o presidente da Junta - embora não seja matéria da sua competência -, mas "abusa-se muito", anuiu.

"Sanitários públicos são imprescindíveis"

A falta de sanitários na zona norte da praia suscitou atenção por parte dos delegados sociais-democratas Luís Matias e Fausto Costa, referindo que os hoteleiros da zona chegam a colocar papeis nas portas dos seus WC indicando que se encontram avariados, apenas com a intenção de evitar que os banhistas os utilizem de forma indiscriminada.

Luís Matias pediu ainda o alargamento do horário das casas de banho existentes no edifício do posto de turismo, as quais encerram às 17 horas, prometendo Manuel Marques atender a esta sugestão, a despeito dos "constrangimentos financeiros".

Constrangimentos que se poderão fazer notar na animação de verão deste ano, alertou Manuel Marques, pois, segundo lhe referiu a presidente do município, "a prioridade vai para o saneamento" a sul da vila, o qual já teria verbas cativas.

Drenagem na Pateira é complicada

Assunto ainda pendente a sul de Vila Praia de Âncora, a despeito das intervenções já efectuadas, prende-se com a drenagem de águas na Pateira, avisando Domingos Vasconcelos que "os aquedutos a redimensionar devem ter mais largura e a altura deve estar condicionada ao nível das marés".

Foi mais além o eleito pela CDU, pedindo que "a solução passe pelo aumento significativo das sessões existentes, não em altura mas em largura, a exemplo do que foi feito com o ribeiro de Vales. O declive deve ser mínimo para existir como se disse uma margem de segurança que evite a influência das marés", acrescentando que "os trabalhos poderiam começar pela zona a poente, e o corte da estrada deveria ser feito com rapidez ou até utilizando peças prefabricadas".

O Instituto de Estradas já se teria deslocado ao local, esclareceu o social-democrata Manuel Marques, prometendo estudar o caso, porque "há um assoreamento natural", levando-o a concluir que "não vejo solução para aquilo". O técnico do IE terá avaliada ainda a situação na Baralha e na Cruz Velha "com resolução à vista", adiantou o autarca.

R. 5 de Outubro alvo de reparos

A lixeira que se vem acumulando na zona da Sobreira motivou protestos da parte de Fausto Costa, delegado que pediu maior atenção ao trânsito na Mesquita da Silva e marcação dos espaços para estacionamento dos carros na R. 5 de Outubro, atendendo a que há condutores que ocupam dois lugares com a finalidade de assegurar espaço para outro carro que chegará mais tarde.

Outro factor de descontentamento no troço compreendido entre o quartel dos Bombeiros e o Hotel Meira, prende-se como a forma deficiente como foram colocados os paralelípedos no piso.

A denúncia partiu de um morador, Adriano Fernandes, lamentando a má consolidação das pedras, provocando lençóis de água quando chove, água essa que é projectada pelo rodado das viaturas e molha os transeuntes que circulam no passeio, situação reconhecida pela junta de freguesia, devido às queixas que lhe têm sido apresentadas, respondeu-lhe Manuel Marques.

Esse morador pediu ainda informações sobre o paradeiro das Alminhas existentes no lado poente da Rua do Sol Posto/Rua 5 de Outubro, removidas após as obras de remodelação do prédio em que elas se encontravam incrustadas.

Este habitante de Vila Praia de Âncora chamou ainda a atenção para o estacionamento na Rua de Gontinhães.

Nesta maré de reparos, o edifício de apoio ao Parque Ramos Pereira não escapou mais uma vez, com Gabriel Pereira a pedir explicações sobre a suspensão das obras.

Estas não estarão paradas, no entender do executivo ancorense, admitindo, no entanto, problemas com a empresa adjudicante, prometendo que "elas serão concluídas logo que possível".

A perigosidade de um muro e portão) na Rua João Baptista da Silva levou novamente o delegado Damingos Vasconcelos a pedir a intervenção camarária, tendo apresentado um requerimento para que o assunto não caia no esquecimento.

Igualmente fez um reparo a uma valeta de condução de águas pluviais, cuja inclinação e falta de sinalização já provocou estragos em pelo menos seis viaturas, no entroncamento desta rua com a da Chão.

Este delegado pediu ainda a reposição de um muro em terrenos baldios da freguesia, destruído aquando de uma reflorestação realizada pela Junta há dez anos atrás.

Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora

HORÁRIO DE ATENDIMENTO
2ª a 6ª Feira : 9H/12H e 13H/15H30

Presença dos Membros da Junta
Último dia de cada mês - 21h30
Segundo Sábado de cada mês - 10h

Norberto Carrelo - Barcos do Carrelo