Numa so palavra
Quantas palavras acedidas,
Tantas honras desfeiteadas,
Golpeadelas nas costas deferidas,
Por gente em duras alhadas.
Roer a corda, não cumprir o dever,
Contração imoral da palavra dada,
E socialmente patético empobrecer,
Fonte de desconfiança amargurada.
Não te atrevas por tal desafinação,
Mantêm-te firme sem pestanejar,
Da tua palavra com solida entoação,
Faz-te arauto da sã palavra a ofertar.
Quantas injuras e apupos desafinados,
Se ouvem desde a manhã ao pôr do sol,
Quantos pontapés e coices despontados,
Por gente inospitaleira, marca de anzol.