Autarca social-democrata
agastada com perguntas e notícias

Júlia Paula, presidente do município caminhense, ficou desagradada com as três questões colocadas pelo delegado socialista Victor Brás no decorrer da ultima Assembleia Municipal, dizendo que entendia muito bem o alcance dessas perguntas porque "já sou macaca velha e já ando nisto há 10 anos!".

O jovem delegado do PS tinha interpelado o Executivo camarário sobre o impasse na construção do edifício de apoio ao Parque Ramos Pereira e na adaptação da antiga Escola de Vilarinho a sede da Academia de Música Fernandes Fão, aludindo ainda ao excesso de cloro na água da rede pública registada por duas vezes no espaço de um ano. Tudo isto em Vila Praia de Âncora.

Júlia Paula ironizou com a referência ao edifício de apoio ao parque da marginal ancorense, admitindo que ainda não está construído mas — dirigindo-se ao deputado socialista —, referiu que não tinha sido "o seu partido" que procedera aos melhoramentos introduzidos naquele avenida.

Disse ter havido uma reformulação da candidatura desta obra, de modo a adaptar o novo imóvel a bar e posto de turismo, razão da suspensão dos trabalhos, precisou, prometendo reatá-la e inaugurá-la.

Acerca da sede prometida para a Academia de Música Fernandes Fão, na antiga Escola de Vilarinho, disse que tal como sucedera com o Orfeão, ela será uma realidade, embora tivesse assacado a responsabilidade de criar condições às associações ao próprio Centro Cívico onde a AMFF funciona actualmente e ao Ministério da Educação. Acrescentou que se encontra em diálogo com a academia a fim de resolver esta situação.

Por último, em relação aos problemas da água com excesso de cloro, assacou responsabilidades à Empresa Águas do Noroeste. Logo que o problema foi detectado, "rejeitamos a água", referiu a autarca, garantindo não terem existido problemas para a saúde pública, tendo a delegada de saúde acompanhado o problema surgido.

Esta reunião serviu também à autarca social-democrata para dar a sua versão sobre o número de funcionários municipais e de desempregados no concelho de Caminha, negando que fossem tantos quantos os divulgados por "alguma imprensa", a quem acusou de "sistematicamente" prejudicar o bom nome do concelho de Caminha.

Sem nunca citar esse orgão de imprensa (bem se esforçou o inefável deputado municipal João Pereira para que a lisboeta Júlia Paula dissesse de que orgão de comunicação social se tratava, mas sem resultado, porque essa não seria a sua forma de estar, justificou), a autarca classificou de "abominável" o que fora divulgado sobre esses temas que tanto a irritaram, cujos dados publicados disse rejeitar, apresentando os seus números.

O tempo que levou a divagar sobre eles, levou o líder da bancada do PSD, Manuel Marques, a pedir-lhe que avançasse com essas explicações porque todos acreditavam no que ela dizia e só não se tinha ido embora já porque ainda havia votações a cumprir, constantes da ordem de trabalhos da reunião.