A firma Abel Narciso Jorge, S.A. ("Cash and Carry"), desde há uns anos instalada no lugar de Coura, em Seixas, completou 60 anos de existência no passado dia 5 de Junho, dedicados à distribuição de bens do ramo alimentar, tendo organizado um pequeno convívio destinado a todos aqueles que compartem com ela relações comerciais, laborais e de amizade.
A actividade foi iniciada em Caminha, na R. de S. João, mas a necessidade de expansão e a deslocação dos antigos armazéns para fora da vila, conduziram a empresa para o novo local.
22 trabalhadores
Emprega 22 trabalhadores e constitui uma das maiores empresas concelhias, dentro da pequenez que a generalidade do tecido empresarial evidencia.
José Augusto Jorge, filho de um dos fundadores da firma, admite que nos dias de hoje, administrar este actividade "representa uma responsabilidade terrível", face a um acentuado "envelhecimento da parte retalhista", tentando acompanhar os que "pedem a nossa colaboração", de modo a que empresa continue "viva e daqui a uns anos evidencie a mesma robustez com que estamos neste momento".
Cinco dos trabalhadores desta firma encontram-se nas três lojas de retalho pertencentes à empresa, enquanto que os demais se concentram na sede (responsáveis pela área financeira, comercial e logística) e nos contactos exteriores (distribuição e vendas).
Expansão para o interior do distrito
A última aposta virou-se para o alargamento da área de vendas no ramo grossista, abarcando os concelhos de Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos, através de alguns comerciantes já ligados ao ramo, pese embora todos os custos (logística, carros e custos inerentes).
O investimento "avultadíssimo" na área da informática envolvendo verbas na casa dos 50.000€, permitiu, contudo "um controle à distância e vendendo em plataforma electrónica", sem necessidade de que os vendedores se desloquem à sede para entregar as encomendas, fazendo todo o trabalho no exterior, e "qualquer dia nem nos conhecemos", comentou com algum humor estas inovações na área da informática.
A despeito do cenário de crise generalizada, José Augusto Jorge mantém confiança no seu negócio, porque "tudo o que fazemos é de forma sustentada", salientou, "pensando muito antes de tomarmos qualquer decisão e quando a tomamos é porque ela é certa e sem possibilidade de erro", concluiu.
Portagens são ameaça "grave"
Tema recorrente (e aflitivo) nos últimos tempos, prende-se com a introdução das portagens no resto da A28 até Caminha e A/27.
Com a expansão na firma nos concelhos do interior do distrito, o pagamento das portagens será "grave", reconhece este empresário, um dos muitos penalizados com tal medida que é contestada a nível empresarial e da própria população, mas que o anterior governo fez orelhas moucas, como sucedeu entre Viana do Castelo e Porto e outros pontos do país.