Álbum de Memórias do CIRV
apresentado em Vilar de Mouros

Vai ser lançado em Vilar de Mouros no Domingo, 27 de Março, pelas 11 horas, na sede do CIRV, o novo trabalho do Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, "Álbum de Memórias do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense", editado com o apoio da Câmara Municipal de Caminha e da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros.

Na conclusão das comemorações dos 75 anos da mais importante e representativa colectividade da freguesia de Vilar de Mouros, cumpre-se assim uma tarefa a que o GEPPAV, secção autónoma do CIRV, se propôs desde a sua constituição e para a qual foi paulatinamente recolhendo e arquivando todos os dados possíveis. Novas e velhas gerações de vilarmourenses passam a dispor de um manancial de informações e imagens em que se podem apoiar com confiança para revisitar os episódios e os protagonistas do longínquo e mais recente passado cultural e recreativo da aldeia, devidamente inserido nos diversos contextos epocais.

Apesar do CIRV ter sido fundado em 1935, razões fundamentadas fazem recuar a sua história a 1907 porque é nas vésperas da implantação da República que radica a sua origem e grande parte do património genético que ainda hoje transporta consigo. Isso mesmo se explica no primeiro capítulo do estudo, a que se segue o relato da época áurea do teatro vilarmourense no velho Clube da Batalha, cenário de memoráveis espectáculos e bailes nos anos trinta a cinquenta do século XX. Vieram depois os tempos penosos da emigração europeia e da guerra colonial, que afastaram tantos vilarmourenses da sua terra, disso se ressentindo o CIRV. Antecipando o regresso da Democracia e da Liberdade em Abril de 1974, uma nova geração aliada a elementos mais antigos, reactivou o Centro a partir de meados dos anos sessenta, um momento de viragem que conduziria a um dos períodos mais dinâmicos da sua existência com a mudança para a actual sede na Barrosa em 1986. Finalmente, retratando com a máxima objectividade realidades ainda próximas, descreve-se o presente feito de dificuldades e persistências, comum afinal a tantas colectividades locais.