Jornal Digital Regional
Nº 492: 29 Mai / 4 Jun 10
(Semanal - Sábados)






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Empresa de distribuição "Abel Narciso Jorge, S.A."
confraterniza com clientes e fornecedores no seu 59º Aniversário

Centenas de clientes e fornecedores passaram pelas instalações da "Abel Narciso Jorge, SA", uma empresa fornecedora de bens alimentares instalada no Lugar de Coura, em Seixas, que no passado dia 23 assinalou 59 anos de existência.

É herdeira dos conhecidos armazenistas de Caminha, vila que abastecia todo o comércio a retalho do Alto Minho, e que foram desaparecendo fruto da evolução desta actividade ou se transformando ou adaptando às novas realidades que surgiram no mercado.

No início foi a "Pereira Jorge Ldª", fundada por Abel Jorge e Francisco Pereira, localizada na R. de S. João, em Caminha, cuja sociedade perdurou durante bastantes anos, até que os sócios, 20 anos depois, decidiram ser altura de se separarem.

"O meu pai ficou com as mercadorias que não tinham imposto de transacções", recordou José Augusto Jorge, actual sócio-gerente da "Abel Narciso Jorge, S.A-Cash And Carry - Distribuição", enquanto que Francisco Pereira continuou a trabalhar com as que pagavam esse imposto, nomeadamente com o sector das bebidas ligado à UNICER.

Há 19 anos optaram por mudar de instalações, dado que o armazém de Caminha já não comportava o volume de negócios existente, surgindo a oportunidade de se instalarem em Coura.

José Augusto Jorge admite que "têm acompanhando o negócio de uma forma estratégica e correcta", daí o facto de "ainda continuarmos grossistas de distribuição alimentar", dividindo a actividade por três grandes áreas:

Uma, logística de vendedores e distribuição, uma de cash em que os clientes retalhistas são atendidos aqui, nomeadamente a hotelaria, e outra de retalho (cash) com a criação de três lojas (Uni-Lojas) de venda ao público em Lanhelas, Vilar de Mouros e Mata Velha, em Vila Nova de Cerveira.

Com 25 trabalhadores, esta empresa já se pode considerar uma das maiores empregadoras do concelho de Caminha atendendo ao pequeno universo do sector empresarial caminhense.

Recursos humanos, vendas, stocks, vendedores obedecem a um programa de informatização total, o que tem contribuído para que "o negócio ainda se mantenha vivo", reconhece esta empresário caminhense que desde bem novo se tornara no braço direito de seu pai.

Carteira de produtos com sete mil artigos

Adiantou que tem vindo a acompanhar a evolução das mercadorias, nomeadamente na área dos frescos (queijos, iogurtes, manteigas, frutas) cujo tratamento em termos de retalho tem sido deveras cuidado, compatibilizando uma área de frescos com a de secos nos próprios carros de distribuição.

O grosso do negócio mantém-se em Portugal, considerando meramente residual as vendas para Espanha ou França.

"Se os nossos clientes nos ouvissem…"

O poderio dos grandes centros comerciais não assusta este empreendedor, adiantando que a subsistência do próprio comércio a retalho estaria assegurada "se eles nos ouvissem", tudo dependendo da sua evolução "à nossa medida", dos port-folios dos produtos "como nós temos vindo a fazer", assegurando que qualquer mercearia "poderia singrar no mercado", como acontece com as suas três lojas que apresentam todos os produtos com qualidade e ao gosto dos clientes mais exigentes.

José Augusto admite que o problema da manutenção das pequenas mercearias com 100 m2 ou menos, "não depende tanto de nós" mas desses pequenos comércios que "estão a fechar ou a regredir no volume.

Como forma de dar resposta ao encerramento de muitas lojas de aldeia, têm vindo a alargar a área de abastecimento, cuja extensão já vai desde Melgaço a Esposende, mantendo dessa forma o volume de negócios.

Insiste que a "proliferação do retalho" é condição para a sobrevivência da sua empresa, bem como de todas as pequenas lojas, ou criando em alternativa ao fecho das antigas mercearias, mais "uni.lojas que utilizem a nossa estratégia", estando dispostos a fazê-lo "no sítio certo onde elas possam abrir", assinala.

Presentemente abastecem todos os ramos alimentares - com excepção de frutas, legumes e peixes frescos -, comprando directamente aos fornecedores, de acordo com a estratégia da central de compras da própria "Abel Narciso Jorge, S.A.".

Cumprindo em 2011 seis décadas de actividade, o seu administrador promete para então uma comemoração "de arromba", considerando a deste ano um mero treino, ao proporcionar um convívio com um serviço de "Porco no Espeto", entre "a empresa, clientes e fornecedores" e ao terem promovido nesse dia uma série de produtos.