Voltam a surgir rumores sobre a possibilidade de extinção do Agrupamento Escolar do Vale do Âncora.

O vereador Flamiano Martins, responsável pela área educativa da Câmara de Caminha, já abordou ao de leve o assunto no decorrer do discurso que proferiu no 10 de Junho e mostrou-se contrário à eliminação deste agrupamento.

Esta medida, incorporada na campanha de redução de despesas que o Governo vem encetando a pretexto da crise, incluirá ainda o fecho de escolas com menos de 21 alunos, uma situação que a Câmara de Caminha também não pretende sancionar, sendo de recordar que a Carta Educativa que tanta celeuma ocasionou na altura, já estabeleceu os estabelecimentos escolares e centros educativos que deveriam permanecer em funcionamento.

Foram realizadas obras e instalados equipamentos comparticipadas pelo próprio Estado em alguns centros, como Dem, Venade Vilar de Mouros ou Riba d'Âncora, pelo que as incertezas quanto ao novo ano escolar adensam-se à medida que passam os dias.

Segundo apurámos, ainda nada está decidido em concreto, mas uma reunião agendada para a próxima Segunda-feira em Viana do Castelo, entre a Equipa de Apoio às Escolas (ex-CAE) e os agrupamentos escolares poderá definir muita coisa, inclusivamente, se o Agrupamento do Vale do Âncora desaparece e é integrado no Agrupamento dos Vales do Coura e Minho, ou criado um outro de âmbito concelhio.

Presentemente, existem mais de 600 alunos até ao 2º Ciclo, além de uma turma de música do 7º Ano no Agrupamento do Vale do Âncora.

Ainda relativamente à extinção de escolas do ensino básico com menos de 21 alunos que o Ministério da Educação anunciou, e mesmo que as câmaras não concordem com tais medidas, o ministério poderá simplesmente não colocar qualquer professor, o que, na prática, inviabilizará o seu funcionamento.