Natal de ontem, de hoje e de sempre,
Cantares de um passado de compaixão,
O Natal da actualidade tem atinente,
O desprezo, o egoismo e a corrupção.
Quantos cidadãos comem sôpa,
A quantos lhes falta aconchêgo,
Se a muitos falta linho e estôpa,
Outros tantos vivem o desemprego.
Em Natal de solidariedade,
Quem se mostra fraternal,
Só pobres tem fraternidade,
Com prato de sopa sem adicional.
Na verdade so da quem tem coração,
E mata a fome ao desempregado,
Mesmo aquele que não tem tostão,
Reparte o seu nada com agrado.