Pedro Borlido e Marvin Silva são dois dos quatro alunos da disciplina de Física dos últimos anos do Ensino Secundário da Ancorensis Cooperativa de Ensino, de Vila Praia de Âncora, coleccionadores de vários prémios e perspectivam uma vida dedicada à investigação no estrangeiro.
Com notas a rondar os 20 valores, têm-se envolvido em vários concursos, como suceceu com as Olimpíadas da Física em que o Pedro se classificou em primeiro lugar a nível nacional entre 17 concorrentes e o Marvin obteve uma medalha de ouro da região norte, numa disciplina considerada uma dor de cabeça para a generalidade dos estudantes.
Os quatro jovens participaram nas Olimpíadas de Astronomia organizadas pela Associação Oríon, de Braga, com excelentes resultados, tendo agora o Pedro a oportunidade de estar nas Olimpíadas de Física, no México, no próximo mês de Julho.
Entre abraçar a Física ou a Astronomia, as dúvidas ainda persistem, preferindo deixar a opção para quando acabarem os cursos, contudo, desde Janeiro que participam no projecto Quark, do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, onde todos os meses, durante um fim-de-semana intensivo, preparam o acesso ao ensino superior.
”Gostaria de visitar o Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear e, um dia, trabalhar no EMIT” avança o Marvin, enquanto que o seu colega ainda se mantém indeciso entre abraçar a física ou a astronomia.
Ambos tratam a Física por tu e já têm ideias sobre esta matéria, como deu a entender o Pedro ao defini-la como “uma tradução do universo mas nunca uma obra original”.
Vêem o nuclear como uma energia em permanente estudo, como é o caso da criação de uma central de fusão experimental que obtenha dados sobre como evitar uma reacção em cadeia em caso de acidente, conforme referiu o ancorense Marvin, completado pelo seu colega venadense ao precisar ainda que os seus resíduos “não serão radioactivos – não nocivos, portanto”. Mas, só lá para 2040.
Helena Azevedo ensina Física há 14 anos e reconhece que esta área os faz crescer “a nível científico e pessoal”, só lamentando “não ter tempo para acompanhar a evolução galopante que ela evidencia”.